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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro diz que pegou �udios de condom�nio para evitar que fossem adulterados


postado em 02/11/2019 19:56 / atualizado em 02/11/2019 20:27

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste s�bado, 2, ter obtido os �udios de liga��es feitas entre a portaria e as casas do condom�nio Vivendas da Barra, no Rio, antes que elas tivessem sido "adulteradas". "N�s pegamos antes que fosse adulterado, pegamos l� toda a mem�ria da secret�ria eletr�nica, que � guardada h� mais de ano. A voz n�o � minha", disse.

A reportagem pediu ao Planalto detalhes sobre as declara��es do presidente, para esclarecer quando os �udios foram obtidos, em que circunst�ncias e se Bolsonaro obteve uma c�pia deles, mas a resposta foi de que n�o haveria coment�rios.

Ap�s a declara��o, os l�deres da Oposi��o na C�mara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informaram que iriam acionar a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra Bolsonaro, sob a alega��o de que o presidente cometeu "obstru��o de Justi�a", ao "ter se apropriado de provas relacionadas �s investiga��es do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes".

Os l�deres informaram em nota que "tamb�m pedir�o que seja determinada a devolu��o do material que Bolsonaro se apropriou ilegalmente e que todo o conte�do seja periciado".

Reportagem do Jornal Nacional veiculada na ter�a-feira, 29, mostrou que o porteiro do condom�nio onde o presidente tem casa contou � pol�cia que horas antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-PM Elcio Queiroz, suspeito de participa��o no crime, teria dito que iria � casa 58 - que pertence ao presidente.

De acordo com depoimento porteiro, cujo nome n�o foi revelado, uma liga��o teria sido feita para a casa 58 e que "seu Jair" atendeu o telefone e autorizou a entrada. Ainda segundo o porteiro, Elcio Queiroz seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato. Registros da C�mara dos Deputados mostram que, no dia do assassinato de Marielle, Bolsonaro estava em Bras�lia.

Um dia depois da exibi��o da reportagem, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, exibiu arquivos obtidos por ele na portaria dos quais n�o havia registros da liga��o mencionada pelo porteiro � pol�cia. No mesmo dia, o Minist�rio P�blico do Rio, numa entrevista coletiva, afirmou que o porteiro havia mentido no depoimento.

Uma das integrantes do MP que participaram da entrevista coletiva, Carmen Bastos de Carvalho, fez campanha para Bolsonaro. E, nesta sexta-feira, dia 1º, diante da repercuss�o negativa, deixou as investiga��es da morte de Marielle e do motorista. Bolsonaro falou sobre as grava��es "n�o adulteradas" quando foi questionado, neste s�bado, sobre a atua��o da promotora. "Olha s�, deve ter no meio de voc�s gente que votou em mim, deve ter, com toda a certeza. Agora a promotora resolveu sair, t� certo?".

O presidente repetiu que estava em Bras�lia, conforme comprovado pelas passagens no painel eletr�nico. Bolsonaro n�o deu, no entanto, detalhes sobre quando pegou as grava��es e o que quis dizer sobre "adultera��es." Ao falar sobre o tema, ele voltou a atacar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC). "Agora, quem est� por tr�s disso? Eu n�o tenho d�vida, governador Witzel, que s� se elegeu gra�as ao meu filho, Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ)".

Ap�s as declara��es do pai, Carlos Bolsonaro afirmou, no Twitter que, se n�o tivesse "acesso �s grava��es dos �udios", "hoje, al�m do linchamento moral proposital que (Bolsonaro) sofre diariamente, certamente j� estariam discutindo seu impeachment".


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