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Estado de Minas BRICS

Presidente da Fiemg critica �rea de livre-com�rcio com a China

Para Fl�vio Roscoe, inten��o do governo anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pode inviabilizar a produ��o local e agravar a crise econ�mica


15/11/2019 04:00 - atualizado 15/11/2019 08:04

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg:
Fl�vio Roscoe, presidente da Fiemg: "Esse acordo comercial seria invi�vel e pode ferir os interesses nacionais. A China cresceu aumentando sua participa��o na ind�stria mundial e se tornou o bicho-pap�o de todo mundo. Com o Brasil acontece o inverso, continuamos exportando prim�rios. Dever�amos estar copiando a China, e n�o apenas vendendo produtos prim�rios" (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)

A inten��o do governo brasileiro de formar uma �rea de livre- com�rcio com a China anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, acendeu o sinal amarelo para o setor industrial do pa�s. Segundo o presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Fl�vio Roscoe, uma competi��o com a ind�stria chinesa pode inviabilizar a produ��o local e gerar uma grave crise no pa�s. “Nenhum pa�s de grande express�o jamais fez um acordo desse tipo e dessa complexidade com a China. Por que ser�?”, pergunta Roscoe. Na quarta-feira – enquanto o presidente Jair Bolsonaro se reunia com o presidente Xi Jinping –, o ministro afirmou que o Brasil vai procurar se abrir economicamente de forma r�pida a partir de agora.
 
“Estamos conversando com a China sobre a possibilidade de considerarmos uma �rea de livre-com�rcio. Estamos buscando um alto n�vel de integra��o. � uma decis�o. Queremos nos integrar �s cadeias globais. Perdemos tempo demais, temos pressa”, disse Paulo Guedes durante semin�rio do banco dos Brics (Brasil, China, �ndia, R�ssia e �frica do Sul), em Bras�lia.
 
Segundo o presidente da Fiemg, a constru��o de acordos econ�micos entre Brasil e China pode ser positivo para as duas na��es, desde que n�o envolva aberturas complexas e de grande impacto na ind�stria brasileira. “Entendemos que a China j� � um grande parceiro comercial do Brasil e que acordos pontuais podem significar avan�os. Mas um acordo amplo, como sugerido pelo ministro, � algo complexo e que pode ser muito mal�fico para o povo brasileiro”, analisou Roscoe.
 
O empres�rio considera que, em um cen�rio de livre-com�rcio, a China continuaria comprando do Brasil produtos prim�rios, como min�rio de ferro e soja, e vendendo manufaturados a pre�o barato com subs�dios de seu governo. O presidente da Fiemg afirmou que a fala de Guedes foi recebida com surpresa pelos empres�rios e que espera conversar com o ministro e com a equipe econ�mica do Planalto nos pr�ximos dias para apresentar suas preocupa��es sobre a rela��o com o pa�s asi�tico.
 
“Esse acordo comercial seria invi�vel e pode ferir os interesses nacionais. A China cresceu aumentando sua participa��o na ind�stria mundial e se tornou o bicho-pap�o de todo mundo. Com o Brasil acontece o inverso, continuamos exportando prim�rios. Dever�amos estar copiando a China, e n�o apenas vendendo produtos prim�rios”, afirmou Fl�vio Roscoe.

cautela Apesar da declara��o contundente de Paulo Guedes, o secret�rio-especial de Com�rcio Exterior do Minist�rio da Economia, Marcos Troyjo, adotou um tom mais cauteloso ao comentar as negocia��es com a China e considerou um acordo de livre-com�rcio “bastante distante”. Segundo ele, o processo seria longo e teria de passar pelo Mercosul (bloco que o Brasil forma com Argentina, Paraguai e Uruguai). Inicialmente, o governo espera apenas aumentar o n�mero de produtos no com�rcio com o pa�s asi�tico.
 
Desde 2009, a China se tornou o pa�s que mais compra produtos do Brasil, ocupando o lugar que era dos Estados Unidos. Entre janeiro e outubro deste ano, as exporta��es brasileiras para o gigante asi�tico chegaram a US$ 51,5 bilh�es, enquanto as importa��es daquele pa�s atingiram US$ 30 bilh�es. Ou seja, o saldo comercial foi positivo para o Brasil em mais de US$ 20 bilh�es nos primeiros 10 meses de 2019.
 
Na �ltima d�cada, os chineses tamb�m passaram a ocupar lugares de destaque entre as principais fontes de investimento estrangeiro no Brasil, com gastos principalmente no setor de gera��o e transmiss�o de energia e no setor de �leo e g�s.



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