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Estado de Minas POL�TICA

Lava Jato aponta propina de US$ 12 milh�es a Duque, ex-diretor da Petrobras


postado em 23/10/2019 13:40

Os procuradores do Minist�rio P�blico Federal acreditam que o grupo multinacional �talo-argentino Techint pagou, entre 2008 e 2013, cerca de US$ 12 milh�es de propina, aproximadamente R$ 49 milh�es, a Renato de Souza Duque, ex-diretor de Servi�os da Petrobras. O nome de Duque para a dire��o da estatal foi uma indica��o pol�tica do Partido dos Trabalhadores, conforme disse Jos� Dirceu em depoimento ao juiz Sergio Moro no ano passado. O pagamento de valores indevidos � alvo da Opera��o Tango & Cash, fase 67 da Lava Jato, deflagrada na manh� desta quarta-feira, 23.

Os investigadores acreditam que a propina tenha sido uma contrapartida para a contrata��o da Confab Industrial, subsidi�ria brasileira da Techint, para fornecer tubos � Petrobras. De 2006 a 2012, ano em que Duque deixou a diretoria de Servi�os, a Confab celebrou contratos com a petrol�fera no valor de R$ 3 bilh�es.

Segundo o MPF, representantes da Confab no Brasil teriam realizado pagamentos por meio de contas banc�rias na Su��a para empresas offshore controladas por um intermedi�rio de Duque. "Posteriormente, conforme demonstraram os documentos recebidos das autoridades italianas, as transfer�ncias il�citas passaram a ser feitas diretamente pela alta administra��o do Grupo Techint a um operador financeiro ligado ao ex-Diretor de Servi�os."

A offshore era controlada pelo operador financeiro Jo�o Ant�nio Bernardi Filho, acreditam os investigadores. Toda vez que o pagamento da Petrobras era efetuado, um executivo da Confab viajava para a sede argentina da Techint para negociar as transa��es il�citas da propina.

As penas do ex-diretor da Petrobras Renato Duque na Opera��o Lava Jato chegaram a 123 anos e 11 meses de pris�o. Preso desde fevereiro de 2015, Duque foi um dos primeiros alvos do alto escal�o da Petrobras na Opera��o Lava Jato. Quando a PF fez buscas em sua casa, em novembro de 2014, rebelou-se, em conversa com seu advogado: "Que Pa�s � esse?" - ele foi preso temporariamente, por cinco dias.

A multinacional �talo-argentina Techint foi alvo da Lava Jato por pertencer ao "Clube", como ficou conhecido o grupo de empresas que formaram cartel, at� 2006, para vencer licita��es das grandes obras da Petrobras. Posteriormente, o grupo percebeu que era necess�rio permitir a entrada de outras empresas, uma vez que grandes empreiteiras brasileiras estavam de fora e isso ainda permitia certa concorr�ncia nas licita��es. Assim, o grupo passou a ter 16 integrantes.

Diretores investigados

Os agentes que foram �s ruas na manh� desta quarta tamb�m devem procurar documentos que esclare�am pagamentos sem raz�o econ�mica aparente a Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras. Ele recebeu diversas visitas do diretor do Grupo Techint no Brasil, Ricardo Ourique Marques, e recebeu, em 2012, por meio de contas offshore, 539 mil francos su��os, equivalente a R$ 2,2 milh�es.

Outro alvo de buscas e apreens�es nesta quarta � endere�o ligado ao ex-Gerente-geral da Diretoria de Abastecimento da Petrobras Fernando Carlos Le�o de Barros. Com base em coopera��o internacional com a Su��a, foram identificados e bloqueados US$ 3,25 milh�es em contas banc�rias ligadas ao ex-gerente.

As investiga��es apontam que estas receberam, sem causa econ�mica l�cita, 527 mil francos su��os (cerca de R$ 2 milh�es) de contas controladas pelo Grupo Techint em 2013, e US$ 763 mil (R$ 3,14 milh�es) de offshores ligadas ao Grupo Odebrecht em 2014.

Defesas

"A Petrobras � reconhecida pelo pr�prio Minist�rio P�blico Federal e pelo Supremo Tribunal como v�tima de uma esquema de corrup��o envolvendo agentes pol�ticos e privados. A companhia trabalha em estreita colabora��o com as autoridades que conduzem a Opera��o Lava Jato", disse a empresa em nota.

A reportagem busca contato com o grupo empresarial Techint e com a Confab Industrial. Tamb�m procura fa�ar com Jo�o Ant�nio Bernardi Filho, Jorge Luiz Zelada e Fernando Carlos Le�o de Barros. O espa�o est� aberto para as manifesta��es de defesa.


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