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Estado de Minas POL�TICA

Nos Estados, PSL se alia a 'rivais' de Bolsonaro


postado em 15/11/2019 14:00

A falta de unidade que caracteriza a bancada federal do PSL - e que ajudou o presidente Jair Bolsonaro a decidir pela desfilia��o do partido - tamb�m � observada na posi��o dos representantes da sigla em seus Estados.

� frente de tr�s governos, a legenda se divide, ora na oposi��o ora na situa��o. E chega a ser aliada de siglas que, em 2022, ter�o candidatos pr�prios � Presid�ncia ou que integram o Centr�o, bloco partid�rio criticado por bolsonaristas nas redes sociais.

A participa��o no primeiro escal�o dos governos muda de acordo com o local. No Rio, o PSL comanda as secretarias da Ci�ncia e Amparo � Pessoa com Defici�ncia da gest�o de Wilson Witzel (PSC). No Rio Grande do Sul, a pasta de Desenvolvimento Econ�mico foi entregue � legenda pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) nomeou para a secretaria de Seguran�a P�blica, � �poca, um filiado da sigla, que hoje n�o faz parte do partido. Esses tr�s partidos projetam disputar o Planalto daqui a tr�s anos.

Ap�s se elegerem governadores na onda conservadora que deu a vit�ria a Bolsonaro no ano passado, Witzel e o tucano Jo�o Doria, de S�o Paulo, j� se descolaram do governo federal em busca do mesmo eleitorado. E j� s�o tratados como advers�rios pelo presidente, que passou a falar abertamente sobre sua inten��o de disputar um segundo mandato.

No Rio, ber�o pol�tico de Bolsonaro, a rela��o � de confronto depois que o nome dele surgiu na investiga��o da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), ocorrida em mar�o de 2018. O presidente reagiu e afirmou que Witzel vazou a informa��o � imprensa para prejudic�-lo. O governador nega.

Com Doria, o relacionamento tamb�m � distante, embora menos conturbado. Em S�o Paulo, o PSL n�o participa do governo nem faz parte da base aliada na Assembleia Legislativa. "Doria � um marqueteiro, que tem um projeto nacional. Tanto que ele n�o se refere aos cidad�os do Estado como paulistas, mas como 'brasileiros que vivem em S�o Paulo'", disse o deputado do PSL Douglas Garcia.

O parlamentar aliado a Bolsonaro, no entanto, reconheceu que a bancada paulista vota com o governo nas pautas ligadas � economia e ao enxugamento do Estado. "Mas votamos contra aquelas que d�o aumento salarial a agentes p�blicos, por exemplo", afirmou Garcia.

J� Zema tem defendido um alinhamento ao governo Bolsonaro. O mineiro, apoiado pelo candidato derrotado � Presid�ncia pelo Novo, Jo�o Amo�do, tem como vice-l�der no Legislativo um deputado do PSL, Coronel Sandro, que se declara independente. "Eu sou vice-l�der do governo, mas nos consideramos um bloco independente. H� um alinhamento com a pauta econ�mica, privatiza��es, redu��o de impostos, redu��o do Estado, defesa das for�as de seguran�a, mas somos contra as pautas de costumes", disse o deputado.

No Rio Grande do Sul, o discurso de independ�ncia � o mesmo, apesar de os parlamentares do PSL apoiarem as pautas do governo Leite. "J� votamos contra, mas como � um governo de direita, em v�rias pautas a gente acaba acompanhando: pautas econ�micas, privatiza��es, enxugamento da m�quina, quest�es ligadas ao liberalismo econ�mico. Em algumas pautas fomos contra, como o aumento dos sal�rios da diretoria do banco Banrisul. Mas, no geral, n�o � dif�cil acompanhar o governo", disse o l�der da bancada do PSL na Assembleia Legislativa, Coronel Zucco.

Centr�o

O PSL apoia pelo menos outros cinco governadores, com participa��o direta ou n�o no dia a dia da m�quina. No Par�, por exemplo, o presidente estadual do partido foi nomeado por Helder Barbalho (MDB) secret�rio de Justi�a e Direitos Humanos. No Acre, Gladson Cameli (PP) escolheu o ex-prefeito de Acrel�ndia Ti�o Bocalom para a dire��o da empresa estadual de fomento ao agroneg�cio.

Em Goi�s, a sigla fez indica��es a cargos menores, do segundo e terceiro escal�es. E os deputados estaduais est�o na base de Ronaldo Caiado (DEM). Roraima e Rond�nia s�o comandados por filiados do PSL e mant�m o partido em suas respectivas bases aliadas.

Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, assim como no Tocantins e no Amazonas, a postura oficial dos parlamentares � de neutralidade. Oposi��o mesmo s� em rela��o �s gest�es consideradas de esquerda, como os governos comandados por PT e PSB.

Nesse xadrez, Santa Catarina � a maior surpresa. Apesar de ter sido eleito pelo PSL, o governador Carlos Mois�s n�o � benquisto por bolsonaristas por defender pautas ambientais e por manter di�logo com movimentos sociais, como os de moradia, e representantes da causa LGBT. Ap�s menos de um ano de governo, a bancada no Estado est� rachada. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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