(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bolsonaro diz que pegou �udio de portaria para evitar adultera��o

O presidente disse acreditar que o porteiro tenha sido induzido a cit�-lo em depoimento. Oposi��o diz que pretende acionar a PGR por 'obstru��o de Justi�a'


postado em 02/11/2019 18:21 / atualizado em 02/11/2019 20:32

(foto: Reprodução vídeo)
(foto: Reprodu��o v�deo)

O presidente Jair Bolsonaro declarou, neste s�bado (2), que guardou os �udios da portaria do condom�nio onde tem casa. Os arquivos se referem ao dia do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Segundo ele, a medida busca preservar o conte�do das conversas feitas entre os porteiros e os moradores do local, que fica na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

"N�s pegamos, antes que fosse adulterado ou algu�m tentasse adulterar. Pegamos l� toda a mem�ria da secret�ria eletr�nica. Tudo que � guardado h� mais de ano. A voz n�o � a minha, n�o � o seu Jair", disse, referindo-se � pessoa que deu autoriza��o para que �lcio Queiroz, um dos presos por suspeita de participa��o no crime, entrasse no condom�nio.
 
A reportagem pediu ao Planalto detalhes sobre as declara��es do presidente, para esclarecer quando os �udios foram obtidos, em que circunst�ncias e se Bolsonaro obteve uma c�pia deles, mas a resposta foi de que n�o haveria coment�rios.

 
Bolsonaro diz que "desconfia" que o porteiro que o citou nas investiga��es tenha sido induzido a agir dessa forma. "Leu sem assinar ou induziram ele a assinar aquilo, entre aspas", disse. Em seguida, voltou a atacar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). Segundo o presidente, Witzel s� se elegeu gra�as ao seu filho, Fl�vio Bolsonaro, atual senador pelo PSL.

"Um m�s depois, virou inimigo nosso. Come�ou a usar a m�quina do Estado para perseguir o Fl�vio, o Carlos, agora, e o H�lio Neg�o", desabafou. Witzel assim agiu, na an�lise de Bolsonaro, porque tem obsess�o para ser presidente da Rep�blica. O governador teria se aproveitado do cargo para ter acesso a documentos sigilosos em um processo que corre em segredo de Justi�a.
 

Concess�o da TV Globo


Bolsonaro tamb�m voltou a criticar a TV Globo, emissora que primeiro divulgou a cita��o do nome de Bolsonaro na investiga��o. "Acabou a mamata TV Globo", afirmou, acrescentando que a emissora dever� apresentar um pedido de renova��o da concess�o p�blica "arrumadinho para 2022".

"Estou dando o aviso antes. N�o vou perseguir ningu�m, mas n�o vai ter jeitinho para renovar a concess�o, n�o. Estou aguardando voc�s me convidarem (para uma entrevista)", disse, em tom de recado. "Estou aguardando um espa�o de 15 minutos ao vivo para falar sobre o caso de Marielle. Se for inteligente, vai abrir antes que eu abra um processo", acenou.

REA��O

Ap�s a declara��o, os l�deres da oposi��o na C�mara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informaram que iriam acionar a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra Bolsonaro, sob a alega��o de que o presidente cometeu "obstru��o de Justi�a", ao "ter se apropriado de provas relacionadas �s investiga��es do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes".

Os l�deres informaram em nota que "tamb�m pedir�o que seja determinada a devolu��o do material que Bolsonaro se apropriou ilegalmente e que todo o conte�do seja periciado".


RELEMBRE O CASO

Reportagem do Jornal Nacional veiculada na ter�a-feira, 29, mostrou que o porteiro do condom�nio onde o presidente tem casa contou � pol�cia que horas antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-PM Elcio Queiroz, suspeito de participa��o no crime, teria dito que iria � casa 58 - que pertence ao presidente.

De acordo com depoimento porteiro, cujo nome n�o foi revelado, uma liga��o teria sido feita para a casa 58 e que "seu Jair" atendeu o telefone e autorizou a entrada. Ainda segundo o porteiro, Elcio Queiroz seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato. Registros da C�mara dos Deputados mostram que, no dia do assassinato de Marielle, Bolsonaro estava em Bras�lia.

Um dia depois da exibi��o da reportagem, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, exibiu arquivos obtidos por ele na portaria dos quais n�o havia registros da liga��o mencionada pelo porteiro � pol�cia. No mesmo dia, o Minist�rio P�blico do Rio, numa entrevista coletiva, afirmou que o porteiro havia mentido no depoimento.

Uma das integrantes do MP que participaram da entrevista coletiva, Carmen Bastos de Carvalho, fez campanha para Bolsonaro. E, nesta sexta-feira, dia 1º, diante da repercuss�o negativa, deixou as investiga��es da morte de Marielle e do motorista. Bolsonaro falou sobre as grava��es "n�o adulteradas" quando foi questionado, neste s�bado, sobre a atua��o da promotora. "Olha s�, deve ter no meio de voc�s gente que votou em mim, deve ter, com toda a certeza. Agora a promotora resolveu sair, t� certo?".

O presidente repetiu que estava em Bras�lia, conforme comprovado pelas passagens no painel eletr�nico. Bolsonaro n�o deu, no entanto, detalhes sobre quando pegou as grava��es e o que quis dizer sobre "adultera��es." Ao falar sobre o tema, ele voltou a atacar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). "Agora, quem est� por tr�s disso? Eu n�o tenho d�vida, governador Witzel, que s� se elegeu gra�as ao meu filho, Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ)".

Ap�s as declara��es do pai, Carlos Bolsonaro afirmou, no Twitter que, se n�o tivesse "acesso �s grava��es dos �udios", "hoje, al�m do linchamento moral proposital que (Bolsonaro) sofre diariamente, certamente j� estariam discutindo seu impeachment". (Com ag�ncias)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)