
No novo pacto federativo, Guedes acredita que estados e munic�pios ter�o mais liberdade na gest�o. A ideia � que n�o existam mais verbas espec�ficas para temas como sa�de e educa��o, a ponto de o determinado chefe do Executivo ter autonomia para balancear os setores. O ministro tamb�m n�o escondeu a chatea��o com a “demora” da reforma da Previd�ncia no Senado, que tramita desde agosto na Casa.
“A ideia � que a reforma da Previd�ncia fosse aprovada no primeiro semestre, as perderam um pouco o timing. Quando a turma do Senado puder voltar as aten��es, vamos entrar com o pacto federativo, que � exatamente a ideia de ‘descarimbar’ o dinheiro p�blico, descentralizar esse dinheiro”, disse o ministro. A vota��o do primeiro turno da reforma da Previd�ncia no plen�rio do Senado est� marcada para esta quarta-feira.
Na sequ�ncia da explica��o, Guedes afirmou ainda que o objetivo � de tentar “enxugar” a estrutura central do pa�s, a fim de descentralizar o poder monet�rio e destin�-los a prefeitos e governadores.
“� um drama comum. As prefeituras est�o quebradas, os estados quebrados. A� correm para o Supremo, o Supremo passa para o Estado, a� o Estado tenta com a Uni�o. Ent�o, estamos em um neg�cio que n�o tem jeito. Vamos tentar ‘encolher’ o governo central e fortalecer a federa��o, fazer com que as pol�ticas p�blicas sejam efetivadas por estados e munic�pios. A popula��o votou no prefeito, ele tem que ter capacidade de escolher onde vai botar o dinheiro”, concluiu o ministro, que sinalizou tamb�m que a reforma tribut�ria ser� apresentada em at� uma semana na C�mara dos Deputados.
Cr�ticas a governos passados
Paulo Guedes tamb�m se mostrou incomodado com cr�ticas � pol�tica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e de seus ministros. O chefe da pasta pediu calma aos cr�ticos e ironizou governos anteriores.
“Vivemos uma democracia vibrante, que antigamente era um saci-perer� s� com a perna de l� (esquerda). Agora voc� tem a outra e dizem que reduziu o espa�o democr�tico. Como reduziu? Saiba viver uma democracia, voc� n�o ganha sempre, �s vezes perde. Inclusive, se ganhar sempre, vai para 100% do PIB em despesas p�blicas. Deixa a gente consertar um pouco, para quando voc� voltar poder gastar de novo”, disse o ministro.