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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro recorre a Skaf para recompor base em SP


postado em 13/12/2019 12:00

O presidente Jair Bolsonaro se aproximou do presidente da Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (MDB), e tem delegado ao dirigente empresarial papel estrat�gico na reestrutura��o da base de apoio ao Pal�cio do Planalto no Estado, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Al�m da ponte com empres�rios - segmento que, segundo as pesquisas, confere a melhor aprova��o ao governo federal -, Skaf � visto como um potencial dirigente do Alian�a pelo Brasil, partido que os bolsonaristas tentam criar. A ideia � que o presidente da Fiesp assuma o comando do diret�rio estadual da futura legenda e se cacife como poss�vel candidato ao Pal�cio dos Bandeirantes em 2022.

O plano dos bolsonaristas tamb�m prev� que o apresentador Jos� Luiz Datena seja candidato a prefeito da capital no ano que vem. As conversas com o jornalista est�o avan�adas e v�m sendo acompanhadas de perto pelo presidente da Fiesp. "Fizemos contato com Skaf e ele simpatiza com a proposta de cria��o da Alian�a", disse ao Estado o advogado Lu�s Felipe Belmonte, j� anunciado como vice-presidente do futuro partido. O presidente � o pr�prio Bolsonaro.

O movimento tem o respaldo da bancada bolsonarista na C�mara e o aval dos filhos do presidente, segundo aliados do Planalto. "Acho que qualquer coisa que Bolsonaro escolher nesse sentido a gente vai ficar muito contente. Confiamos no poder de julgamento do presidente", afirmou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP).

A ruptura com seu ex-partido, o PSL, fez Bolsonaro perder aliados em S�o Paulo, como a deputada federal Joice Hasselmann (mais informa��es na p�g. A8), e seu filho, o tamb�m deputado Eduardo Bolsonaro, foi destitu�do da presid�ncia do diret�rio paulista da legenda.

Empres�rios

O setor empresarial � hoje o que mais apoia o governo. Conforme uma sondagem divulgada nesta quinta-feira, 12, pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), 60% dos empres�rios consideram o governo "�timo" ou "bom". Em outra pesquisa, encomendada pela entidade ao Ibope, os entrevistados aprovaram com altos �ndices a atual condu��o da pol�tica econ�mica do governo. Bolsonaro recebeu na quarta-feira o Grande Colar da Ordem do M�rito Industrial da CNI.

Skaf, que j� liderou campanhas nacionais contra o aumento de impostos e apoiou o impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff, ainda resiste a falar sobre sua eventual mudan�a de legenda. Ele, no entanto, tem dito que � um "incentivador da ideia" de cria��o da Alian�a e acha importante que Bolsonaro tenha um partido. Politicamente, por�m, o presidente da Fiesp est� cada vez mais isolado no MDB, que se aproximou do governador Jo�o Doria (PSDB).

Em outubro, quando ainda vivia uma crise com o PSL, Bolsonaro se reuniu com Datena em S�o Paulo acompanhado de Skaf. O presidente divulgou nas redes sociais uma foto ao lado dos dois, tratados como "velhos conhecidos".

A rela��o entre Skaf e Bolsonaro come�ou ainda no governo Dilma, quando um deputado de oposi��o subiu � tribuna da C�mara para criticar o presidente da Fiesp. Em seguida, Bolsonaro, ent�o deputado federal, pediu a palavra e saiu em defesa de Skaf, que logo telefonou agradecendo o gesto.

Antes disso, Skaf j� mantinha uma rela��o estreita com os militares. Ele criou um conselho de defesa na Fiesp e convidou o general Gabriel Esper, ex-comandante militar do Sudeste, para ser assessor na entidade.

Bolsonaro e Skaf t�m se falado com regularidade pelo telefone. O emedebista costuma dizer que se d� "pessoalmente" muito bem com o presidente da Rep�blica. Neste ano, os dois se encontraram publicamente oito vezes, entre cerim�nias, jantares e audi�ncias. Dez ministros e 15 secret�rios estiveram 40 vezes na Fiesp em 2019 em eventos oficiais.

Em junho, o presidente da entidade promoveu um jantar para Bolsonaro em sua resid�ncia com 45 empres�rios de diferentes setores. Em outubro eles se encontraram na China, e Skaf integrou a seleta comitiva que participou da audi�ncia de Bolsonaro com o presidente Xi Jinping. Duas semanas de depois, quando ocorreu em Bras�lia a 11.� C�pula dos Brics, o l�der chin�s ofereceu um jantar para Bolsonaro e Skaf foi o �nico presente que n�o era do governo.

A colabora��o do l�der da Fiesp com o presidente vai al�m do campo empresarial. Ap�s a demiss�o, nesta semana, da ent�o secret�ria do Audiovisual, Katiane Gouv�a - suspeita de cometer irregularidade em sua campanha eleitoral a deputado federal em 2018 -, Skaf organizou um jantar com representantes do setor e o secret�rio especial da Cultura, Roberto Alvim. Foi nessa ocasi�o que o ex-secret�rio municipal de Cultura de S�o Paulo, Andr� Sturm, foi convidado e aceitou ocupar a vaga de Katiane.

Desde que decidiu entrar na pol�tica, Skaf sempre esteve pr�ximo de governos, exceto na gest�o Dilma. Ele foi do PSB, partido da base governo, na gest�o Luiz In�cio Lula da Silva, e migrou para o MDB de Michel Temer em seguida. O presidente da Fiesp j� se candidatou tr�s vezes ao governo de S�o Paulo - e em todas foi derrotado. Em 2010, concorreu pelo PSB. Em 2014, pelo MDB, ficou em segundo lugar no pleito em que Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito em primeiro turno. Em 2018, tamb�m pelo MDB, Skaf disputou e ficou em terceiro.

Procurado, o presidente da Fiesp n�o quis se manifestar. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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