
Nascido em Belo Horizonte, Braga Netto cumpre o "perfil mineiro": prefere o trabalho ao verbo. Ao assumir o comando da interven��o no Rio, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na �rea da Seguran�a P�blica, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discri��o nas redes sociais.
O general � tido como capaz de reconhecer talentos e limita��es pr�prias e de sua equipe e n�o toma decis�es tempestivamente. Prefere ouvir diversas opini�es.
Descrito como respeitoso, bem humorado e af�vel, o general tem carreira internacional - foi observador militar das Na��es Unidas no Timor Leste, e adido na Pol�nia e nos Estados Unidos. Trouxe a tradi��o dos militares americanos de trocar e colecionar medalhas. Eles carregam uma esp�cie de medalh�o com o emblema do local onde est�o servindo para presentear os visitantes.
Entrou no Ex�rcito em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Ex�rcito (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais.
Em uma esp�cie de progn�stico, dizia que "a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrar� da institui��o a efic�cia na consecu��o de sua destina��o fim" e propunha a especializa��o, por causa das mudan�as tecnol�gicas. "O militar, em particular, deve ser orientado para a fun��o em que apresente um melhor rendimento em prol da institui��o. O Ex�rcito do ano 2000 necessitar�, mais do que nunca, de uma otimiza��o de seus valores humanos", escreveu.