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Estado de Minas POL�TICA

'O julgamento de Ad�lio acabou', diz advogado do autor da facada em Bolsonaro

Semana passada Bolsonaro designou o advogado Frederik Wassef para ser assistente de acusa��o no caso envolvendo o autor do atentado a faca


postado em 02/10/2019 16:46 / atualizado em 02/10/2019 17:37

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O advogado Zanone Manuel de Oliveira J�nior, respons�vel pela defesa de Ad�lio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira, 2, que a tentativa de ressuscitar o caso de seu cliente � algo tardio pois o julgamento de Ad�lio j� transitou em julgado, ou seja, esgotou todas as possibilidades de recurso.

Na semana passada Bolsonaro designou o advogado Frederik Wassef, que tamb�m defende o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) no caso das movimenta��es financeiras at�picas de seu ex-assessor Fabr�cio Queiroz, para ser assistente de acusa��o no caso.

Em entrevista, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, disse que pretende buscar a "verdade real" sobre a facada e que "n�o parece cr�vel" a conclus�o da Pol�cia Federal de que Ad�lio agiu durante um surto.

"Pena que ele (Wassef) chegou tarde. J� transitou em julgado. O julgamento do Ad�lio acabou. Aquilo ali nunca mais. Talvez na pr�xima encarna��o", disse Zanone.

Segundo o advogado, existe interesse pol�tico do presidente em manter o caso Ad�lio em evid�ncia. "A participa��o do novo advogado � absolutamente leg�tima. A gente j� percebeu que � politicamente conveniente que este assunto n�o morra", afirmou.

Para Wassef, Ad�lio � um "assassino profissional" que foi contratado para matar o ent�o candidato a presidente. Nem ele nem Aras apresentaram ind�cios que justifiquem discordar das conclus�es da Pol�cia Federal.

Em entrevista, Wassef politizou o caso ao cobrar o mesmo destaque dado ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros em 2018 no Rio de Janeiro.


Em 2018, a PF concluiu que o autor da facada agiu sozinho. Segundo a Justi�a Federal em Juiz de fora (MG), Ad�lio � inimput�vel por sofrer de dist�rbios mentais. Bolsonaro e o Minist�rio P�blico Federal optaram por n�o recorrer da decis�o. Dentro de tr�s anos o autor da facada ser� submetido a nova per�cia. Segundo o advogado, se for constatado que ele est� s�o, Ad�lio pode ser libertado.

TRF-1


Nesta quarta-feira, 2, o Tribunal Regional Federal da 1.ª Regi�o (TRF-1) formou maioria a favor do entendimento de que � compet�ncia do Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a legalidade da opera��o contra o advogado Zanone J�nior, defensor de Ad�lio Bispo.

Zanone foi alvo de uma busca e apreens�o da Pol�cia Federal, mas o material apreendido na opera��o n�o foi analisado por for�a de uma decis�o liminar.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) argumenta que a apreens�o fere a prerrogativa profissional que garante sigilo entre advogado e cliente.

O caso levou Bolsonaro a fazer ataques contra o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, alvo de insinua��es do presidente sobre a morte de seu pai, Fernando Santa Cruz, desaparecido durante a ditadura militar depois de ser preso por agentes do DOI-CODI no Rio de Janeiro, em 1972.

Zanone acredita que seu celular j� foi periciado - at� porque a liminar em favor da OAB saiu semanas depois da apreens�o do aparelho - e que ele pr�prio e sua fam�lia s�o alvo de investiga��es dos �rg�os de seguran�a do governo.

"Eles est�o tentando ver se tem um mandante e � leg�timo. Mas voc� acha que a PF, a Abin (Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia), a intelig�ncia do Ex�rcito n�o est�o todo mundo me monitorando desde o primeiro dia, monitorando meus parentes, meu sigilo fiscal, meu sigilo sexual, tudo, at� o �tero da minha m�e?", disse o advogado.

Zanone disse que foi contratado por uma pessoa que ele n�o quer identificar para fazer a defesa de Ad�lio. Pessoas pr�ximas desconfiam que o advogado, na verdade, decidiu entrar no caso por conta pr�pria para aproveitar a visibilidade que o julgamento poderia lhe dar.

Segundo ele, o suposto contratante n�o entrou mais em contato. "N�o tive mais acesso � pessoa que me contratou", afirmou.

 


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