
Com a sinaliza��o de mais poder na pasta, o novo secret�rio de Governo, Bilac Pinto (DEM), afirmou ontem que espera consolidar a base do governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia conferindo mais protagonismo aos parlamentares.
A nomea��o nessa ter�a-feira (27) dar� uma economia de R$ 10 mil ao Executivo, j� que fez a op��o legal de continuar recebendo o sal�rio de R$ 33.763 que sai dos cofres da C�mara dos Deputados.
Por ser parlamentar, ele informou que n�o pode participar de conselhos e, dessa forma, n�o receber� jetons.
A nomea��o nessa ter�a-feira (27) dar� uma economia de R$ 10 mil ao Executivo, j� que fez a op��o legal de continuar recebendo o sal�rio de R$ 33.763 que sai dos cofres da C�mara dos Deputados.
Por ser parlamentar, ele informou que n�o pode participar de conselhos e, dessa forma, n�o receber� jetons.
Em entrevista ao Estado de Minas, o parlamentar falou das rela��es pol�ticas e eleitorais que envolvem sua indica��o. Disse que o senador Rodrigo Pacheco foi consultado como presidente do DEM, mas que isso n�o quer dizer que a legenda esteja firmando uma alian�a com o Novo com finalidades eleitorais.
Bilac foi escolhido para ficar no lugar do tucano Cust�dio Mattos, ex-presidente do PSDB, ex-deputado e ex-prefeito de Juiz de Fora. A troca foi articulada para facilitar o tr�nsito do governo na Assembleia e teria a influ�ncia principalmente do presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV).
N�o � a primeira vez que Bilac Pinto assume um cargo de secret�rio. Ele comandou a pasta de Ci�ncia, Tecnologia e Ensino Superior no governo do hoje deputado federal A�cio Neves (PSDB), de janeiro de 2003 a mar�o de 2006.
Antes, foi chefe de gabinete da antiga Secretaria de Estado de Minas e Energia, em 1985, e diretor da Cemig (1991). Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi deputado de 1995 a 2007, quando trocou o Legislativo estadual pela C�mara dos Deputados. Em Bras�lia, est� no terceiro mandato. (Confira os principais trechos da entrevista)
Antes, foi chefe de gabinete da antiga Secretaria de Estado de Minas e Energia, em 1985, e diretor da Cemig (1991). Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi deputado de 1995 a 2007, quando trocou o Legislativo estadual pela C�mara dos Deputados. Em Bras�lia, est� no terceiro mandato. (Confira os principais trechos da entrevista)
Mais poderes de Zema
� um homem extremamente elegante, me deu liberdade na condu��o da pasta, fazendo inclusive com que determinadas atribui��es – como a assessoria t�cnica de projetos e a comunica��o – pudessem voltar � Segov para que pudesse ter um desenvolvimento no papel melhor. Precisamos construir uma unicidade de discurso no governo, mostrar � sociedade o que est� sendo feito. Meu principal trabalho ser� de interlocu��o com o meio pol�tico e a sociedade civil, organizar as conversas com a C�mara, governo federal e Assembleia. Vamos ter uma s�rie de medidas a submeter � aprecia��o dos deputados estaduais.
Ajuste fiscal
Vamos ter que fazer uma avalia��o da perspectiva de fazer um enquadramento do ajuste fiscal junto ao governo federal. Estamos analisando os modelos feitos no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, ver como podemos criar condi��es para que Minas possa fazer bom acordo, resguardando sua soberania. Os projetos est�o caminhando, estamos fazendo alguns ajustes e estudando ainda como apresent�-los para a Assembleia, mas n�o vai demorar.
Assembleia
Junto com o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), os l�deres partid�rios ser�o fundamentais para que possamos fazer essas transforma��es e � preciso que eles se sintam protagonistas desse processo. Isso � fundamental, eles t�m que entender a necessidade de fazer grandes transforma��es, mas quero acima de tudo que compreendam a necessidade de estar na vanguarda do que est� acontecendo. Como fizemos na C�mara, com as reformas trabalhistas e previdenci�ria, votamos um pacote de medidas econ�micas, temos que come�ar a fazer com que o Parlamento tenha um pouco mais de ousadia assumindo suas prerrogativas.
Sal�rio
Tenho a prerrogativa de fazer a op��o pelo sal�rio como deputado (R$ 33,7 mil) e foi o que fiz. Por lei, sendo parlamentar, n�o posso ocupar vagas em conselhos.
Cust�dio
O secret�rio Cust�dio � um quadro extraordin�rio, teve um papel fundamental dentro da secretaria, construiu uma base s�lida de trabalho e estou colocando mais a minha maneira de trabalhar. Tenho por ele grande admira��o e respeito.
