
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que deve apoiar a revis�o do teto dos gastos p�blicos. O tema tem dividido o governo. O Minist�rio da Economia se posiciona contrariamente � ideia, enquanto a Casa Civil e os militares sugerem a necessidade de uma flexibiliza��o. No fim das contas, o posicionamento do chefe do Executivo federal pode ter um peso relevante para alterar ou n�o as regras atuais.
A equipe econ�mica sustenta que o pr�prio teto de gastos oferece os chamados “gatilhos” como sa�das em caso de descumprimento da norma. Assim, h� a possibilidade de vetar reajustes a servidores e corre��es acima da infla��o ao sal�rio m�nimo. O n�cleo militar e pol�tico, por sua vez, alerta que o arrocho or�ament�rio proposto pela ala econ�mica para 2020 pode impor dificuldades � m�quina p�blica.
O presidente, no entanto, se mostrou mais sens�vel ao lado dos militares e da ala pol�tica. “Temos o or�amento. Tem as despesas obrigat�rias, que est�o subindo. Acho que, daqui a dois ou tr�s anos, vai zerar a despesa discricion�ria, n�o � isso? � uma quest�o de matem�tica, nem preciso responder para voc� (rep�rter). Vou ter que cortar a luz de todos os quart�is, por exemplo, se n�o for feito (uma flexibiliza��o ao teto de gastos)”, declarou, na sa�da do Pal�cio da Alvorada, nesta quarta-feira (4/9).
Balan�a
A manuten��o das atuais regras do teto de gastos promete testar o prest�gio e poder de Guedes no governo. Na sexta-feira (30/8) e nesta quarta, Bolsonaro voltou a dizer que o chefe da equipe econ�mica, o ministro da Justi�a, S�rgio Moro, e o ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, comp�em o “centr�o” do governo.
Na ter�a-feira (3) e, tamb�m, hoje, disse que Guedes � um “cavalo” no “xadrez pol�tico” governista -- uma importante pe�a no jogo. A altera��o do teto de gastos tamb�m n�o � bem vista pelo mercado financeiro e pode, no entendimento da c�pula econ�mica, afetar o interesse de investidores no Brasil. Assim, pessoas pr�ximas de Guedes esperam atrair o apoio de Tarc�sio para, no m�nimo, “equilibrar a balan�a”.