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Estado de Minas POL�TICA

Procurador diz que hacker 'instruiu' Vermelho a criar mensagem atribu�da a Joice


postado em 23/09/2019 20:40

O procurador da Rep�blica Wellington Divino Marques de Oliveira apontou, em representa��o pela segunda fase da Opera��o Spoofing, ind�cios de que os hackers que invadiram comunica��es de mil autoridades, entre elas o ministro Sergio Moro (Justi�a) e o procurador Deltan Dallagnol, chegaram a fabricar mensagens no celular da l�der do Governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL).

Segundo o procurador, "foram encontradas conversas do aplicativo Telegram em que Luiz Henrique Moli��o", preso na �ltima quinta, 19, na segunda fase da Opera��o, "instrui Walter Neto ('Vermelho') a enviar uma nota para um jornalista atrav�s da conta da deputada federal Joice Hasselmann, sendo que, ap�s uma breve troca de opini�es, os dois escolhem o destinat�rio da mensagem falsa".

"Vermelho", suposto l�der dos hackers, foi preso na primeira etapa da Opera��o Spoofing, deflagrada em 23 de julho. Apontado como l�der dos hackers, ele confessou ter mantido contato com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, que tem divulgado os di�logos atribu�dos a Moro, a Deltan e a outros procuradores da Lava Jato.

"Pelos di�logos analisados, foi poss�vel constatar que realmente Walter Neto encaminhou para o jornalista, por meio da conta do Telegram da deputada federal, uma nota intitulada "O governo j� deixa vazar que considera MPF como inimigo", texto que teria sido elaborado pelo pr�prio Luiz Moli��o", diz o procurador.

No mesmo dia - 27 de julho -, a parlamentar postou um v�deo, em suas redes sociais, afirmando que seu celular foi invadido, o que, de acordo com o procurador, corrobora "a veracidade do di�logo analisado".

De acordo com o procurador, "em uma das imagens divulgadas por Joice Hasselmann, � poss�vel ver no registro de chamadas do aparelho telef�nico da parlamentar um n�mero de telefone internacional de Telegram, que � utilizado para realizar as liga��es automatizadas que informam o c�digo de acesso do aplicativo, fato consistente com o modo de ataque empregado por Walter Neto".

"Na mesma imagem, tamb�m � poss�vel verificar o registro de uma liga��o telef�nica do jornalista, que foi o respons�vel por informar a parlamentar sobre invas�o de sua conta no Telegram, conforme reportagens que repercutiram o ataque", relata.

O procurador exp�e ainda relat�rio da PF que mostra notifica��o "gerada pelo aplicativo Telegram, Luiz Moli��o e Walter Neto percebem que o rep�rter provavelmente iria ficar ainda mais desconfiado em rela��o � mensagem enviada em nome da deputada federal Joice Hasselmann, motivo pelo qual Walter pede a Luiz Moli��o para que abra o programa PIA - Private Internet Access, usado pelo grupo para dificultar o rastreamento da conex�o aos aparelhos".

"Ap�s Moli��o responder que j� estava ligando o programa PIA, Walter envia o n�mero telef�nico de Joice Hasselmann e dois c�digos num�ricos, que seriam os c�digos de acesso do aplicativo da parlamentar", afirma o relat�rio.

"Ap�s Luiz Moli��o confirmar ter acessado o Telegram da deputada federal Joice Hasselmann, Walter Neto mostra a mensagem do telefone da parlamentar indicando que um novo login havia sido detectado na conta. A mensagem enviada pelo aplicativo de comunica��o mostra a presen�a de 3 aparelhos conectados na conta da parlamentar, sendo duas nos Estados Unidos referentes aos endere�os do IP do provedor PIA utilizados simultaneamente por Walter Delgatti Neto e Luiz Henrique Moli��o", conclui.


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