Apenas tr�s vereadores de Belo Horizonte, dos 41, n�o devem tentar a reelei��o na C�mara Municipal em 2020. Outros tr�s avaliam ainda participar de chapas � prefeitura da capital, como cabe�a de chapa ou candidato a vice-prefeito. Entre os 35 vereadores que se declaram candidatos no ano que vem, 19 admitem buscar nova legenda para as elei��es. A menos de um ano para o in�cio da campanha, os parlamentares negociam espa�o e influ�ncia dentro das siglas e analisam que, na primeira elei��o sem coliga��es partid�rias para concorrer as cadeiras na C�mara Municipal, a briga pelos votos ser� mais acirrada dentro das legendas.
Na �ltima semana, a reportagem do Estado de Minas ouviu cada um dos parlamentares da capital mineira sobre seus planos para 2020. Wellington Magalh�es (DC), Preto (DEM) e Orlei (Avante) afirmaram que n�o pretendem tentar a reelei��o. A presidente da Casa, vereadora Nely Aquino (PRTB), e Gabriel Azevedo (Sem partido) informaram que n�o sabem ainda se estar�o na disputa no Legislativo ou no Executivo. J� Fl�vio dos Santos (Pode) disse que est� analisando o cen�rio pol�tico para decidir se vai se candidatar novamente.
“N�o serei candidato a nada ano que vem. Quero me defender das acusa��es injustas daqueles que me atacaram e atacaram minha fam�lia. Fui alvo de muita maldade nesses �ltimos anos e quero respond�-las na Justi�a”, afirmou Wellington. Ex-presidente da C�mara, ele est� no seu quarto mandato e foi acusado de amea�ar autoridades e participar de esquema que desviou recursos da Casa.
O vereador Orlei, atualmente no segundo mandato, afirmou que o momento pol�tico � muito ruim e que decidiu cuidar de seus neg�cios particulares no ano que vem. J� Preto, atual vice-presidente da Casa e no sexto mandato, disse estar com problemas de sa�de e que por isso deixar� o Legislativo no final do ano que vem.
Troca-troca partid�rio
Um dos principais pontos citados pelos vereadores que negociam mudan�a de partido para as pr�ximas elei��es � a valoriza��o interna do pr�prio nome e uma chapa com condi��es de somar os votos necess�rios para garantir cadeiras na C�mara. A partir de 2020, as coliga��es partid�rias est�o proibidas, e os vereadores mais votados das siglas assumem as cadeiras do Legislativo, atingindo o coeficiente eleitoral. Alguns apostam que cada legenda vai lan�ar mais candidatos em busca dos votos e outros lembram a import�ncia de um apoio de algum candidato � prefeitura para ganhar visibilidade na campanha.
Integrante da bancada crist� e vice-l�der de Governo na C�mara, o vereador �lvis Cortes – atualmente no PHS, mas de malas prontas para desembarcar em um novo partido – avalia que o novo sistema vai obrigar os candidatos a disputarem espa�o dentro de cada sigla. “Os que realmente quiserem se eleger ter�o que ter apoio dos partidos, com estrutura para campanha, tempo de televis�o, entre outras formas de divulgar as propostas. Ser� preciso se adaptar rapidamente para o ano que vem. Acredito que deve acontecer novamente uma renova��o na Casa”, diz Cortes.
'N�o serei candidato a nada ano que vem. Quero me defender das acusa��es injustas daqueles que me atacaram e atacaram a minha fam�lia. Fui alvo de muita maldade nesses �ltimos anos e quero respond�-las na Justi�a'
Wellington Magalh�es (DC), vereador no quarto mandato e ex-presidente da C�mara
O vereador Bim da Ambul�ncia se elegeu pela primeira vez, em 2012, pelo PTN, mas, ao final do primeiro mandato, se mudou para o PSDB. Agora, ele avalia novamente trocar de partido para a pr�xima disputa. “Infelizmente n�o est� tendo muito di�logo dentro do PSDB sobre as quest�es municipais. As discuss�es avan�am muito pouco e todos t�m incertezas sobre o que vai acontecer em 2020. Ent�o, n�o sei se tentarei a reelei��o pelo partido”, diz Bim.
Outro que est� pronto para desembarcar da atual legenda � Jair di Greg�rio, hoje no PP. Tamb�m membro da bancada crist�, ele j� d� como certa a mudan�a e aguarda para saber se ser� expulso ou se vai esperar at� a abertura da janela no ano que vem. “Sei que no PP n�o vou ficar. O grupo partid�rio ao qual estou ligado, do deputado Renzo Braz, perdeu espa�o para o deputado Marcelo Aro. E com Aro eu n�o tenho di�logo”, afirmou Greg�rio. Situa��o parecida de Wesley da Autoescola (PRP), que viu sua legenda se transformar em Patriota e mudar as lideran�as.
Chance de briga pela PBH
Dois vereadores que se disseram indecisos sobre a tentativa de reelei��o em 2020 citaram como motivo as especula��es para a forma��o de chapas para disputar a prefeitura da capital mineira. Nely Aquino diz que acompanha as discuss�es sobre a forma��o das chapas que v�o concorrer ao Executivo municipal. At� agora, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) demonstrou que vai tentar se reeleger e o deputado Jo�o Vitor Xavier (Cidadania) tamb�m se colocou como op��o, enquanto partidos da esquerda estudam uma alian�a. Nas elei��es majorit�rias, as coliga��es entre partidos continua permitida.
“O momento � de di�logo com v�rios grupos pol�ticos e meu partido avalia qual ser� seu papel na forma��o das chapas. Ent�o, est� cedo para saber a qual cargo vou concorrer ano que vem. N�o fechei porta para nenhum deles e podem ocorrer mudan�as, mas, por enquanto, � tudo especula��o”, diz Nely. Na semana passada, a presidente da C�mara se reuniu com o deputado Diego Andrade, l�der do PSD.
Outro vereador que mant�m olhar atento � disputa pela PBH � Gabriel Azevedo (Sem partido). Eleito pelo PHS e um dos coordenadores da campanha de Kalil em 2016, ele deixou o partido e se tornou um dos maiores cr�ticos ao prefeito na C�mara. “N�o sei se disputarei elei��o para vereador ou prefeito. Ainda tem muita coisa para acontecer. E tamb�m n�o sei para qual partido irei. Quem sabe as candidaturas independentes possam valer em breve?”, diz Gabriel.
Coordenador da equipe de transi��o do governador Romeu Zema, o vereador Mateus Sim�es (Novo) afirma que sua inten��o � disputar a reelei��o no Legislativo. Ressalta, no entanto, que o partido ter� obrigatoriamente um nome concorrendo � PBH e n�o descarta participar da disputa. “Vejo meu trabalho mais ligado ao Legislativo. � onde est� mais voltada minha atua��o e nunca tive um projeto de chegar ao Executivo”, diz Sim�es. Um dos cotados para concorrer pelo Novo � o vice-governador Paulo Brant. O partido vai definir o nome em processo interno at� o final deste ano. (Colaborou Felipe Quintela, estagi�rio)