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Estado de Minas

Bolsonaro recua e mant�m Moro � frente da Seguran�a P�blica

O presidente fez a declara��o nesta sexta-feira ao chegar a Nova D�lhi, na �ndia, e disse que "por enquanto" n�o pretende deixar Moro apenas com a Justi�a


postado em 24/01/2020 08:30 / atualizado em 24/01/2020 11:53

(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
(foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil )

Um dia depois de anunciar que o governo estudava recriar o Minist�rio de Seguran�a P�blica, o presidente Jair Bolsonaro descartou essa hip�tese. "A chance no momento � zero, t� bom? N�o sei amanh�, na pol�tica tudo muda, mas n�o h� essa inten��o de dividir", disse Bolsonaro ao desembarcar nesta sexta-feira (24) em Nova D�lhi, na �ndia, para uma viagem oficial.

O recuo de Bolsonaro desfaz a amea�a que pendia sobre a cabe�a do atual ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, de perder poder na Esplanada dos Minist�rios.

O presidente negou ainda a exist�ncia de atritos com seus ministros. "N�o existe qualquer atrito entre eu e o Moro, entre eu e o Guedes,  eu e qualquer outro ministro", disse. "O governo est� unido, sem problemas", afirmou.

Motivos


O projeto do governo de dividir o Minist�rio da Justi�a e Seguran�a  P�blica em duas pastas teria ganhado for�a, segundo assessores pr�ximos ao presidente, ap�s dois fatos. O primeiro ocorreu na segunda-feira (20), dia que o ministro Moro deu uma entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura de S�o Paulo.

Conforme assessores do Planalto, o presidente n�o teria gostado das declara��es de Moro - que chegou a dizer que, ''por quest�o de hierarquia'', n�o poderia criticar o presidente.

Bolsonaro ficou irritado com a fala de seu colaborador mais popular - popularidade medida por institutos de pesquisa de opini�o p�blica-, e viu na entrevista do ministro a sinaliza��o, mais uma vez, de um forte concorrente em 2022, ano das elei��es para presidente da Rep�blica. Bolsonaro j� admitiu que disputar� a reelei��o.

A segunda contrariedade do presidente teria ocorrido na quarta-feira (22), em Bras�lia, onde o presidente recebeu o Col�gio Nacional de Secret�rios de Estado de Seguran�a P�blica (Consesp).

Durante a reuni�o, para qual Moro n�o foi convidado, a maioria dos integrantes do conselho defendeu o desmembramento do minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica.

O pedido foi justificado diante da queixa de n�o atendimento de Moro aos pleitos de recursos para as secretarias de Seguran�a P�blica dos estados. Eles tamb�m reclamaram do n�o agendamento de uma reuni�o com Moro,  que teria sido reivindicada h� mais de um ano.

Proposta


Diante desse dois fatos, Bolsonaro, ao que parece, testou a possibilidade de minguar o poder de Moro. No  ano passado, Bolsonaro teria tentado exonerar Moro, diante de discord�ncias entre os dois sobre nomea��es na Pol�cia Federal.

O presidente teria sido convencido a n�o exonerar Moro ap�s pondera��es do general Augusto Heleno, que ocupa o Gabinete de Seguran�a Institucional, cargo com status de Minist�rio e bra�o direto de Bolsonaro. Nessa quinta-feira (23), Heleno chegou a declarar que n�o havia hip�tese de desmembrar o minist�rio comandado por Moro.

Alvorada



Tamb�m nessa quinta-feira (23), na sa�da do Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial da Presid�ncia da Rep�blica, em Bras�lia, Bolsonaro confirmou que a proposta de desmembramento estava em estudo.

"Isso � estudado, estudado com Moro, l�gico que o Moro deve ser contra. Estudado com os demais ministros. O Rodrigo Maia (presidente da C�mara) � favor�vel � cria��o da Seguran�a, acredito que a Comiss�o de Seguran�a P�blica, como trabalhou no passado, tamb�m seja favor�vel. Temos que ver como se comportam esses setores da sociedade para poder melhor decidir", argumentou o presidente.

Pol�cia Federal


Caso a proposta fosse adiante, a inten��o do governo era que a Pol�cia Federal sa�sse do comando de Moro e ficasse na estrutura do novo minist�rio, al�m do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), que mudou de nome para Unidade de Intelig�ncia Financeira (UIF).

Ou seja, Moro estaria perdendo duas de suas principais ''armas" para sustentar a bandeira de combate � corrup��o, mote com o qual ficou conhecido nacionalmente enquanto ocupou a cadeira de juiz federal em Curitiba, no Paran�, no comando da Opera��o Lava-Jato.

Moro pediu exonera��o do cargo de juiz para assumir o superminist�rio dado a ele por Bolsonaro desde o in�cio de seu governo, em 1º de  janeiro do ano passado.


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