
Os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e sua mulher, Rosinha Garotinho, foram presos novamente na manh� desta quarta-feira, 30, em cumprimento � ordem da 2ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a do Rio, que cassou na tarde de ter�a-feira (29) um habeas corpus concedido ao casal. Trata-se da quinta pris�o de Garotinho e da terceira de Rosinha.
Garotinho e Rosinha s�o acusados pelo Minist�rio P�blico do Rio (MP-RJ) pelo superfaturamento de R$ 62 milh�es em contratos celebrados entre a prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e a construtora Odebrecht, para a constru��o de casas populares dos programas "Morar Feliz I" e "Morar Feliz II". Os crimes teriam acontecido durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita, entre 2009 e 2017. Entre 2015 e 2016, seu esposo foi secret�rio do munic�pio. Garotinho e Rosinha afirmam serem inocentes e v�timas de persegui��o pol�tica.
As licita��es supostamente superfaturadas envolveram mais de R$ 1 bilh�o, e, segundo o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro, deram aos cofres p�blicos preju�zo de mais de R$ 62 milh�es. Segundo a acusa��o, a Odebrecht pagou R$ 25 milh�es de propina no �mbito de tais contratos.
O casal foi preso preventivamente no dia 3 setembro durante a Opera��o Secretum Domus. Os ex-governadores, no entanto, foram soltos um dia depois, por decis�o do desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justi�a do Rio (TJ-RJ).
Na tarde desta ter�a, os desembargadores da 2ª C�mara Criminal do TJ-RJ decidiram cassar o habeas corpus concedido liminarmente por Darlan. O Minist�rio P�blico defendeu a pris�o alegando que, em liberdade, o casal pode intimidar testemunhas.
A partir da decis�o, houve ent�o imediata expedi��o de mandado de pris�o contra o casal Garotinho.
Defesas
Garotinho e Rosinha dizem que v�o recorrer da decis�o do TJ-RJ ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Em seu perfil no Facebook, Garotinho afirmou que � perseguido por ter denunciado o ex-governador S�rgio Cabral, seu advers�rio pol�tico, e afirmou n�o ter cometido nenhum crime."Onde est� o dinheiro que supostamente teria sido desviado? N�o temos mala como Geddel e Rocha Loures. N�o temos contas no exterior e mans�es como S�rgio Cabral. N�o temos fazendas e vacas milion�rias como Picciani. N�o encontram nada, porque n�o roubamos! Eu estou sendo v�tima de uma parte do aparato judicial do nosso Estado. Para se ter ideia, para justificar essa pris�o preventiva ilegal sem nenhum fato concreto usaram as palavras mentirosas de uma testemunha que j� mudou seu depoimento mais de seis vezes e j� foi considerada sem f� p�blica por um Ministro do STF", afirmou o ex-governador.
O advogado do casal, Vanildo Jos� da Costa Junior, tamb�m protestou contra a decis�o da Justi�a fluminense. "A ordem de pris�o � ilegal e arbitr�ria, pautada apenas em suposi��es e conjecturas gen�ricas sobre fatos extempor�neos, que supostamente teriam ocorrido entre os anos 2008 e 2014", afirmou o defensor, por meio de nota. "Ainda que se respeite a decis�o proferida pela 2ª C�mara Criminal, n�o h� como concordar com as raz�es de sua fundamenta��o. Acreditamos em sua modifica��o pelos Tribunais Superiores, para onde encaminharemos recurso", completou o advogado.