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Estado de Minas POL�TICA

Empreiteiras envolvidas com Collor t�m 'contratos vultosos' em AL, diz PGR


postado em 13/10/2019 10:30

Empreiteira que pagou im�veis atribu�dos a Collor tem 'contratos vultosos' em Alagoas, diz PGR
Em representa��o por buscas contra senador na Opera��o Arremate, ex-procuradora-geral ressalta que a CCB Engenharia fez transfer�ncias milion�rias a assessor que fez aquisi��es como suposto laranja


Ao pedir buscas e apreens�es contra o senador Fernando Collor (PROS), a Procuradoria-Geral da Rep�blica ressaltou o papel de empreiteiras com 'contratos vultosos' no estado de Alagoas em aquisi��es de im�veis milion�rios em nome de um suposto laranja do parlamentar. A Opera��o Arremate, deflagrada nesta sexta, 11, mira suposta lavagem de R$ 6 milh�es em compras feitas em leil�es p�blicos.

Os 16 mandados de buscas autorizados pelo ministro Luiz Edson Fachin em 26 de setembro foram requeridos no dia 9 do mesmo m�s pela ent�o procuradora-geral, Raquel Dodge, sucedida por Augusto Aras, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro. O ministro proibiu que a PF fizesse excessiva exposi��o midi�tica da a��o.

Um dos piv�s da investiga��o � Tarso de Lima Sarmento, assessor parlamentar j�nior, que ganha R$ 4,6 mil mensais l�quidos do Senado, e fez as aquisi��es dos im�veis. Ele mesmo admitiu em depoimento que parte do dinheiro usado para as compras foi transferida pela empresa CCB Engenharia.

Em depoimento, Tarso afirmou 'ter realizado acerto, em 27/09/2010, para venda, pelo valor de R$ 2.065.000,00, do bem arrematado � pessoa juridica CCB e que os pagamentos foram feitos por meio de cheques e que estes teriam fundos, pois a pessoa jur�dica teria realizado transfer�ncia de R$ 425.000,00, em 27/09/2010, para pagamento da cau��o e da comiss�o do leiloeiro'.

Segundo o assessor, 'para pagamento do restante, em 07/10/2010, foram transferidos R$ 1.000.000,00 da CCB; em 15/10/2010, foram transferidos mais R$ 50.000,00, em duas opera��es (uma de R$ 20.000,00 e outra de R$ 30.000,00 - fl. 44)'.

"Por fim, os R$ 210.000,00 que faltavam para completar o total de R$ 1.700.000,00 teriam sido pagos por Tarso Sarmento, que - recebeu o valor, parceladamente, da CCB at� o registro da carta de arremata��o", consta na representa��o de Raquel, com base no depoimento de Tarso. O dinheiro se refere a um dos im�veis arrematados.

A Procuradoria aponta elos entre a empreiteira e o assessor. Com base em seu quadro societ�rio, a empreiteira tem como s�cios pais e um irm�o da mulher de Tarso. O assessor tamb�m teria feito arremates com o uso das empresas Am�rica Loca��es, em nome de seu pai. No endere�o da CCB, os agentes encontraram somente refer�ncias � empresa Plataforma, mas identificaram que ambas as empresas funcionam no mesmo local.

A ex-procuradora-geral ressaltou a Fachin que 'h� men��o nos autos de que as pessoas jur�dicas CCB, Am�rica e Plataforma possuem contratos vultosos com o Governo do Estado de Alagoas'. "Tal fato, em princ�pio, n�o tipifica qualquer ilegalidade. ,Contudo, considerando o contexto descrito anteriormente, chama a aten��o pessoas jur�dicas com as caracter�sticas descritas acima possu�rem v�nculos contratuais com o Estado, ainda mais em valores vultosos".

"Al�m disso, como j� mencionado, pessoas jur�dicas funcionam, aparentemente, no mesmo endere�o com diferencia��o, em alguns casos, apenas da sala", anota.

COM A PALAVRA, FERNANDO COLLOR

"Repulsa a uma trama s�rdida"

Com rela��o � viol�ncia sofrida no dia de ontem, quando vitimado por busca e apreens�o em minha resid�ncia, ap�s inteirar-me dos fatos pela imprensa, j� que n�o fornecido, at� ent�o, o inteiro teor da acusa��o pelos �rg�os Oficiais, venho, indignado e perplexo, apresentar o meu mais veemente rep�dio ao ato em quest�o.

Envolto na historieta criada pelo malicioso engenho mental de integrantes da Pol�cia Federal e setores do Minist�rio P�blico, sustentados por supostos e inveross�meis relatos de fontes humanas n�o identificadas, fui figura central de uma busca e apreens�o residencial baseada, n�o em ind�cios veementes - aptos a afastar o direito a inviolabilidade do lar - , mas em mera e irreal suposi��o de inquisidores destitu�dos de bom senso, prud�ncia e responsabilidade funcional, por�m, movidos por manifesta m�-f� e esp�rito emulativo.

A inclus�o do meu nome nessa abusiva, absurda e s�rdida trama somente se justifica por pretendido e ilustrativo glamour a ser dado em publicidade autopromocional, por aqueles que, desprovidos de compet�ncia para auferir aplausos curriculares por m�ritos intelectuais, buscam o brilho f�cil e fugaz dos holofotes midi�ticos, a qualquer custo e por qualquer meio.

Como senhor da minha consci�ncia e dos meus atos, sei do meu mais absoluto distanciamento dos fatos versados na desastrada acusa��o. At� as pedras em Alagoas testemunham a inexist�ncia de qualquer envolvimento de minha parte em tudo o quanto ali narrado. Ali�s, de t�o manifesta a aus�ncia de il�citos a mim vinculados, a Procuradoria da Rep�blica em Alagoas, mais pr�xima da realidade local, responsavelmente, j� havia requerido o arquivamento dos autos por aus�ncia de conduta criminal t�pica.

V�tima de retalia��es pelos procedimentos abusivos e arb�trios j� denunciados, em estado policialesco, continuarei firme na intransigente busca da defesa e da retomada das liberdades fundamentais de todo cidad�o, garantidas em um Estado Democr�tico de Direito e pilar da sociedade livre.

Fernando Collor de Mello
Senador da Rep�blica


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