Bolsonaro: coleta manual de assinaturas at� mar�o para criar sigla 'ser� dif�cil'

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 18, que "pelo jeito" a coleta de assinaturas necess�rias para cria��o do Alian�a pelo Brasil ter� de ser feita manualmente. Segundo Bolsonaro, por este m�todo ser� muito dif�cil concluir o processo de cria��o da sigla at� o final de mar�o, ou seja, a tempo de lan�ar candidatos para as elei��es municipais de 2020.

"Pelo jeito vai ter de recolher assinatura no bra�o. Se for no bra�o, vai ser dif�cil de fazer para mar�o o partido. Muito dif�cil", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Pal�cio da Alvorada.

A vontade do presidente era realizar uma coleta de assinaturas digitais para a cria��o de seu partido. Mas o m�todo ainda n�o � permitido e regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente se desfiliou em novembro do PSL, partido pelo qual foi eleito, em meio a disputas internas na legenda.

S�o necess�rias cerca de 500 mil assinaturas v�lidas para tirar do papel o "Alian�a", sigla conservadora, que defende Deus, armas e oposi��o a movimentos de esquerda, presidida por Bolsonaro e com forte presen�a de seus filhos.

O presidente disse ainda que, por limites legais, n�o pode usar canais oficiais para impulsionar a coleta de assinaturas. "Voc�s acham que posso usar cadeia de r�dio e televis�o para o que eu quero. N�o posso. Tem uma lei. N�o posso ir al�m do que estou fazendo", declarou.

Dinheiro para campanha

Ao falar sobre uso de recursos para campanha eleitoral, Bolsonaro perguntou a seus apoiadores se deve sancionar ou vetar "os R$ 2 bilh�es do fundo partid�rio". Ele ouviu, em coro, que deveria vetar o valor.

N�o ficou claro, por�m, se Bolsonaro se confundiu e queria, na verdade, tratar do "fundo eleitoral" de R$ 2,034 bilh�es aprovado na ter�a-feira pelo Congresso. O valor � distribu�do entre partidos para financiar campanhas eleitorais.

"Vamos supor que seja aprovado. O PT vai ganhar R$ 200 milh�es para fazer campanha no ano que vem. Aquele pessoal do PSL l�, que mudou de lado, tamb�m vai pegar R$ 200 milh�es", disse Bolsonaro.

L�deres do Centr�o chegaram a articular para tentar aumentar o montante para R$ 3,8 bilh�es, mas recuaram diante de sinaliza��es de que o presidente vetaria um valor maior.

Bolsonaro ainda afirmou aos apoiadores que foi injustamente acusado de abuso de poder econ�mico pela campanha eleitoral de 2018. "O fundo eleitoral foi no ano retrasado de R$ 1,7 bilh�o. Meu partido, PSL, pegou R$ 10 milh�es disso a�. N�o usei nada, fiz uma vaquinha. E eu estou sendo acusado de abuso de poder econ�mico", disse.