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Estado de Minas POL�TICA

PSL busca guinada pol�tica sem Bolsonaro

Partido prepara um reposicionamento pol�tico e estrat�gico ap�s a anunciada sa�da do presidente da Rep�blica, que pretende criar uma nova legenda


postado em 01/12/2019 08:07 / atualizado em 01/12/2019 09:19

A expectativa entre os aliados do deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente e fundador do partido, é que a dissidência deve reduzir a bancada de 53 deputados para um número entre 27 e 30 parlamentares(foto: Luis Macedo/Acervo Câmara dos Deputados)
A expectativa entre os aliados do deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente e fundador do partido, � que a dissid�ncia deve reduzir a bancada de 53 deputados para um n�mero entre 27 e 30 parlamentares (foto: Luis Macedo/Acervo C�mara dos Deputados)

Abrigo da fam�lia Bolsonaro nas elei��es do ano passado, o PSL prepara um reposicionamento pol�tico e estrat�gico ap�s a anunciada sa�da do presidente da Rep�blica, que pretende criar uma nova legenda. Para ampliar sua base nas elei��es de 2020, o partido fala agora em se aproximar de governadores e formar alian�as que antes esbarravam na resist�ncia dos bolsonaristas.

A expectativa entre os aliados do deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente e fundador do partido, � que a dissid�ncia deve reduzir a bancada de 53 deputados para um n�mero entre 27 e 30 parlamentares. Isso n�o afetaria, por�m, o tempo de TV no hor�rio eleitoral nem os R$ 358 milh�es que o PSL ter� para gastar no pleito de 2020 - R$ 245 milh�es do Fundo Eleitoral e R$ 113 milh�es do Fundo Partid�rio. O c�lculo � com base na bancada eleita em 2018.

Com esse ativo o partido se tornou um aliado cobi�ado. Em S�o Paulo, a sigla tem conversado com o governador Jo�o Doria e pode formar uma chapa com o PSDB na disputa pela prefeitura da capital. A ideia de reunir Bruno Covas e a deputada federal Joice Hasselmann � defendida abertamente por Doria, que � visto como advers�rio pol�tico por Bolsonaro.

A aproxima��o com o PSDB tamb�m acontece no Rio Grande do Sul, onde a parte da legenda ligada a Bivar discute alian�as com o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB). O movimento existe a despeito de o presidente do partido no Estado, deputado federal Nereu Crispim - aliado de Bolsonaro -, ter anunciado anteontem a sa�da da legenda da base de Leite.

Conversas tamb�m s�o conduzidas na Bahia, onde o PSL constr�i pontes com DEM para disputar a prefeitura de Salvador. No Rio, ap�s romper com Wilson Witzel (PSC), o PSL p�s-Bolsonaro se reaproximou do governador e articula uma alian�a para a disputa pela capital fluminense.

"O PSL pode somar com seu tempo de TV e fechar com o Republicanos e o PSDB, por exemplo. O partido pode compor a vice (nos Estados)", disse o deputado federal Junior Bozzella (SP), um dos mais pr�ximos aliados de Bivar.

A c�pula do PSL ambiciona conquistar entre 300 e 500 prefeituras em 2020
. Entre as capitais, est�o colocadas as pr�-candidaturas de Joice em S�o Paulo, do deputado estadual Fernando Francischini em Curitiba e do radialista Nilvan Ferreira em Jo�o Pessoa.

O movimento de se abrir para alian�as � alvo de cr�ticas do grupo leal a Bolsonaro. "Depois da janela partid�ria, o PSL vai virar um partido fisiol�gico. O partido n�o existe sem os Bolsonaro", disse o deputado estadual Douglas Diniz (PSL-SP), que pretende migrar para o novo partido do presidente.

Discurso

Al�m de adotar uma linha mais pragm�tica, o "novo" PSL planeja repaginar o discurso para atrair o eleitor de direita que rejeita o estilo beligerante e a agenda militarista de Bolsonaro. O partido deve manter o mote conservador nos costumes e liberal na economia, mas vai abandonar a agenda ideol�gica representada pelo escritor Olavo de Carvalho.

"O PSL ser� realmente alinhado com as bandeiras liberais na economia e n�o um partido nacionalista travestido de liberal. A parte do partido que est� saindo � militarista, nacionalista e n�o liberal de fato", disse Joice, ex-l�der do Governo no Congresso. Segundo ela, os dissidentes bolsonaristas n�o s�o "PSL raiz". "S�o xiitas que desrespeitam a democracia e atacam as institui��es", disse.

Para Bozzella, sem os Bolsonaro o PSL pretende deixar de lado o tom radical no discurso e se contrapor aos extremos. "H� um extremismo autorit�rio no 'olavismo' que � extremamente ideol�gico. A postura entre as pessoas que cercam esse grupo � beligerante. Usam um tom r�spido, desrespeitoso, agressivo e pr�ximo ao que vemos o Olavo de Carvalho fazer nas redes sociais", disse o deputado.


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