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Estado de Minas POL�TICA

'Sininho' diz que n�o conhecia acusado de atentado ao Porta dos Fundos


postado em 09/01/2020 12:43 / atualizado em 09/01/2020 14:38

Em 2014, a ativista prestou depoimento após a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade, que cobria manifestações (foto: Agência Brasil)
Em 2014, a ativista prestou depoimento ap�s a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade, que cobria manifesta��es (foto: Ag�ncia Brasil)
Um dos s�mbolos dos protestos de junho de 2013 nas ruas do Rio de Janeiro, a militante Elisa Quadros, conhecida como "Sininho", de 34 anos, manifestou-se nesta quarta-feira (8) sobre a defesa que fez em 2013 de Eduardo Fauzi Richard Cerquize, ent�o preso sob acusa��o de vandalismo.

Fauzi, de 41 anos, � acusado pela Pol�cia Civil do Rio de cometer atentado incendi�rio contra a sede da produtora do grupo humor�stico Porta dos Fundos, em 24 de dezembro, e est� foragido.

Desde que ele foi identificado como autor do ataque, a imprensa destacou esse epis�dio de 2013. Em um v�deo, Sininho defendeu Fauzi, e dois aliados dela fizeram greve de fome que teria como um dos objetivos a liberta��o do hoje foragido. Embora procurada pela reportagem na ter�a-feira, dia 7, "Sininho" ainda n�o havia se pronunciado at� publicar artigo no site da Ponte Jornalismo.

"O t�o pol�mico v�deo em que eu defendi a liberdade desse sujeito fascista que cometeu o atentado terrorista contra a produtora do Porta dos Fundos - do qual sou muito f� - foi gravado em novembro de 2013, logo ap�s a pris�o em massa que levou mais de 200 manifestantes detidos; 78 militantes e ativistas foram mandados para a pris�o de Bangu. Em todo o Brasil, ativistas e militantes estavam sendo perseguidos, presos e processados arbitrariamente pelos governos federal (sob comando do PT na �poca), estaduais e municipais.

"Ningu�m fica para tr�s" era a palavra de ordem. Foi assim, neste contexto, que Luiz, meu companheiro de vida, e outro militante tiveram a ideia da greve de fome. Detalhe importante: eu estava como apoiadora", escreveu "Sininho".

"Essa greve de fome foi feita pela liberdade do Rafael Braga e Jair Baiano. O primeiro, um vendedor ambulante pego aleatoriamente pela pol�cia, na manifesta��o do dia 20 de julho; o segundo, um militante negro de esquerda: ambos negros e injustamente acusados de crimes que n�o cometeram para servirem de 'caso exemplar'. O nome de Eduardo Fauzi surgiu dias depois, em um v�deo no qual ele bate na cara do secret�rio de Obras (na verdade foi o secret�rio de Ordem P�blica, Alex Costa) da gest�o do ent�o prefeito Eduardo Paes, grande respons�vel pela remo��o de diversas ocupa��es de moradia urbana, todas feitas em nome da Copa do Mundo e das Olimp�adas. Nunca tive nenhum envolvimento com esse cara. Nunca o vi e nem falei com ele em toda a minha vida. Depois desse v�deo, em 2013, s� voltei a ouvir esse nome em 2018, quando a Unirio foi atacada", escreveu "Sininho".

Esse ataque foi reivindicado pela Frente Integralista Brasileira, que Fauzi chegou a presidir.

"Se foi um erro ou inoc�ncia nossa n�o termos pesquisado sobre ele? Provavelmente. Mas aquele momento era totalmente diferente. Ainda era uma vergonha se colocar como fascista, e o grupo do qual esse sujeito faz parte hoje em dia, e que assina o ato terrorista, s� veio a existir em 2017. Portanto, citamos esse 'ser' pela liberdade dele em 2013, por ser um cidad�o qualquer que foi preso desproporcionalmente naquele contexto", continuou a ativista.

"Sobre o atentado covarde ao Porta dos Fundos, presto minha total solidariedade a toda equipe e dizer que repudio veementemente qualquer tipo de ataque, viol�ncia ou censura feitos contra esse grupo de artistas. Acho absurdo que esse indiv�duo fascista, asqueroso e que assumiu ter feito o atentado terrorista continue impune", completou "Sininho".


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