Sem citar expressamente a decis�o do PSL de deixar a base de apoio de sua administra��o, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), alfinetou o partido, durante evento nesta quarta-feira, 18, ao elogiar "quem tem lado" e "cumpre com a palavra".
"O deputado estadual Max Lemos (MDB) e o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM), durante a elei��o tinham outro candidato e foram at� o fim com o candidato deles. E eu valorizo quem tem lado, quem tem palavra e cumpre com a palavra. Depois de n�s vencermos a elei��o, o MDB se reuniu comigo, assim como outros partidos, e disse: Governador, grande parte das suas propostas s�o nossas propostas. Queremos estar juntos do governo. Isso � demonstra��o de lealdade, de fortalecimento da democracia, e quem ganha com isso � a popula��o", afirmou o governador durante a cerim�nia de abertura do 1� Encontro Nacional dos Diretores de Departamentos de Homic�dios das Pol�cias Civis, realizado na Academia de Pol�cia Sylvio Terra (Acadepol), no centro do Rio.
Em outro momento, Witzel citou o senador Fl�vio Bolsonaro, presidente estadual do PSL no Rio e respons�vel pela decis�o de deixar a base aliada do governo. O governador agradeceu a Fl�vio pela articula��o que garantiu a aprova��o, no Senado, de um projeto de lei que garante a distribui��o a Estados e munic�pios de recursos obtidos pelo governo federal com leil�es de blocos de explora��o de petr�leo.
"Agrade�o ao Fl�vio Bolsonaro por isso e por ter caminhado comigo durante as elei��es. L� em Nova Igua�u n�s caminhamos juntos no cal�ad�o, rumo � vit�ria. Agrade�o todo o trabalho do senador. Queria dizer ao Fl�vio que meu projeto pol�tico � o mesmo dele: governar bem o Rio, juntamente ao Congresso Federal e o Senado da Rep�blica", concluiu.
Projeto para o Brasil
Dois dias ap�s perder o apoio do PSL, sob acusa��o de querer disputar a Presid�ncia da Rep�blica, em 2022, mesmo contra Jair Bolsonaro, Witzel afirmou que o projeto para o Brasil n�o � seu, mas de seu partido.
O governador afirmou que o PSC tem um projeto para o Brasil: "N�o � um projeto Wilson Witzel. Eu apenas sou presidente de honra do partido. O partido tem um projeto para o Brasil", disse.
Caso Marielle
Witzel tamb�m criticou a decis�o de Raquel Dodge, que na ter�a-feira, 17, em seu �ltimo dia como procuradora-geral da Rep�blica, pediu ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) que a investiga��o dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes seja transferida da Pol�cia Civil do Rio para a Pol�cia Federal.
"Registro a mais absoluta discord�ncia com o pedido de federaliza��o. Com todo respeito � Raquel Dodge, ela est� politizando a situa��o. Ser� que a Pol�cia Federal vai ser melhor que a Pol�cia Civil?", questionou Witzel.
"Tenho respeito pelos delegados de Pol�cia Federal, mas sabem investigar lavagem de dinheiro, tr�fico internacional, corrup��o. A PF n�o tem expertise nenhuma na investiga��o de crimes de homic�dio", prosseguiu o governador. "Ser� que a Pol�cia Federal tem mais capacidade t�cnica do que as pol�cias para investigar? A PF n�o tem departamento de homic�dios", questionou.
Recupera��o Fiscal
Witzel negou haver risco de o Estado do Rio ser exclu�do do Regime de Recupera��o Fiscal, como tem sido alertado pelo governo federal: "Se olharmos quais s�o esses riscos que a Secretaria do Tesouro Nacional est� apontando, vamos verificar que � muito pouco, n�o chega nem a R$ 100 milh�es. S�o bobagenzinhas que ser�o resolvidas", afirmou o governador.
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POL�TICA
Witzel elogia quem 'cumpre com a palavra' e alfineta PSL
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