A defesa do policial militar aposentado Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou ontem que ele paga as despesas m�dicas no hospital Albert Einstein "com recursos pr�prios e, quando poss�vel, com o plano de sa�de dele". Em janeiro, quando fez a cirurgia para tratar o c�ncer de c�lon, Queiroz pagou R$ 64,6 mil em dinheiro pelo procedimento.
Com paradeiro ignorado desde ent�o, o ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro foi fotografado pela revista Veja na recep��o e na porta do hospital, onde continua fazendo o tratamento da doen�a. Segundo a revista, foi localizado na segunda-feira passada, e mora, atualmente, no bairro do Morumbi, na zona sul de S�o Paulo.
Em nota, o advogado Paulo Klein, que defende o ex-assessor, disse que "recebe com tranquilidade as informa��es recentemente veiculadas, uma vez que s� comprovam que o que vem sendo dito � absolutamente verdadeiro".
A defesa, no entanto, deixou de responder a outras perguntas relacionadas a Queiroz: afirmou n�o saber em que im�vel ele est� hospedado na capital paulista, quem paga pelo im�vel e quem o acompanha no dia a dia do tratamento m�dico. A justificativa � que essas informa��es n�o est�o relacionadas com o �mbito jur�dico do caso.
Para interlocutores, a localiza��o do ex-assessor ajuda a afastar teorias de que teria sido morto, sa�do do Pa�s ou se escondido em �reas dominadas por mil�cias no Rio de Janeiro.
Queiroz relatou a interlocutores que sua fam�lia tem sofrido com esses boatos. Um deles foi refor�ado, inclusive, pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que saiu do PSL h� duas semanas. "Onde est� enterrado o Queiroz?", questionou o parlamentar.
Pessoas pr�ximas ao ex-policial militar demonstraram inc�modo com o mote "Onde est� o Queiroz?", usado com frequ�ncia pela oposi��o ao governo do presidente Jair Bolsonaro, pai de Fl�vio. Alegam que ele nunca fugiu, apesar de se recusar a falar com a imprensa e de ter faltado a depoimentos marcados pelo Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) - ele apresentou a defesa por escrito.
A descoberta do paradeiro e a tranquilidade que Queiroz demonstraria ao transitar pelo hospital ajudaram a desconstruir a ideia de que ele seria um foragido da Justi�a, dizem os interlocutores. Eles argumentam que, mesmo estando h� mais de oito meses sem dar declara��es e do mist�rio em torno de onde havia se estabelecido, o ex-assessor n�o tem nenhuma obriga��o formal de "aparecer".
Coaf
Queiroz � piv� de uma investiga��o aberta pelo Minist�rio P�blico do Rio ap�s a descoberta de movimenta��es "at�picas" na sua conta. Quando foi suspenso pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, em julho, o caso estava na fase de an�lise da quebra dos sigilos banc�rio e fiscal de 85 pessoas e nove empresas ligadas ao gabinete e �s transa��es imobili�rias de Fl�vio. O MP n�o havia feito a den�ncia do caso. As suspeitas s�o de peculato, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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