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Estado de Minas

''�timo'' se Onyx ficar, diz Rodrigo Maia

Presidente da C�mara dos Deputados defende a perman�ncia de Lorenzoni na Casa Civil, mas diz que se ele sair n�o haver� mudan�a na rela��o do Pal�cio do Planalto com o Congresso


postado em 01/02/2020 06:00 / atualizado em 01/02/2020 07:31

''Se o presidente resolver mantê-lo no poder, acho ótimo, será uma decisão boa. Se exonerá-lo, é um problema do governo'' - Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados (foto: NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
''Se o presidente resolver mant�-lo no poder, acho �timo, ser� uma decis�o boa. Se exoner�-lo, � um problema do governo'' - Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da C�mara dos Deputados (foto: NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/ESTAD�O CONTE�DO)

Bras�lia – O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM), disse ontem que acharia “�timo” a manuten��o de Onyx Lorenzoni, que � do seu partido, na chefia da Casa Civil. Maia, contudo, garantiu que uma eventual sa�da do ministro n�o atrapalharia a rela��o do Congresso com o presidente Jair Bolsonaro. “Se exoner�-lo, � um problema do governo”, declarou. Nos �ltimos dias, Bolsonaro esvaziou a Casa Civil. Primeiro, exonerou o ent�o secret�rio-executivo da pasta, Vicente Santini, e, depois, tornou nula sua nomea��o em uma secretaria subordinada ao minist�rio. Na quinta-feira, o presidente anunciou tamb�m que ir� transferir o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Minist�rio da Economia. Tudo isso ocorreu enquanto Onyx Lorenzoni estava de f�rias.
Rodrigo Maia procurou afastar qualquer possibilidade de animosidade entre governo e Congresso. “Com a C�mara n�o vai gerar problema nenhum. Uma coisa � a gente apoiar o trabalho do Onyx, trabalhar em sintonia com ele. Se o presidente resolver mant�-lo no poder eu acho �timo, ser� uma decis�o boa. Se exoner�-lo, � um problema do governo, n�s n�o vamos pautar a nossa Casa porque o governo nomeia ou exonera algum funcion�rio”, sustentou, ap�s reuni�o fechada com investidores no Rio. “Quem tem que avaliar isso � o presidente da Rep�blica. Eu n�o tenho que avaliar nomea��o de ningu�m.”

Maia foi al�m e disse que a ida de Onyx ao governo n�o partiu da sua legenda. “Do DEM nunca foi indica��o. O pr�prio presidente j� disse que seus ministros foram todos indica��es pessoais dele”, comentou o presidente da C�mara. “O DEM tem rela��o (com Onyx) antes e um respeito enorme pelo trabalho dele. Agora, essa quest�o de nomear e exonerar n�o � problema nosso, do Parlamento, muito menos do DEM.”

Sobre o ritmo de trabalho no Congresso Nacional, Rodrigo Maia disse estar torcendo para que a vota��o do pacto federativo ocorra ainda no primeiro semestre. “A parte do pacto est� no Senado e esperamos que o Senado vote r�pido. N�s estamos prontos para continuar, dar prosseguimento. Reformas administrativa e tribut�ria est�o na agenda da C�mara”, afirmou.

A desidrata��o de Lorenzoni pegou muitos de surpresa. Afinal, desde a campanha eleitoral, ele faz parte do n�cleo duro do governo. Ap�s a vit�ria nas urnas, coordenou a equipe de transi��o como ministro extraordin�rio. Alguns governistas alegam que a transfer�ncia do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Minist�rio da Economia faz parte do processo de reestrutura��o da Presid�ncia e partiu de uma an�lise de Estado para impulsionar a atra��o de investimentos externos, em favorecimento ao ministro Paulo Guedes.

O movimento adotado por Bolsonaro, entretanto, n�o convence parlamentares, sobretudo do DEM, partido de Lorenzoni. “Ele � Bolsonaro, n�o Democratas”, ponderou um congressista. A leitura feita na legenda e em outras siglas � de que ele sofre retalia��o pelo alinhamento constru�do com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Foi Lorenzoni o respons�vel por articular a formula��o do Projeto de Lei Or�ament�ria (Ploa) com apoio dos presidentes das duas Casas e do titular da Secretaria Especial de Rela��es Governamentais da Casa Civil, Gi�como Trento. “O Onyx, por mais que possa ser a favor do Bolsonaro, � um cara que vai se articular. Ele n�o deixou de ser amigo do presidente porque atende �s demandas do Rodrigo ou do DEM”, ponderou um parlamentar.

Entre governistas, contudo, a leitura � outra. Por mais que sustentem que Lorenzoni n�o sofre uma retalia��o, alertam que, na formula��o do Ploa de 2020, ele incluiu um or�amento para destina��o de emendas parlamentares — mesmo as impositivas — acima do que deveria. Argumentam que a conta n�o fecha. E na vota��o da reforma da Previd�ncia, o ministro j� havia prometido acordos imposs�veis de ser cumpridos, como destina��o de emendas parlamentares.

O esvaziamento a Lorenzoni tem ocorrido paulatinamente. De superministro que era, no in�cio da gest�o Bolsonaro, enfrenta agora o descenso. Ele come�ou como respons�vel pela articula��o pol�tica, que acabou indo para a Secretaria de Governo, e como encarregado da Subchefia de Assuntos Jur�dicos (SAJ), que foi para a Secretaria-Geral. Agora, ficar� encarregado da articula��o de governo, ou seja, a interlocu��o e a comunica��o entre minist�rios, e de nomear e exonerar cargos, ambas atribui��es hist�ricas da pasta.


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