A Pol�cia Civil do Rio apreendeu ontem o sistema de comunica��o da portaria do condom�nio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), onde morava e foi preso em mar�o passado Ronnie Lessa, um dos acusados pelas mortes da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em mar�o de 2018. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tamb�m tem casas nesse condom�nio. Ele residia em uma, antes de tomar posse como presidente, e seu filho Carlos mora em outra.
Consultada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Pol�cia Civil afirmou que a investiga��o sobre o caso transcorre sob sigilo e, por isso, n�o iria se pronunciar.
A inten��o da Pol�cia � fazer uma per�cia para tentar esclarecer a entrada, no condom�nio, no dia da morte de Marielle, de �lcio Queiroz, outro acusado de participar do duplo assassinato. Em depoimento, um porteiro do condom�nio afirmou que, ao entrar no Vivendas na tarde daquele dia 14 de mar�o de 2018, �lcio teria informado que iria � casa 58 - onde morava Bolsonaro. O porteiro teria conversado, por um sistema de comunica��o, com algu�m no im�vel do atual presidente, naquela ocasi�o. Segundo ele, "seu Jair" liberou a entrada.
Essa vers�o baseia-se em anota��es em um livro da portaria e em dois depoimentos do empregado. Neles, o porteiro teria dito � Pol�cia que, ao verificar, pelas c�meras de vigil�ncia, que o visitante n�o ia para a casa de Bolsonaro, mas para o im�vel de Ronnie Lessa, teria ligado novamente para a casa do ent�o deputado federal. "Seu Jair" teria dito que sabia para onde �lcio se dirigia.
Nesse dia, por�m, Bolsonaro estava em Bras�lia, onde gravou v�deos e registrou presen�a em de vota��es na C�mara. O conte�do do depoimento do porteiro foi revelado pelo "Jornal Nacional", da Rede Globo, na semana passada.
Na ocasi�o, o advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro, negou a vers�o do porteiro. Afirmou que se tratava de uma "tentativa de atingir o presidente".
No dia seguinte, o Minist�rio P�blico do Estado do Rio (MP-RJ) convocou entrevista coletiva para afirmar que a informa��o fornecida pelo porteiro era falsa. Baseou-se em um exame realizado naquele dia, em menos de tr�s horas, como mostrou a reportagem.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
Publicidade
POL�TICA
Pol�cia apreende comunica��o do condom�nio de Bolsonaro
Publicidade
