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Estado de Minas POL�TICA

Grupo conservador ligado � Igreja Cat�lica ataca S�nodo


postado em 28/08/2019 07:41

Insatisfeitos com o tom adotado pelos organizadores do S�nodo da Amaz�nia, representantes de grupos conservadores ligados � Igreja Cat�lica v�o realizar nos dias 4 e 5 de outubro, em Roma, um encontro para contestar a abordagem sobre a quest�o ambiental. Setores cat�licos questionam o que classificam como tentativas de interfer�ncia em "soberanias nacionais" e criticam o endosso a pol�ticas ambientais que privariam a popula��o da regi�o amaz�nica do desenvolvimento.

O discurso repete os argumentos do governo de Jair Bolsonaro que, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, tem a preocupa��o de que o S�nodo se torne mais um palco para cr�ticas ao Pa�s na quest�o ambiental. O receio do Pal�cio do Planalto � de que o encontro de bispos n�o se limite a quest�es religiosas, discutindo tamb�m temas relacionados a pol�ticas p�blicas dos pa�ses amaz�nicos.

Neste ano, durante 20 dias, 45 caravanistas recolheram 20 mil assinaturas na regi�o amaz�nica, questionando os desvios que estariam ocorrendo na prepara��o do S�nodo. O abaixo-assinado que ser� entregue � c�pula da Igreja fala em "inaceit�vel" atentado a "diversas soberanias nacionais" por "tentativa de internacionaliza��o" da Amaz�nia.

A contesta��o ao S�nodo ser� apresentada por grupos conservadores ligados � Igreja, como Instituto Pl�nio Correa de Oliveira e Voz da Fam�lia. O texto do abaixo-assinado faz um "pedido aos padres sinodais por uma Amaz�nia crist� e pr�spera, e n�o uma imensa favela verde dividida em guetos tribais".

'Zool�gicos humanos'

Em outro trecho do documento, os grupos repudiam a "utopia comuno-tribalista pela qual uma minoria de antrop�logos neo-marxistas e de te�logos da liberta��o pretende manter nossos irm�os ind�genas no subdesenvolvimento, confinando-os num gueto �tnico-cultural (verdadeiros 'zool�gicos humanos') que os privam dos benef�cios da conviv�ncia e da civiliza��o nacional, como foi denunciado pelo professor Pl�nio Correa de Oliveira, h� 40 anos".

Express�o semelhante foi usada por Bolsonaro, em seu Twitter, em abril, quando defendeu o direito dos �ndios de trabalhar e produzir. "Chega de tratar nossos irm�os como animais de zool�gicos ou como massa de manobra pol�tica", escreveu o presidente, ressaltando que a "comunidade inteira" ganha com a inser��o social ind�gena.

O porta-voz do Instituto Pl�nio Correa de Oliveira, Nelson Barreto, afirmou ao Estado que integrantes do grupo chegaram a se reunir com representantes do governo para tratar de suas preocupa��es. "N�s reconhecemos que era mais f�cil que n�s mesmos, leigos cat�licos, nos manifest�ssemos sobre a condena��o aos erros que est�o sendo praticados na prepara��o do S�nodo, j� que, infelizmente, muitos dos representantes do episcopado n�o se manifestaram", disse ele.

Dentro da Igreja, o bispo em�rito da Ilha de Maraj�, Jos� Lu�s Azcona, � um dos raros integrantes que questionaram pontos do documento preliminar preparado para o S�nodo da Amaz�nia. D. Azcona criticou o que chama de "vis�o distorcida" em rela��o ao chamado "rosto amaz�nico" e a "interculturalidade". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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