
O ministro virou alvo da comiss�o em setembro, quando, a pedido dos deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Pimenta (PT-RS), foi aberto um procedimento para apurar se houve desvio de conduta por publica��es de Weintraub contra os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz In�cio Lula da Silva, ambos do PT.
O processo na comiss�o questionava cr�ticas feitas aos ex-presidentes do PT ap�s o epis�dio do militar flagrado com 39 quilos de coca�na em avi�o da For�a A�rea Brasileira (FAB) – que fazia parte da comitiva de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em junho. O ministro tamb�m relacionou Lula e Dilma �s For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (Farc).
“Tranquilizo os 'guerreiros'do PT e de seus acepipes (sic): o respons�vel pelos 39 kg de coca�na NADA tem a ver com o Governo Bolsonaro. Ele ir� para a cadeia e ningu�m de nosso lado defender� o criminoso. Voc�s continuam com a exclusividade de serem amigos de traficantes como as FARC”, afirmava Weintraub em uma das publica��es. “No passado o avi�o presidencial j� transportou drogas em maior quantidade. Algu�m sabe o peso do Lula ou da Dilma?”, escreveu ele em outra postagem � �poca.
Relator do caso, o conselheiro Erick Vidigal escreveu em seu voto que n�o � esperado de um ministro da Educa��o o “papel” de uma autoridade “impulsiva, destemperada, que ofende que quer que critique” e que usa “o cargo p�blico lhe d� para ampliar a divis�o existente atualmente na sociedade brasileira, incitar o �dio, a agressividade, a desarmonia”.
As puni��es impostas pela Comiss�o de �tica t�m car�ter administrativo, como advert�ncia e censura �tica. Dependendo da gravidade, � poss�vel sugerir a demiss�o do cargo. As recomenda��es, por�m, n�o precisam ser acatadas pelo governo.
Em sua defesa, Weintraub apontou "aud�cia e a falta de vergonha dos subscritores da den�ncia”, referindo-se aos deputados do PT.
O ministro disse ainda que caberia “uma s�rie de qualifica��es ainda mais contundentes” aos ex-presidentes, como “bandido, criminoso, presidi�rio e marginal, dentre outros (a Lula), e � outra (Dilma), cr�ticas ainda mais mordazes do ser chamada meramente de 'uma droga', por meio indireto".
"Quem comete crime pode tranquilamente ser chamado de 'uma droga', afinal, o crime � algo que merece supremo rep�dio legal e social, ao passo que a referida express�o remete a um sentimento de desaprova��o muito mais suave”, escreveu a defesa de Weintraub.
O ministro pediu ainda o arquivamento do caso e suspei��o do relator. O conselheiro Erick Bill era funcion�rio da Secretaria-Geral da Presid�ncia, mas foi demitido no dia anterior a abertura de processo contra Weintraub, ap�s mais de tr�s anos no governo. Apesar disso, ele possui mandato no colegiado at� 2021. � �poca especulou-se que Arthur Weintraub, irm�o do ministro e assessor do presidente Bolsonaro, poderia assumir uma vaga na Comiss�o de �tica.
Outros casos
Segundo apurou o Estad�o/Broadcast, h� inten��o de abrir outros dois procedimentos contra Abraham Weintraub, como por chamar o presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, de calhorda oportunista e sem car�ter; Em outro caso, por ele ter dito, tamb�m nas redes sociais, que “petista s� enriquece roubando”. Os pedidos de apura��o, no entanto, ainda n�o foram deliberados.