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Estado de Minas ELEI��ES

Saiba quem est� na fila para se candidatar � Presid�ncia da Rep�blica

Poss�veis candidatos � Presid�ncia em 2022 ensaiam movimentos e estrat�gias para a disputa nas urnas. Viabilizar partido e popularizar imagem s�o desafios at� a vota��o


postado em 06/01/2020 04:00 / atualizado em 06/01/2020 07:24

Presidente aposta em novo partido e nos resultados do governo, enquanto o governador João Dória (PSDB) e o apresentador Luciano Huck terão que se fortalecer nas classes mais baixas(foto: Antônio Cruz/ABR %u2013 4/10/19)
Presidente aposta em novo partido e nos resultados do governo, enquanto o governador Jo�o D�ria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck ter�o que se fortalecer nas classes mais baixas (foto: Ant�nio Cruz/ABR %u2013 4/10/19)

Poss�veis candidatos � Presid�ncia da Rep�blica em 2022, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck precisam fortalecer seus nomes em meio �s classes mais baixas. Enquanto Doria se afasta publicamente do estilo de vida luxuoso, Huck tende a reviver as a��es midi�ticas de seu programa de tev� – onde muda a vida das pessoas ao reformar casas e oferecer empregos. Os dois sinalizam informalmente a inten��o de participar da corrida eleitoral. E precisam “popularizar” suas figuras pelos pr�ximos anos, dizem assessores pr�ximos ao cacique tucano e ao pretenso pol�tico.

A ideia do peessedebista � se tornar mais popular no Nordeste, que recha�a o estilo de vida da elite paulistana. Huck, cuja vantagem � ser conhecido nacionalmente, precisa consolidar o discurso social. O movimento desses poss�veis candidatos causa preocupa��o entre os petistas e aliados do presidente Jair Bolsonaro, que estuda a possibilidade de concorrer ao pr�ximo pleito ao lado do ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, ainda tratado como her�i nacional ap�s o primeiro ano de governo ao lado de Bolsonaro.

Bolsonaro ainda n�o se colocou como candidato � reelei��o, mas em v�rias oportunidades sinalizou para a possibilidade de disputar e vencer as elei��es presidenciais de 2022. Com sua popularidade afetada pelas diversas crises provocadas muitas vezes por aliados dele, Bolsonaro aposta na cria��o de um novo partido, o Alian�a pelo Brasil, para articular sua candidatura, que ele espera seja lastreada pelos resultados do seu governo. Em v�deo nas redes sociais no s�bado, Bolsonaro disse n�o ver lideran�a s�lida formada por parte dos advers�rios para a corrida presidencial. O Alian�a pelo Brasil conta, at� o momento, com 110 mil assinaturas, mas precisa bater a meta de 492.015 rubricas. Apesar disso, Bolsonaro se mostrou otimista. “Se eu estiver bem em 2022, d� para a gente fazer uma bancada com uns 100 deputados”.

“Ao ostentar uma parede cheia de quadros valiosos na sala de casa, Jo�o (Doria) se coloca como candidato dos industriais e milion�rios. Deu certo em S�o Paulo, mas n�o � suficiente para o Brasil”, afirma um dos apoiadores do tucano em Bras�lia. O empres�rio que prefere n�o se identificar diz ser necess�rio “mudar a imagem de homem abastado” se o governador paulistano quiser realmente se mudar para o Pal�cio da Alvorada. “Precisa ser do povo”, aponta o apoiador de Doria. Em S�o Paulo, explica, existe uma atmosfera de privil�gios que condiz com candidatos como Doria e Geraldo Alckmin. “L� tem esse p�blico. Para chegar a Bras�lia voc� precisa conquistar muito mais gente”.

