Ao cumprir ordem de bloqueio na Opera��o Carbonara Chimica, fase 63 da Lava Jato, o Banco Central confiscou R$ 102 milh�es das contas de ex-executivos da Odebrecht. O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13� Vara Criminal Federal de Curitiba, havia decretado bloqueio de at� R$ 555 milh�es dos investigados por suposto esquema de propinas destinadas, inclusive, para ex-ministros da Fazenda dos governos Lula e Dilma.
As investiga��es miram em repasses de R$ 118 milh�es em contrapartida � edi��o das Medidas Provis�rias 470 e 472, que concederam o direito de pagamento dos d�bitos fiscais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com a utiliza��o de preju�zos fiscais de exerc�cios anteriores.
Entre os alvos est� o ex-ministro Guido Mantega, de quem o magistrado autorizou a constri��o de at� R$ 50 milh�es - 35 mil reais foram achados. Por meio de seu advogado, o criminalista F�bio Tofic Simantob, Mantega nega enfaticamente qualquer ato il�cito.
Os valores mais altos foram encontrados com executivos e advogados ligados � Odebrecht. Somente nas contas de Newton Souza, ex-presidente da empreiteira, foram bloqueados R$ 71 milh�es. Ele ainda reclama � Justi�a de que valores n�o indicados pelo Banco Central foram bloqueados.
J� Maur�cio Ferro, ex-diretor jur�dico da Odebrecht, teve R$ 26,8 milh�es bloqueados. O Banco Central bloqueou ainda R$ 2,7 milh�es do advogado Nilton Serson, apontado como suposto laranja de Ferro. Ele admitiu o recebimento de R$ 78 milh�es da Braskem. O Banco Central bloqueou tamb�m R$ 1,1 milh�o do ex-presidente da Braskem, Bernardo Gradin.
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