Equipe de Aras tem nomes ligados a Janot e Raquel Dodge

No dia em que tomou posse como procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras definiu seus dois vices, ligados a Rodrigo Janot e a Raquel Dodge, seus antecessores, e convidou para chefiar o grupo de trabalho da Opera��o Lava Jato na Procuradoria o subprocurador-geral Jos� Adonis Callou, que atua em processos criminais no Superior Tribunal de Justi�a (STJ).

Adonis entrou no Minist�rio P�blico Federal h� 27 anos e, pela experi�ncia na institui��o, poderia ser considerado um "cabe�a branca" - termo utilizado por Aras na sabatina no Senado quando criticou colegas que trabalham na Lava Jato. "Talvez tenham faltado cabe�as brancas", disse Aras aos parlamentares.

O subprocurador-geral, que atua em processos da Lava Jato no STJ, n�o confirmou se aceita o convite de Aras, de acordo com um interlocutor. Aras, no entanto, n�o indicou ainda o chefe da atua��o nos processos penais e o coordenador da for�a-tarefa da Lava Jato.

Na composi��o da equipe, que prestigiou v�rios grupos dentro do Minist�rio P�blico Federal, Aras escolheu como vice-procurador-geral da Rep�blica Jos� Bonif�cio de Andrada, que havia ocupado a fun��o no segundo mandato de Janot. Como vice-procurador-geral Eleitoral, foi mantido Humberto Jacques, indicado de Raquel.

Entre as outras fun��es que Aras j� preencheu, est� a de secret�rio de Per�cia, Pesquisa e An�lise. O nome escolhido � Pablo Coutinho Barreto, que trabalhou na gest�o de Raquel.

O novo chefe do Minist�rio P�blico indicou, ainda, como secret�rio de Coopera��o Internacional, Hindemburgo Chateaubriand, pr�ximo ao subprocurador-geral Nicolao Dino, e ter� como chefe de gabinete Alexandre Espinosa, que trabalhou nas equipes de Raquel e do tamb�m ex-procurador-geral da Rep�blica Roberto Gurgel.

O nome do secret�rio-geral, Eittel Santiago de Brito Pereira, j� havia sido confirmado anteriormente nos bastidores.

Discurso

Ao ser empossado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 26, em cerim�nia no Planalto, Aras prometeu "independ�ncia e autonomia" e disse que a Procuradoria tem a miss�o de induzir pol�ticas p�blicas sociais e de defesa das minorias.

O discurso de Aras sobre as minorias contrasta com declara��es de Bolsonaro durante o processo de escolha do chefe do Minist�rio P�blico. Antes de fazer a indica��o, o presidente disse que queria um PGR que n�o tratasse minorias de "forma xiita", n�o "supervalorizasse minorias" e entendesse "que as leis t�m de ser feitas para a maioria e n�o para as minorias".

Bolsonaro afirmou que Aras n�o � governo, mas "um guerreiro que vai ter em uma das m�os a bandeira do Brasil e na outra, a Constitui��o". O presidente falou na independ�ncia do MPF e acrescentou que o �rg�o "tem que continuar altivo e, obviamente, extremamente respons�vel". "Pe�o a Deus que ilumine o doutor Aras, que ele interfira onde tiver de interferir e colabore no bom andamento das pol�ticas do interesse do nosso querido Brasil." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.