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Estado de Minas POL�TICA

SP: ato de oposi��o a Bolsonaro re�ne representantes da esquerda � centro-direita


postado em 03/09/2019 13:06

O Teatro da Universidade Cat�lica de S�o Paulo (Tuca), em S�o Paulo, recebeu na noite desta segunda-feira, 2, um ato de lan�amento do Direitos J�, movimento que reuniu dezenas de l�deres de v�rios partidos desde a esquerda representada pelo PC do B at� a centro-direita do PL. O evento teve como mote a defesa da democracia e contra "amea�as de retrocesso" do governo Jair Bolsonaro.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT); o governador do Maranh�o, Flavio Dino (PCdoB); o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a comiss�o especial da reforma da Previd�ncia; o ex-governador Marcio Fran�a (PSB), o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD), a ex-prefeita Marta Suplicy (MDB), dirigentes da Rede, PV, Cidadania e outros dez partidos subiram ao palco do Tuca, na zona oeste da capital, junto com representantes da sociedade civil, como o presidente da Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalv�o, o cardeal d. Claudio Hummes e o jurista Pedro Serrano, entre outros.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) gravaram v�deos para o evento. At� o linguista norte-americano Noam Chomsky, uma das principais refer�ncias te�ricas da esquerda mundial, foi ao Tuca, levado por Ciro.

J� o PT n�o foi representado por suas maiores lideran�as. O ex-prefeito Fernando Haddad, que havia confirmado presen�a, e o ex-ministro Aloizio Mercadante, que participaram do primeiro encontro do Direitos J�, n�o foram.

O maior partido da oposi��o a Bolsonaro foi representado pelo vereador Eduardo Suplicy, que n�o tem cargo na dire��o partid�ria.

A Central �nica dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, tamb�m n�o enviou representantes, ao contr�rio da For�a Sindical, Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que mandaram seus principais dirigentes.

Ciro e Dino, citados como poss�veis candidatos � sucess�o de Bolsonaro em 2022, discursaram no evento. "Tem que ter uma agenda de urg�ncia, uma s�rie de quest�es or�ament�rias como as bolsas do CNPQ, a proposta de or�amento que tira 50% da verba do Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, que sinaliza concretamente que em julho ou agosto as universidades federais v�o parar, tudo isso tem que ser aclarado para que a sociedade entenda no devido tempo. A grande tarefa de fundo, no entanto, � abrir um espa�o para entender onde foi que as elites, no melhor sentido da palavra, se dissociaram da vida do povo porque a� voc� n�o tem conversa", disse o pedetista na sa�da do evento.

Fl�vio Dino enumerou uma lista de quatro pontos que podem servir de pauta para a cria��o de uma unidade do campo democr�tico contra Bolsonaro que inclui a defesa da soberania nacional, retomada da bandeira do combate � corrup��o e defesa da educa��o, ci�ncia e tecnologia.

PT fica de fora por 'Lula Livre'

De acordo com fontes que participaram da prepara��o do ato, os petistas que integravam o Direitos J� se afastaram do movimento por discordarem do veto � inclus�o do "Lula Livre" na pauta. Segundo eles, outros integrantes do Direitos J� diziam que a defesa da liberdade do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva n�o unifica o movimento.

Haddad e Mercadante n�o explicaram por que n�o foram. O ex-prefeito esteve com Dino horas antes do ato e chegou a cancelar uma viagem que faria ao Rio.

Representantes de outros partidos interpretaram a aus�ncia de dirigentes petistas como sinal de que o partido n�o aceita dividir o protagonismo com outros atores pol�ticos.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, negou que o partido tenha boicotado o ato. Ela disse que n�o foi porque recebeu o convite apenas na Sexta-feira (30) � noite e j� tinha outros compromissos agendados.

"Cheguei a falar com alguns companheiros para que eles fossem a este ato importante em defesa da democracia e que seria importante colocar dois aspectos: que n�s come�amos a desestabiliza��o da democracia com o impeachment da presidenta Dilma (Rousseff) e que a pris�o do presidente Lula representa a simbologia maior do ataque ao estado democr�tico de direito e ao devido processo legal. O que estamos reivindicando para Lula n�o � a decreta��o da sua inoc�ncia, mas que ele tenha direito a um julgamento justo", disse Gleisi, por telefone, ao jornal O Estado de S. Paulo.

Os petistas, no entanto, n�o foram os �nicos ausentes. Guilherme Boulos (PSOL) foi convidado, mas declinou. "Acho importante a articula��o que ele vem construindo. Mas n�o tenho como estar junto com figuras que est�o, neste momento, atacando direitos sociais, trabalhistas e patrocinando a entrega do patrim�nio p�blico", justificou Boulos.

Ele se referia � possibilidade de ter que dividir o palco com, entre outros representantes da direita, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia era esperado no evento, consultou colegas de Congresso sobre a natureza do ato at� poucas horas antes do hor�rio marcado, mas acabou desistindo.

"Desde as 'Diretas J�', o Pa�s n�o conseguia unir no mesmo palco uma pluralidade pol�tica t�o grande. Foi um evento de lideran�as e mais de 20 setores da sociedade representados. Agora � come�ar a rodar o Pa�s", disse o coordenador nacional do Direitos J�, o soci�logo Fernando Guimar�es, l�der da tend�ncia tucana PSDB Esquerda Pra Valer.

Na sa�da, Marta Suplicy, que conversa com partidos sobre a possibilidade de ser candidata � Prefeitura de S�o Paulo no ano que vem, comemorava. "Deu certo, deu certo", disse ela.

Marcio Fran�a, que tamb�m se prepara para disputar a Prefeitura em 2020, avaliou que dificilmente o movimento pode resultar na cria��o de um novo partido pol�tico devido �s dificuldades impostas pela legisla��o, mas abre um bom ambiente de di�logo para setores que t�m diferen�as ideol�gicas mas objetivos em comum.


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