
"DEN�NCIA! Acaba de chegar a meu conhecimento que h� pessoas acelerando a crema��o de Adriano da N�brega para sumir com as evid�ncias de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia. Rogo �s autoridades competentes que impe�am isso e elucidem o que de fato houve", afirmou o parlamentar, em sua primeira rea��o ao caso.
De acordo com a Secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia, Adriano N�brega, o 'capit�o Adriano', teria reagido quando a Pol�cia anunciou seu mandado de pris�o neste domingo, 10, e acabou morto em troca de tiros com os agentes. O Minist�rio P�blico abriu investiga��o para apurar em que circunst�ncias ele foi morto.
Segundo a SSP, foram apreendidos 13 celulares, uma pistola, um revolver e duas espingardas no im�vel na zona rural do munic�pio de Esplanada, onde foi encontrado e morto N�brega.
Entenda o caso
Adriano Magalh�es da N�brega, o 'capit�o Adriano', era um dos alvos da investiga��o sobre suposta 'rachadinha' no gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro, � �poca em que o filho do presidente Jair Bolsonaro esteve na Assembleia Legislativa do Rio.
Al�m de ter sido indicado pelo '03' � mais alta honraria do Rio, a Medalha Tiradentes, ele manteve no gabinete do parlamentar sua mulher e sua m�e, que chegaram a ter o sigilo quebrado no inqu�rito do caso Queiroz. Suspeito de chefiar o 'escrit�rio do crime', mil�cia suspeita de participar do assassinato de Marielle Franco, ele n�o resistiu ap�s suposta troca de tiros em uma opera��o policial para captur�-lo.
Ao Estado, o advogado Paulo Emilio Catta Preta, que defendia Adriano, afirmou ter recebido uma liga��o de seu cliente na quarta, 7. O ex-PM disse que que tinha "certeza" de que queriam mat�-lo para "queimar arquivo". A vi�va do miliciano tamb�m fez o mesmo relato.
M�nica Ben�cio, vi�va da ex-vereadora Marielle Franco, e o PSOL, cobraram explica��es sobre a morte de Adriano. O partido vai pedir uma audi�ncia com a Secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte.
O capit�o Adriano estava foragido desde a Opera��o Os Intoc�veis, deflagrada em janeiro de 2019, contra uma mil�cia que atua em Rio das Pedras, comunidade pobre da Barra da Tijuca. De acordo com a Promotoria do Rio, o grupo atuava na grilagem de terras, na compra, venda e aluguel irregular de im�veis, na cobran�a de taxas da popula��o local e na recepta��o de mercadoria roubada, entre outros crimes. A Receita Federal chegou a fazer uma parceria com a Promotoria do Rio para compartilhar dados fiscais colhidos na Opera��o Os Intoc�veis, com o fim de tamb�m elucidar o suposto esquema de desvio de sal�rios.
A mulher do ex-capit�o, Danielle Mendon�a da Costa N�brega, trabalhou no gabinete de Fl�vio de 6 de setembro de 2007 at� 14 de novembro do ano passado. J� a m�e de N�brega, Raimunda Veras Magalh�es, esteve lotada no mesmo gabinete de 11 de maio de 2016 tamb�m at� 14 de novembro de 2018. Ambas recebiam sal�rio de R$ 6.490,35. Raimunda � citada no relat�rio do Coaf que investiga corrup��o no Legislativo fluminense. Ela repassou R$ 4.600 para a conta de Queiroz.
Quando o Minist�rio P�blico Estadual do Rio pediu a quebra de sigilo de Fl�vio Bolsonaro e seus assessores, na lista dos alvos constavam os nomes de Raimunda e Danielle. Seus nomes eram marcados em negrito no documento, para ressaltar o elo com o miliciano.
Em dezembro, o MP do Rio concluiu que o Capit�o Adriano era beneficiado pelo dinheiro do suposto esquema de "rachadinha" que existia no gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio. Os promotores chegaram a essa conclus�o depois de analisar conversas via WhatsApp e dados de transa��es financeiras do ex-PM. As informa��es constavam no pedido do Minist�rio P�blico Estadual do Rio para que fossem deflagradas buscas e apreens�es no Caso Queiroz.
Adriano foi homenageado por Fl�vio em 2003 e 2004 na Assembleia Legislativa por sua atua��o como policial. Tanto o senador, quanto seu homem de confian�a, Fabr�cio Queiroz, tinham a mesma vers�o sobre a nomea��o. Queiroz afirmou que ele mesmo quem indicou a contrata��o da m�e e da mulher do ex-capit�o do Bope Adriano Magalh�es da N�brega para o gabinete do ent�o deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.
Nota assinada pelo advogado Paulo M�rcio Ennes Klein, � �poca na defesa de Queiroz, informava que o seu cliente "� ex-policial militar e conheceu o sr. Adriano na �poca em que ambos trabalhavam no 18º Batalh�o da Pol�cia Militar e, ap�s a nomea��o dele como assessor do ex-deputado estadual solicitou ao gabinete mo��o para o sr. Adriano, bem como a nomea��o dele para trabalhar no referido gabinete, em raz�o dos elevados �ndices de �xito na condu��o das ocorr�ncias policiais registradas, at� ent�o, na equipe em que trabalhava na PM."