Escolha
Em parte teve a participa��o da Assembleia, de alguns deputados federais e do senador Rodrigo Pacheco e a concord�ncia veio com o convite do governador Romeu Zema e do vice, Paulo Brant.
Rodrigo Pacheco
“Ele � o presidente do DEM em Minas e eu sou o �nico deputado federal do partido. Por isso foi consultado.” Sobre o fato de ele ser um potencial candidato ao governo em 2022, Bilac Pinto negou qualquer acordo pol�tico. “Tem um ano (para as elei��es municipais de 2020), muita �gua para passar debaixo da ponte. N�o h� que se falar em projetos futuros se n�o tivermos capacidade agora de fazer um bom trabalho para resolver os problemas do estado”.
Base e lideran�a
Vamos fazer a constru��o de uma base com os parlamentares que quiserem participar e dar sustenta��o ao governo. Isso vai ser feito com muito di�logo. O Cust�dio iniciou e vou dar sequ�ncia. O deputado Luiz Humberto (PSDB) continua como l�der de governo e vamos fazer uma constru��o coletiva com os l�deres partid�rios e de blocos para construir uma base s�lida daqueles que acreditam em um novo projeto para Minas.
Vaga na C�mara fica para Fabiano Tolentino

O “dono” da vaga aberta na bancada federal mineira com o licenciamento do deputado federal Bilac Pinto (DEM) para se tornar secret�rio de Governo de Romeu Zema (Novo) n�o quis ocupar a cadeira na C�mara dos Deputados, que passou para o segundo da fila, Fabiano Tolentino (PPS).
Primeiro suplente da coliga��o, o ex-deputado Marcus Pestana fez um desabafo ao comunicar ontem sua decis�o: “N�o me adaptei � pol�tica como ela se d� hoje”, disse. Segundo Pestana, a radicaliza��o nas redes sociais e a ideia de rejei��o da sociedade aos pol�ticos pesaram na escolha, que tamb�m se deve a uma adapta��o � iniciativa privada. Como economista, Pestana est� trabalhando com presta��o de consultorias.
Primeiro suplente da coliga��o, o ex-deputado Marcus Pestana fez um desabafo ao comunicar ontem sua decis�o: “N�o me adaptei � pol�tica como ela se d� hoje”, disse. Segundo Pestana, a radicaliza��o nas redes sociais e a ideia de rejei��o da sociedade aos pol�ticos pesaram na escolha, que tamb�m se deve a uma adapta��o � iniciativa privada. Como economista, Pestana est� trabalhando com presta��o de consultorias.
O martelo da desist�ncia foi batido ontem e comunicado depois de uma reuni�o com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM). “Fiquei muito decepcionado com tudo que aconteceu em 2018, o resultado revela um certo fracasso da minha gera��o”, disse. Sobre os eleitos para o governo – Romeu Zema e o presidente Jair Bolsonaro –, o tucano diz se tratar da escolha do povo. “Eles se devem fundamentalmente aos erros das lideran�as da minha gera��o, s�o produto de um fim de ciclo pol�tico no pa�s e desse ambiente de Lava-Jato e de desconfian�a da pol�tica”, disse.
Pestana diz ter como refer�ncias pol�ticas Tancredo Neves, Ulysses Guimar�es e M�rio Covas e que, desde 2016, est� incomodado com o "desfecho da nova Rep�blica", que culmina com a elei��o de 2018. "Certamente, n�o era o sonho de Tancredo, Ulysses e Covas", afirmou.
Com 36 anos de vida p�blica, o ex-deputado, que presidiu o PSDB e foi secret�rio por oito anos em Minas no governo A�cio Neves, teve 72,9 mil votos em outubro do ano passado, mas n�o conseguiu renovar a cadeira na C�mara dos Deputados. Pestana diz que teve mais votos do que 19 dos 53 eleitos e foi o mais bem votado entre os suplentes. O deputado afirmou que as pessoas n�o imaginam como a pol�tica prejudica a vida familiar e pessoal.
“Minha decis�o de n�o assumir n�o � um gesto antipol�tica, � um gesto, pelo contr�rio de homenagem a todos aqueles que se dedicam � pol�tica, que para mim � a atividade humana mais nobre por produzir grandes transforma��es sociais”, disse. Pestana lembrou que o retorno na vaga aberta por Bilac seria provis�rio, j� que ele pode sair da secretaria a qualquer momento, e que conversou com aliados do PSDB, como o presidente estadual da legenda, Paulo Abi Ackel. “Todos compreenderam minhas raz�es. Reconstru� minha vida. Perdi a elei��o, embora o resultado tenha sido muito superior a alguns eleitos, mas nesses oito meses assumi compromissos pessoais e seria irresponsabilidade cair na aventura de um retorno provis�rio”, disse. (JP)