As costuras partid�rias por apoio � reelei��o de Bruno Covas (PSDB) seguem mesmo com o prefeito de S�o Paulo internado para tratar de um c�ncer metast�tico no sistema digestivo. Aliados do tucano afirmam que a doen�a n�o mudou seus planos eleitorais. "Bruno ser� o candidato do PSDB � Prefeitura em 2020. N�o h� outra possibilidade", disse Marco Vinholi, presidente do PSDB-SP.
Um dos mais pr�ximos a Covas, o presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, afirma que � o pr�prio prefeito quem conduz as conversas com partidos aliados, como Cidadania, DEM, Republicanos e MDB. "A disposi��o dele para concorrer � total."
O tucano aguarda uma resposta do MDB para o convite de integrar o governo ainda neste ano. A legenda, por�m, depende de uma defini��o do diret�rio nacional, que vinha duvidando da capacidade de Covas vencer as elei��es antes do c�ncer. O tema agora foi adiado.
Em outra frente, Covas tenta atrair o Republicanos. O partido j� faz parte do governo, com o secret�rio Jo�o Farias (Habita��o), mas cogita lan�ar Celso Russomanno ao posto. "Nenhuma das duas possibilidades (Covas ou Russomanno) est� descartada", disse o vereador Andr� Santos, do Republicanos.
Planos
Covas e seu secretariado tentam manter os planos tra�ados at� aqui. Na impossibilidade de participar de inaugura��es, por causa do tratamento do c�ncer, o prefeito dever� fazer v�deos apresentando resultados de sua gest�o, enquanto os secret�rios v�o inaugurar obras. Daqui para a frente, o tucano ainda vai tentar se consolidar como o nome do centro na disputa, avesso �s radicaliza��es de esquerda e de direita.
Ao mesmo tempo, Covas prev� refor�ar gastos com a��es de zeladoria, como recapeamento de vias, poda de �rvores e limpeza. Plano que se assemelha ao que levou Gilberto Kassab, que tamb�m foi vice-prefeito inicialmente, � reelei��o.
"A ideia � formar uma chapa com partidos que transitam na esquerda e na direita, reproduzindo o governo", disse Alfredo. Para atrair o eleitorado mais progressista, Covas conta com o secret�rio de Cultura, Al� Youssef, que promover� um festival com pe�as censuradas pelo presidente Jair Bolsonaro. J� o voto dos conservadores passa pelo apoio de nomes como o do tucano Eduardo Tuma (presidente da C�mara e primeiro na linha de sucess�o), influente entre evang�licos e militares.
Vice
A consolida��o da candidatura de Bruno Covas (PSDB) como a de centro na pr�xima elei��o passa pela escolha do vice. Mas, desde a interna��o, segundo auxiliares mais pr�ximos ao prefeito, a forma��o da chapa deixou de ser discutida como prioridade.
Com a divulga��o da doen�a do tucano, agora com mais chances de se ausentar por causa das especificidades do tratamento de um c�ncer, o vice ganha mais relev�ncia e sua escolha demanda ainda mais cautela.
O grupo mais pr�ximo ao prefeito j� considerava que o prudente seria esperar at� que os advers�rios fossem conhecidos. Um concorrente forte � direita, por exemplo, poderia estimular a escolha de um vice � esquerda e vice-versa.
Covas tamb�m pretendia fechar primeiro todas as alian�as, apesar de o vereador Milton Leite (DEM), ex-presidente da C�mara com forte influ�ncia na Prefeitura e no governo do Estado, j� o pressionar pelo posto, que pretende entregar ao filho Alexandre Leite, deputado federal pelo partido.
A prioridade agora � tra�ar planos para o retorno do prefeito �s ruas sem comprometer a sa�de. As sess�es de quimioterapia devem durar ao menos mais 40 dias.
A expectativa, depois disso, � que Bruno Covas seja submetido a uma cirurgia. Nesse cen�rio, contando que novos medicamentos n�o sejam necess�rios, o tucano estaria em condi��es de percorrer a cidade a partir de mar�o ou abril, a tempo de correr toda a maratona eleitoral. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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POL�TICA
Covas mant�m costuras por reelei��o
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