
O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, afastou a rela��o da Lava Jato com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a elei��o de Jair Bolsonaro para a presid�ncia da Rep�blica, dois anos depois. "S�o movimentos que foram distintos. Claro que existe um contexto no qual o presidente foi eleito. Mas, assim, o impeachment n�o teve a nada a ver com a elei��o do presidente Jair Bolsonaro. S�o coisas dissociadas", disse o ex-juiz federal de Curitiba.
A declara��o de Moro foi feita em entrevista ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar estreou ontem um programa de entrevistas em seu canal no YouTube, chamado de O Brasil precisa saber. Antes da exibi��o, Eduardo divulgou o an�ncio da grava��o, chamando seus seguidores para acompanhar o programa. Moro fez refer�ncia ao impeachment e � elei��o presidencial ao criticar o document�rio Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa, indicado ao Oscar. "Para um document�rio, acho que presta um desservi�o aos fatos porque � uma vis�o deturpada daqueles acontecimentos."
A atua��o de Moro na Lava Jato � contestada pela defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados do petista acusam o ex-juiz de agir com parcialidade ao condenar Lula no caso do tr�plex do Guaruj� e depois assumir um cargo no primeiro escal�o do governo Bolsonaro. O julgamento da suspei��o de Moro deve ser conclu�do ainda neste semestre na Segunda Turma do STF.
Cust�dia
Na entrevista, Moro elogiou o ministro Luiz Fux, do STF, por derrubar um item da lei anticrime que obrigava presos a serem submetidos � audi�ncia de cust�dia em 24 horas. O dispositivo foi inclu�do no pacote proposto por Moro na tramita��o do projeto no Congresso.
Ao ser questionado sobre futuros projetos a serem encaminhados ao Legislativo, destacou a inten��o de deixar a For�a Nacional de Seguran�a expressa na Constitui��o. A inten��o � dar seguran�a a uma nova modelagem para o �rg�o, que atualmente re�ne policiais estaduais em opera��es especiais. O ministro tamb�m se manifestou favor�vel � diminui��o da idade penal para 16 anos em caso de crimes grav�ssimos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.