
A atua��o do presidente Jair Bolsonaro para colocar o seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), na lideran�a do PSL na C�mara, deixou em suspenso a possibilidade de o deputado assumir a embaixada do Brasil em Washington. O presidente indicou o filho para o cargo h� tr�s meses, mas at� agora a inten��o n�o foi formalizada.
Segundo avalia��es de pessoas pr�ximas ao presidente, a crise do PSL se tornou uma esp�cie de "sa�da honrosa", pelo menos por ora, para Eduardo abandonar o projeto de ser embaixador.
Auxiliares de Bolsonaro afirmam que, apesar da peregrina��o, Eduardo n�o conseguiu convencer um n�mero suficiente de senadores a apoiarem seu nome - o que poderia levar a uma derrota emblem�tica para o governo. Aliados minimizam a culpa do parlamentar no insucesso e colocam a conta no atraso da discuss�o da reforma da Previd�ncia e nas dificuldades enfrentadas pelo governo com a libera��o de emendas na Casa.
Outro ponto discutido com o presidente seria o futuro pol�tico de Eduardo, visto hoje pela rede bolsonarista e por pessoas pr�ximas como a "escolha natural" como sucessor pol�tico do pai ante aos nomes dos filhos "01", o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), e o "02", o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Em entrevista na C�mara ontem, Eduardo admitiu que o cargo no exterior havia ficado em segundo plano diante da crise no partido. "Todos os temas como a embaixada e a viagem para a �sia s�o temas secund�rios. A gente est� aqui para cuidar dos nossos eleitores, meu foco � ajudar o pa�s", afirmou o filho do presidente logo ap�s a bancada bolsonarista indicar seu nome para a lideran�a do PSL na Casa.
Oficialmente, o Pal�cio do Planalto n�o confirma que a indica��o foi suspensa. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no in�cio do m�s, Bolsonaro afirmou que aguardaria a vota��o da reforma da Previd�ncia no Senado, mas deixou no ar um poss�vel recuo de Eduardo. "(Com a demora para enviar a indica��o) Ele se prepara melhor para enfrentar a sabatina, caso ele mantenha a ideia de ir para l�. Para mim seria interessante." O governo chegou a consultar os Estados Unidos sobre o nome de Eduardo para o posto e recebeu o sinal verde.