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A��o contra l�der do governo no Senado atinge pe�a-chave para Bolsonaro

Autoriza��o do STF para apreens�o no gabinete de Fernando Bezerra (MDB-PE), que p�s cargo � disposi��o, retira do jogo apoio do governo para aprovar projetos


postado em 20/09/2019 04:00 / atualizado em 20/09/2019 07:49

Na forma de contra-ataque da Lava-Jato, o ministro Luis Roberto Barroso determinou a retomada das ações da PF atrás de políticos com mandato(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 22/3/1)
Na forma de contra-ataque da Lava-Jato, o ministro Luis Roberto Barroso determinou a retomada das a��es da PF atr�s de pol�ticos com mandato (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 22/3/1)
Coube ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso determinar a retomada das a��es da Pol�cia Federal contra pol�ticos com mandato, numa esp�cie de contra-ataque � ofensiva em curso contra a Opera��o Lava-Jato, que envolve a c�pula dos tr�s poderes da Rep�blica e o pr�prio Minist�rio P�blico Federal. Essa � a leitura que se faz da decis�o de Barroso, que autorizou buscas e apreens�es nos gabinetes do l�der do Governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), e de seu filho, o deputado federal Fernando Bezerra Filho (DEM-PE). Segundo a Pol�cia Federal, h� suspeitas de que ambos receberam R$ 5,538 milh�es em propinas de empreiteiras.

Barroso � o principal aliado da for�a-tarefa da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo seu despacho, a PF reuniu “elementos de prova que indicaram o recebimento, ao menos entre 2012 e 2014, de vantagens indevidas pelos investigados, pagas por empreiteiras, em raz�o das fun��es p�blicas por eles exercidas”. De acordo com o seu despacho, h� ind�cios de corrup��o passiva, corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e falsidade ideol�gica eleitoral por parte de pai e filho nas dela��es premiadas dos empres�rios Jo�o Lyra, Eduardo Leite e Arthur Rosal. Eles assinaram colabora��o em raz�o da Opera��o Turbul�ncia, que investigou o acidente a�reo que culminou na morte de Eduardo Campos. Os Bezerra negam as acusa��es.

''A a��o contra Bezerra � uma dor de cabe�a para o presidente da Rep�blica, pois o l�der do governo vem sendo uma pe�a-chave para aprova��o de projetos no Senado''



A investiga��o � uma bomba na pol�tica de Pernambuco, pois h� uma zona cinzenta na campanha do falecido ex-governador pernambucano a presidente da Rep�blica, em 2014. Dono do avi�o, Jo�o Lyra supostamente recebia valores de Eduardo Leite, que era dono de uma factoring e outras empresas que lavavam dinheiro de empreiteiras investigadas na Opera��o Lava-Jato. Arthur Rosa usava contas banc�rias de seus postos de gasolina com o mesmo objetivo. Os tr�s disseram que o senador Fernando Bezerra e o deputado Fernando Filho recebiam repasses de propinas por determina��o das empresas OAS, Barbosa Mello SA, SA Paulista e Constremac.

Barroso alegou que as buscas nos endere�os se justificam para “obten��o de objetos e documentos necess�rios � prova das infra��es penais”, por�m, rejeitou sequestro e bloqueio de bens de Fernando Bezerra Coelho e do filho, por consider�-los medidas “apressadas”. Sua decis�o acirrou as contradi��es entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justi�a, S�rgio Moro. No encontro entre ambos, Bolsonaro teria questionado o ministro: “A PF tinha raz�o para a busca e apreens�o ou est� fora de controle?”

Lideran�a


A a��o contra Bezerra � uma dor de cabe�a a mais para o presidente da Rep�blica, pois o l�der do governo vem sendo uma pe�a-chave para aprova��o de projetos no Senado. Bezerra colocou seu posto � disposi��o de Bolsonaro; aparentemente, tem a solidariedade do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e conta com o apoio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Bolsonaro ainda n�o decidiu se o mant�m no cargo.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), questionou a decis�o de Barroso, com o argumento de que os fatos investigados n�o t�m nada a ver com o mandato e que a Pol�cia Federal n�o poderia realizar a opera��o no gabinete da lideran�a do governo, ainda mais havendo um parecer contr�rio da Procuradoria-Geral da Rep�blica. O ministro Barroso, por�m, argumenta que a��o da PF foi puramente t�cnica.

A opera��o de ontem coincidiu com a volta do delegado Maur�cio Valeixo, que estava de f�rias, ao cargo de diretor-geral da Pol�cia Federal. Bolsonaro amea�ou defenestr�-lo, mas Moro manteve o auxiliar no cargo. Diante da nova situa��o, por�m, dificilmente Bolsonaro poderia pedir sua demiss�o sem sinalizar ostensivamente que est� contra a Lava-Jato. O mais prov�vel � que reavalie a perman�ncia de Fernando Bezerra na lideran�a do governo quando tiver mais informa��es sobre o inqu�rito.

O afastamento do l�der do governo seria uma boa sinaliza��o de Bolsonaro para sua base eleitoral, mas teria efeito muito negativo do ponto de vista de sua base parlamentar no Senado. O ministro Barroso � o principal opositor � decis�o do presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que sustou a investiga��o sobre seu filho, o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), com base em dados fornecidos pela Comiss�o de Controle de Opera��es Financeiras (COAF) sem autoriza��o judicial. Uma das raz�es da fritura de S�rgio Moro, pelo presidente da Rep�blica, foi o fato de o ministro da Justi�a ter procurado Barroso para pedir a derrubada da liminar.
 

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