
O l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), admitiu entregar o cargo de lideran�a ap�s ser alvo da Pol�cia Federal na manh� desta quinta-feira, 19. A PF realizou buscas no gabinete de Bezerra. O apartamento do senador e o gabinete do deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho do senador, tamb�m foram alvos de buscas, al�m de endere�os em Pernambuco ligados aos dois.
As a��es fazem parte da Opera��o Desintegra��o, desdobramento da Opera��o Turbul�ncia, e foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF apura um suposto esquema de propinas pagas por empreiteiras que executavam obras custeadas com recursos p�blicos em favor de autoridades.
"Tomei a iniciativa de colocar � disposi��o o cargo de l�der do governo para que o governo possa ao longo dos pr�ximos dias fazer uma avalia��o se n�o seria o momento de proceder uma nova escolha ou n�o", disse Bezerra em entrevista na entrada do pr�dio onde mora, em Bras�lia.
Ele refor�ou que a decis�o ser� tomada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). "Todos est�o querendo aprofundar a an�lise do que foi baseado todas essas a��es que n�s fomos v�timas no dia de hoje para que o governo possa se manifestar."
Bezerra se comprometeu em, mesmo deixando o cargo, ajudar o governo na agenda de reformas no Senado. O parlamentar ainda apontou que seus advogados avaliaram a busca da PF como "muito extensa e desnecess�ria".
Em nota, a defesa do senador pontuou que a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) opinou contra a busca porque "a medida ter� pouca utilidade pr�tica". Na entrevista, Bezerra diz que a investiga��o corre h� muito tempo, que est� � disposi��o da Justi�a e manifestou expectativa no arquivamento do inqu�rito.
"Esses s�o fatos que j� v�o completar oito, seis anos, e que est�o sob investiga��o h� muito tempo e que, portanto, vamos, no devido curso do processo legal, prestar todas as informa��es. E temos certeza, como outros inqu�ritos, eles v�o ter o mesmo destino, que ser� o arquivamento", finalizou o parlamentar.