Entre os tucanos, � consenso que Doria precisa se tornar mais popular – com o cuidado de n�o se tornar “pov�o”. “Candidatos que saem para o abra�o existem aos montes. N�o � a ideia do partido. Mas � fato que o governador precisa de mais ader�ncia nas camadas sociais afastadas da elite”, pondera um assessor do PSDB na C�mara dos Deputados. Ao observar a trajet�ria de Jo�o Doria, ele explica que “o momento � mais complicado para os ricos porque acabou o financiamento privado, vantagem dos pol�ticos mais abastados”. Outro fator capaz de complicar a situa��o do poss�vel candidato � a falta de coliga��es em 2022 – situa��o que ocorre pela primeira vez nas elei��es municipais deste ano.

Para Huck, o caminho � ainda mais complicado por ele nunca ter exercido cargo p�blico, diz o cientista pol�tico Enrico Ribeiro, coordenador legislativo da Queiroz Assessoria em Rela��es Institucionais e Governamentais. O especialista acrescenta que as pretens�es do apresentador podem ir por �gua abaixo, pois, “como Huck n�o pode aparecer como pol�tico devido a quest�es contratuais, ele vai ter pouco tempo para se construir como candidato a presidente da Rep�blica”. “Se vier a se candidatar, ele ter� de se postar como um verdadeiro concorrente � Presid�ncia, e n�o apenas como um aventureiro. Ele � um empres�rio muito bom e um apresentador de TV famoso, mas na hora em que a campanha eleitoral come�ar a pegar, ele vai precisar mostrar que � um candidato pra valer”, alerta Ribeiro.

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press %u2013 7/12/17)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press %u2013 7/12/17)
Munic�pios 

As elei��es nos munic�pios podem afetar diretamente a corrida pelo Planalto, dizem especialistas. Na pr�tica, � prov�vel a ideologia de que quem dominar as c�maras municipais e prefeituras acabe estendida ao governo federal. “Estados e munic�pios s�o cabos eleitorais de presidentes, governadores e congressistas. A expectativa � que os aliados do presidente Bolsonaro tenham for�a, mas tamb�m h� o lado contr�rio”, analisa o professor de Ci�ncia Pol�tica Felippo Madeira, da Universidade Estadual de Goi�s (UEG).

Para Felippo, a esquerda e o centro tendem a lutar pelo espa�o perdido para a direita na elei��o de Jair Bolsonaro. “Militantes v�o fazer mais barulho nas ruas e na internet para tentar amenizar o resultado do �ltimo pleito”, aposta. Essa possibilidade, acredita, pode fazer com que as lives do presidente e do primeiro escal�o se multipliquem. “� normal buscar canais de comunica��o mais abertos. Isso provavelmente vai acontecer”, completa.

Sair� fortalecido dessa disputa, prev� Ribeiro, o grupo que conseguir levar o seu discurso de forma mais direta � base eleitoral e vencer, sobretudo, em cidades m�dias e grandes. “Essas elei��es n�o s�o apenas para vereador e prefeito. Ser�o a fundi��o para que cada partido crie a base do que vai ser a campanha de 2022. Eles v�o provar a capilaridade dos seus discursos e, em caso de vit�ria nas urnas, conquistar mais tempo de TV e cotas de fundo partid�rio”, explica.

Oposi��o 

Apesar de o debate sobre as elei��es presidenciais de 2022 j� estar movimentando o cen�rio pol�tico, formalmente, algumas legendas preferem se abster de uma an�lise mais aprofundada. O PT, por exemplo, fala em priorizar as elei��es municipais deste ano e, s� depois, construir uma agenda para concorrer ao Pal�cio do Planalto. “A nossa proposta � ter candidatos na maior parte dos munic�pios poss�veis, principalmente nas capitais. Queremos apresentar nomes e o nosso programa para o desenvolvimento do pa�s”, diz a presidente nacional da sigla, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

A parlamentar garante que o PT vai priorizar candidaturas pr�prias �s prefeituras, mas n�o descarta a possibilidade de o partido se aproximar de legendas como PSB, PDT, Psol e PC do B. Com o movimento, a sigla poderia fortalecer a uni�o entre os partidos de esquerda e centro-esquerda e, consequentemente, a oposi��o ao presidente Jair Bolsonaro e aos demais candidatos que aderem a um vi�s de direita ou centro-direita, como Doria e Huck.

