
Bras�lia – Depois do primeiro voo do ca�a Gripen encomendado pelo governo brasileiro — no �ltimo dia 26 —, integrantes da alta c�pula militar v�o � Su�cia, nesta semana, acompanhar o in�cio dos testes da aeronave na parte dos sistemas t�ticos e sensores. Na comitiva que viaja a Link�ping, a 200 quil�metros de Estocolmo, est�o o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante da For�a A�rea Brasileira (FAB), Ant�nio Carlos Moretti Bermudez. A entrega do primeiro lote de avi�es est� prevista para 2021. Os testes s�o um passo efetivo de uma novela que se arrasta por quase duas d�cadas para renova��o da frota de ca�as brasileiros. Iniciado ainda em 2001, quando o ent�o presidente Fernando Henrique Cardoso come�ou o programa F-X, o processo de compra passou pelos governos Lula, Dilma e Temer at� chegar � gest�o Bolsonaro. A disputa de quase R$ 17 bilh�es envolveu diretamente a norte-americana Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que acabou vitoriosa.
A expectativa � de que o financiamento brasileiro come�ar� a ser pago quando os avi�es efetivamente forem entregues, em 2021. No or�amento para o pr�ximo ano n�o est�o previstos recursos para compra de aeronaves, segundo levantamento da Associa��o Contas Abertas. A assessoria do comando da Aeron�utica n�o confirmou aspectos sobre a dota��o or�ament�ria para o processo de compra, mas garantiu que o cronograma est� mantido, detalhando aspectos como as etapas de certifica��o.
“O cronograma de entregas contratado pela For�a A�rea Brasileira contempla o recebimento das aeronaves a partir de 2021 at� 2026. Um total de 36 aeronaves ser�o inicialmente operadas por unidades a�reas a partir da Ala 2, em An�polis (GO). Os pilotos brasileiros efetuar�o o treinamento na Su�cia a partir de 2020”, diz a nota da assessoria militar. Cerca de 350 profissionais brasileiros participam do programa de transfer�ncia de tecnologia na Su�cia, que envolve 62 projetos de diversas disciplinas aeron�uticas.
Os representantes do pa�s tentam, na Organiza��o das Na��es Unidas, regulamentar, em n�vel global, o desenvolvimento de armas inteligentes. Atualmente, a tecnologia n�o chegou ao patamar amea�ador como visto no filme O exterminador do futuro. Mas, neste momento, na��es industrializadas e at� mesmo pa�ses em desenvolvimento trabalham para criar armas com capacidade de tomar decis�es.
A depender do controle sobre o desenvolvimento desse tipo de tecnologia, nos pr�ximos anos ou d�cadas, rob�s podem ter o poder sobre a vida e a morte. O assunto est� causando um debate profundo entre as na��es filiadas � ONU, tanto que foi criada, em Genebra, a Conven��o sobre Certas Armas Convencionais. A expectativa da entidade � de que, entre 2030 e 2050, existam desde armas comuns automatizadas at� rob�s humanoides – com capacidade de raciocinar –, empregados em conflitos armados.