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Estado de Minas POL�TICA

Cid Gomes chama aliado de Maia de 'achacador'


postado em 03/10/2019 07:31

Uma diverg�ncia sobre a divis�o dos recursos entre Estados e munic�pios ganhou contornos de crise entre C�mara e Senado na noite desta ter�a-feira, dia 1�. O primeiro ataque partiu do senador Cid Gomes (PDT-CE), que acusou o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de virar "presa" de um grupo comandado por "um achacador".

A express�o foi usada por Cid, em plen�rio, para se referir � atua��o do l�der do PP na C�mara, Arthur Lira (AL), no debate da proposta que definiu crit�rios para distribui��o do dinheiro do megaleil�o de petr�leo, marcado para novembro.

Os senadores amea�am travar a vota��o em segundo turno da reforma da Previd�ncia diante da insurg�ncia da C�mara, que tenta garantir para os munic�pios uma fatia maior no bolo de recursos do megaleil�o e destinar o dinheiro por meio de emendas parlamentares.

"O presidente da C�mara est� se transformando numa presa de um grupo de l�deres liderado por aquele que, podem escrever o que estou dizendo, � o projeto do futuro Eduardo Cunha brasileiro. Eduardo Cunha original est� preso, mas est� solto o l�der do PP, que se chama Arthur Lira, que � um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia a sua pr�tica � toda voltada para a chantagem, para a cria��o de dificuldades para encontrar propostas de solu��o", afirmou Cid ao microfone. Em 2015, ele deixou o cargo de ministro da Educa��o do governo Dilma Rousseff ap�s chamar o ent�o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), de "achacador", no plen�rio da Casa.

"Setores da C�mara, que t�m � frente o deputado Arthur Lira, j� precificaram o achaque. O achaque custa 5% dos valores dos royalties. Eles est�o querendo tirar 2,5% dos munic�pios, 2,5% dos Estados e dar para o quarto ente federativo brasileiro: tem a Uni�o, os Estados, os munic�pios e agora essa bancada de achacadores da C�mara dos Deputados", criticou o senador, que � ex-governador do Cear�.

A resposta dos deputados veio na sequ�ncia. No plen�rio, Maia defendeu Lira. "Est� havendo um problema grave, que � o seguinte: o sucesso da C�mara est� incomodando muita gente", disse ele. "Nem governador nem senador vai amea�ar a C�mara, como eu fui amea�ado no s�bado � noite", completou Maia, numa refer�ncia � press�o que diz ter recebido para mudar os crit�rios de distribui��o dos recursos.

'Dor de cotovelo'

Chamado de "achacador" por Cid, o l�der do PP afirmou que vai processar o pedetista e defendeu a prerrogativa dos deputados de alterar os crit�rios definidos no Senado. "O senador apequena seu nome e do seu Estado e ocupa a tribuna levianamente, com dor de cotovelo, porque a maneira que ele pensou talvez n�o tenha sido acordada", afirmou Lira. "Ele n�o vai ganhar luz em Bras�lia nas minhas costas. Bras�lia n�o � o quartel do Cear� que eles comandam a m�o de ferro h� 20 anos."

Nos �ltimos meses, a C�mara e o Senado t�m travado uma disputa por protagonismo na discuss�o da agenda econ�mica. Enquanto deputados ainda se debru�avam sobre a reforma da Previd�ncia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chegou a criar uma subcomiss�o para come�ar a debater a proposta antes mesmo de o texto chegar � Casa.

No caso da reforma tribut�ria a disputa � mais evidente. Propostas distintas est�o sendo discutidas simultaneamente na C�mara e no Senado. Outro assunto que causou mal-estar entre deputados e senadores foi o projeto que previa benesses aos partidos, dificultando a fiscaliza��o do caixa 2 eleitoral. Ap�s a C�mara aprovar a proposta, senadores rejeitaram quase todas as medidas, que mais tarde foram retomadas em nova vota��o pelos deputados.

Na ocasi�o, o Senado foi acusado pela C�mara de ter "jogado para a plateia" diante da press�o das redes sociais contra a proposta. As mudan�as que o Senado vem fazendo em projetos costurados pela C�mara tamb�m levaram deputados a cogitar a possibilidade de mudar o sistema do Legislativo, que hoje � "bicameral", para "unicameral". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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