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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro deu aval a adiamento de depoimento de Queiroz, diz livro

Jornalista Tha�s Oyama afirma que Bolsonaro e o advogado Frederick Wasseff atuaram para postergar o depoimento de Queiroz


postado em 14/01/2020 12:14 / atualizado em 14/01/2020 12:46

(foto: Reprodução/SBT )
(foto: Reprodu��o/SBT )

A aus�ncia do ex-policial militar Fabr�cio Queiroz, ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em depoimentos convocados pelo Minist�rio P�blico (MP-RJ) teria contado com o consentimento do presidente Jair Bolsonaro, segundo um livro-reportagem que ser� lan�ado na pr�xima semana.

Na obra, a jornalista Tha�s Oyama afirma que Bolsonaro e o advogado Frederick Wasseff atuaram para postergar o depoimento de Queiroz e levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando orienta��o dos advogados.

O relato est� em Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos, com lan�amento marcado para a pr�xima segunda-feira, 20, pela Companhia das Letras. Tha�s Oyama � atualmente comentarista da r�dio Jovem Pan e foi redatora-chefe da revista Veja. Na manh� desta ter�a-feira, 7, Bolsonaro se negou a comentar a publica��o. "O livro � fake news, um livro mentiroso, n�o vou responder sobre o livro."

De acordo com a autora, a estrat�gia inicial da defesa de Fabr�cio Queiroz seria o comparecimento na data em que o depoimento foi marcado. Ainda segundo a publica��o, Queiroz diria que n�o poderia prestar esclarecimentos at� que seus advogados tivessem acesso � investiga��o, e assumiria total responsabilidade pelas transfer�ncias financeiras - um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) havia identificado transa��es incompat�veis com sua renda, e dep�sitos feitos por outros funcion�rios do gabinete de Fl�vio na Alerj, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo.

O plano da defesa, no entanto, teria sido abortado por ordem de Bolsonaro, ap�s ele ser convencido de que deveria levar o caso ao STF. "O presidente eleito fora convencido por um advogado amigo que a melhor estrat�gia para abafar a hist�ria era tirar Queiroz e o Minist�rio P�blico Estadual do cen�rio e, por meio do foro privilegiado de Fl�vio, jogar o caso para o STF - onde poderiam resolv�-lo 'de outra maneira'", escreve Tha�s.

Ela atribui a estrat�gia a Frederick Wassef, atual advogado de Fl�vio e do presidente. Procurado, o advogado n�o retornou as liga��es.

Um detalhe que teria surpreendido a c�pula ao redor do ent�o presidente eleito, segundo a autora, foi um dep�sito de Fabr�cio Queiroz � futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, identificado pelo Coaf. A informa��o sobre a transfer�ncia consta em reportagem publicada pelo Estado em dezembro de 2018. O presidente j� havia sido informado sobre a exist�ncia do relat�rio, de acordo com o livro, mas n�o sobre o repasse.

S�rgio Moro

Com base em um pedido da defesa de Fl�vio, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, decidiu suspender ano passado todas as investiga��es que utilizavam relat�rios do Coaf - decis�o depois revertida no fim de 2019.

O livro afirma que uma articula��o pela derrubada da liminar quase custou o cargo do ministro da Justi�a, S�rgio Moro. Segundo a autora, Moro procurou Toffoli para argumentar contra a suspens�o, que prejudicava centenas de investiga��es da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico Federal.

Bolsonaro teria ficado furioso, diz a autora, e dissuadido da demiss�o pelo ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional, general Augusto Heleno.

"O general Heleno, que j� tinha gastado seu arsenal de argumentos em defesa do ministro, ao notar a determina��o do presidente, descarregou a �ltima bala: 'Se demitir o Moro, o seu governo acaba', disse", escreve Tha�s Oyama em Tormenta. Procurado, o Pal�cio do Planalto disse que n�o comentaria as afirma��es no livro oficialmente. A defesa de Fabr�cio Queiroz n�o foi localizada pela reportagem. O espa�o est� aberto para manifesta��es.


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