“As elei��es municipais de 2020 ter�o um car�ter nacional muito forte e ser�o o principal term�metro para o pleito majorit�rio, pois o foco da campanha em 2022 ser� a vida do povo. � imposs�vel desenvolver pol�ticas municipais no �mbito que as pessoas mais reivindicam, como sa�de e educa��o, sem financiamento federal. E, hoje, temos uma situa��o dif�cil para o povo brasileiro, que sofre com uma pol�tica que n�o d� respostas”, comenta Hoffmann. “Isto � o que vai estar em discuss�o daqui a dois anos: o quanto essas candidaturas ter�o a oferecer. A meu ver, todas est�o voltadas para uma estrat�gia mais liberal e falam pouco do social”, acrescenta.

Al�m disso, com o ex-presidente Lula fora da pris�o, a ideia do PT � usar a for�a da sua lideran�a pol�tica para “conquistar territ�rio” e, a partir de uma eventual suspei��o de Moro no caso do triplex do Guaruj� (SP), lan�ar o seu nome para concorrer em 2022. “Nosso empenho ser� resgatar os seus direitos pol�ticos. Com isso acontecendo, Lula ser� o nosso candidato. Mas isso vai depender dele”, frisa a deputada. “Temos outros nomes, claro, como o de Fernando Haddad, que � uma refer�ncia importante para a pol�tica nacional. De qualquer forma, queremos passar o processo municipal para depois discutir 2022”, completa.

(foto: Paulo Belote/TV Globo/Divulgação %u2013 30/3/17)
(foto: Paulo Belote/TV Globo/Divulga��o %u2013 30/3/17)
Especula��o e busca por mais espa�o

Durante a semana, o governador do Maranh�o, Fl�vio Dino (PC do B), se encontrou com o apresentador Luciano Huck, no Rio de Janeiro. A reuni�o n�o foi bem-vista por parte do PT, e o vice-presidente nacional da legenda, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), usou as redes sociais para dizer que “ou com Lula ou com Haddad, Fl�vio Dino estar� na nossa chapa nas pr�ximas elei��es presidenciais”. No entanto, isso n�o est� concretizado. “A lembran�a, obviamente, � honrosa. Mas n�o traduz acerto ou tratativa real para o Dino ocupar uma chapa ou outra, at� porque o seu nome tamb�m � cogitado para ser cabe�a de chapa. O debate iniciado sobre ele ser vice do Huck, do Haddad ou do Lula � pr�prio desse momento”, diz o deputado M�rcio Jerry (PC do B-MA).
 
De acordo com o parlamentar, h� uma vontade do partido, mesmo que ainda n�o dita publicamente, de ajudar na composi��o de uma frente no Brasil em defesa da democracia para enfrentar o “conservadorismo”, capaz de criar um ambiente pol�tico forte para vencer as elei��es de 2022. “O Dino tem sido um dos porta-vozes dessa tese. Mas n�o podemos colocar o carro na frente dos bois. O debate em torno do nome � a �ltima etapa do processo”, destaca Jerry.

Em busca de mais protagonismo, h� partidos que n�o descartam lan�ar candidatura pr�pria. O DEM, por exemplo, quer fortalecer o nome da legenda nas elei��es municipais deste ano e tentar controlar prefeituras de cidades grandes e capitais e, a partir da�, pensar em 2022 “com independ�ncia e autonomia, para n�o sermos meros coadjuvantes, mas sim, protagonistas”, garante o deputado Efraim Filho (DEM-PB). “O partido tem experimentado a sua melhor fase  nos �ltimos anos. A pretens�o � aumentar o n�mero de capitais em 2020. Para n�s, isso � visto como um degrau para as elei��es presidenciais”, detalha.


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