
Deputados ligados ao dirigente do partido atribuem a opera��o a uma esp�cie de retalia��o do presidente Jair Bolsonaro, que discute deixar a legenda.
A Opera��o Guinhol, deflagrada na manh� desta ter�a-feira, apura supostas fraudes na aplica��o de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. Segundo a PF, h� ind�cios de que o dinheiro p�blico destinado �s campanhas foi usado "de forma fict�cia" e "desviado para livre aplica��o do partido e de seus gestores".
A investiga��o come�ou em mar�o e foi autorizada pelo TRE-PE ap�s suspeitas envolvendo a campanha da candidata � deputada federal Maria de Lourdes Paix�o, que teria atuado como "laranja" para receber R$ 400 mil de verba p�blica eleitoral.
"Representantes locais de partido pol�tico teriam ocultado/disfar�ado/omitido movimenta��es de recursos financeiros oriundos do fundo partid�rio, especialmente os destinados �s candidaturas de mulheres", diz a PF.
Ap�s a opera��o, o advogado Admar Gonzaga, que tem aconselhado Bolsonaro, disse que a opera��o contra Bivar logo ap�s as desaven�as p�blicas com o presidente foi uma "coincid�ncia". Ele n�o descarta, por�m, que as investiga��es possam futuramente ser usadas como justificativa para uma sa�da de Bolsonaro e de deputados aliados do PSL.
"Foi uma coincid�ncia. Mas a Justi�a tamb�m est� atenta. Naturalmente, se alguma coisa for desvendada negativamente em face da dire��o do PSL em Pernambuco, a lei ser� aplicada. Se isso tiver rela��o com a dire��o nacional (do PSL), dessa atual gest�o, naturalmente tamb�m ser� utilizada (na discuss�o sobre a sa�da de Bolsonaro do partido). Mas isso � uma decis�o da Justi�a Eleitoral", afirmou Gonzaga, que � ex-ministro do TSE, em entrevista � R�dio Ga�cha.
Defesa
A defesa do presidente do PSL e do partido em Pernambuco se manifestou sobre o mandado de busca e apreens�o deflagrado nesta ter�a e afirma que "v� a situa��o fora de contexto".
Na nota, divulgada pela assessoria de Bivar, o Escrit�rio de Ademar Rigueira, que responde pela defesa do deputado e do PSL em Pernambuco, "enfatiza que o inqu�rito j� se estende h� 10 meses, j� foram ouvidas diversas testemunhas e n�o h� ind�cios de fraude no processo eleitoral". Para a defesa, a "busca � uma invers�o da l�gica da investiga��o, vista com muita estranheza pelo Escrit�rio, principalmente por se estar vivenciando um momento de turbul�ncia pol�tica".