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Estado de Minas POL�TICA

'Brasil far� discurso de esclarecimento e oportunidades', afirma Ricardo Salles


postado em 22/09/2019 18:00

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o Brasil quer transmitir para a comunidade internacional um esclarecimento sobre o que de fato est� acontecendo no territ�rio brasileiro na quest�o ambiental - em especial na Amaz�nia - e exaltar as oportunidades de investimento no Pa�s.

Ele est� nos Estados Unidos desde quinta-feira, onde tem se reunido com investidores e autoridades locais, e recebeu o Estado para um caf� no hotel em que est� hospedado no s�bado, 21, em Nova York.

A presen�a do ministro coincide com a greve do clima, que mobilizou milh�es de jovens em 130 pa�ses na sexta, e permeia o per�odo da c�pula global de mudan�as clim�ticas, na segunda, e da Assembleia-Geral das Na��es Unidas, na ter�a. Em ambas as ocasi�es, o governo brasileiro vai procurar rebater as cr�ticas que t�m recebido.

Durante a semana, diplomatas ouvidos reservadamente pela reportagem na ONU demonstraram preocupa��o com o que consideram um poss�vel retrocesso na pol�tica ambiental brasileira.

"(Queremos) Desmistificar essa falsa ideia de que houve um desmonte do sistema ambiental, de que houve flexibiliza��o da legisla��o ou da fiscaliza��o, de que o Brasil n�o se importa com meio ambiente. N�o � verdade. Temos que esclarecer tudo isso para que essas mentiras ou desinforma��es n�o continuem a ser repetidas", afirmou.

O ministro disse ainda que � preciso mostrar o potencial de investimentos ambientais no Pa�s, em �reas como cr�ditos de carbono e pagamentos por servi�os ambientais. "H� uma gama enorme de oportunidades e o Brasil � o principal canal privilegiado para receber esses recursos", afirmou o ministro, que tamb�m j� foi secret�rio do Meio Ambiente do Estado de S�o Paulo no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Em reportagem recente, o jornal brit�nico Financial Times afirmou que o Brasil ficou de fora da c�pula do clima por n�o ter mostrado interesse, assim como Austr�lia, Ar�bia Saudita e Estados Unidos. Ant�nio Guterres, secret�rio-geral da ONU, tem defendido que os pa�ses deveriam apresentar, nesta c�pula, a��es e n�o discursos. Sobre a quest�o, Salles disse que, se abrirem uma oportunidade para o Brasil falar, est� pronto para apresentar suas coloca��es.

L�der ambiental

Questionado sobre a avalia��o de que o Brasil teria perdido seu papel de l�der na defesa do desenvolvimento sustent�vel e do meio ambiente com o novo governo - especialmente ap�s o aumento dos inc�ndios na Amaz�nia -, o ministro negou e lembrou que o Brasil tem um C�digo Florestal restritivo e um "volume enorme" de recursos sendo utilizados para a manuten��o das reservas legais e das �reas de prote��o permanente "sem nenhum tipo de apoio de compensa��o p�blica".

Destacou, em ambos os casos, que outros pa�ses n�o fazem isso. Salles tamb�m citou os n�meros da preserva��o da Amaz�nia e da mata nativa ao redor do Brasil. "Dizer que perdermos uma lideran�a em desenvolvimento sustent�vel � simplesmente ignorar que as coisas continuam. S�o coisas que o brasileiro faz".

Ele disse ainda que houve uma altera��o de paradigma na pol�tica ambiental. "Colocamos a defesa do desenvolvimento econ�mico sustent�vel, a harmoniza��o entre a parte econ�mica e ambiental como prioridade", disse, afirmando que governos anteriores pensavam o tema ambiental de forma isolada, sem a preocupa��o econ�mica. "N�s deixamos 20 milh�es de brasileiros para tr�s na Amaz�nia, que � a regi�o mais rica do Brasil em termos de recursos naturais, mas com o pior �ndice de econ�mico. Entendemos que essa n�o � a maneira adequada".

Coopera��o internacional

Nesta semana, o enviado especial sobre mudan�as clim�ticas na 74� Assembleia-Geral da ONU, Lu�s Alfonso de Alba, disse ao Estado que a institui��o est� destacando a import�ncia de uma a��o coordenada dos pa�ses afetados pelos inc�ndios na Amaz�nia. Perguntado sobre se o Pa�s aceitaria recursos externos ou uma coopera��o internacional, Salles afirmou que sim e que tratou do tema em reuni�o com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

"Mas tem um ponto: o Brasil n�o abre m�o de escolher como usar os recursos recebidos de qualquer forma - fundo perdido, coopera��o, financiamento, empr�stimo. Nenhum estrangeiro vai dizer qual pol�tica p�blica n�s temos que adotar", afirmou, destacando que a destina��o dos recursos vai ter "vi�s de preserva��o" e prestigiar a vis�o de desenvolvimento econ�mico sustent�vel.


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