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Estado de Minas POL�TICA

Ex-tucano Andrea Matarazzo quer ser a aposta do bolsonarismo


postado em 17/02/2020 12:00

No �ltimo dia 4 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou a S�o Paulo para selar sua alian�a com o empres�rio Paulo Skaf (MDB), presidente da Federa��o das Ind�strias de S�o Paulo (Fiesp). A agenda previa um encontro da dupla com o apresentador Jos� Luiz Datena, nome preferido dos bolsonaristas para a Prefeitura de S�o Paulo, mas ele n�o apareceu e quem acabou se encontrando com o presidente foi o outro pr�-candidato: o ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD).

A imagem dos tr�s conversando foi registrada pela c�mera de celular e enviada a Matarazzo, que imediatamente publicou a foto em suas redes sociais. A cena foi classificada como "emblem�tica" no entorno do presidente da Fiesp, que vai assumir o diret�rio paulista do Alian�a pelo Brasil t�o logo a legenda bolsonarista seja registrada na Justi�a Eleitoral.

Enquanto Datena d� sinais de que n�o vai disputar a Prefeitura e surpreendeu ao dizer que n�o se considera um porta bandeira do Planalto, Matarazzo afinou o discurso com Bolsonaro e sinaliza que pode ser o �nico defensor do presidente nos debates eleitorais da capital.

Embora Bolsonaro diga que n�o pretende se envolver nas elei��es municipais caso seu partido n�o saia do papel a tempo de entrar na campanha, seus seguidores avaliam que � preciso buscar um nome para defender o bolsonarismo e evitar que um aliado do governador Jo�o Doria (PSDB), potencial advers�rio nas elei��es de 2022, ven�a a disputa no maior col�gio eleitoral do Brasil.

Filiado ao PSDB por 25 anos - entre 1991 e 2016, ano que entrou no PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. Matarazzo foi um quadro da chamada velha guarda tucana. Amigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem foi Ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o, ele hoje apresenta um discurso que destoa dos antigos companheiros.

"N�o sinto nenhuma das minhas liberdades cerceadas em nada. N�o tenho porque sair criticando o Bolsonaro", disse Matarazzo ao jornal O Estado de S. Paulo, na sede do PSD em S�o Paulo, localizado no Edif�cio Joelma, no centro. Embora diga que n�o se considera um "bolsonarista", mas um "brasileiro que tem torcido muito para o Brasil", o ex-vereador n�o poupa elogios ao governo federal. "Em termos de desenvolvimento econ�mico, eu, como industrial, tenho sentido os reflexos (da atua��o do governo). A atividade econ�mica est� voltando. Os juros para a ind�stria nunca estiveram t�o baixos em termos nominais, fora a Selic. As reformas est�o caminhando."

Quando questionado se sua estrat�gia � dar uma guinada � direita, Matarazzo desconversa. "Acho at� interessante ver alguns personagens que a gente via de direita virarem progressistas e outros progressistas que agora fazem o discurso da viol�ncia. Sempre fui no PSDB muito discriminado por partes do partido que hoje est�o na minha extrema-direita no discurso", afirmou.

Conversas

Enquanto o PT busca um nome para disputar a Prefeitura e os bolsonaristas lutam contra o rel�gio para criar o novo partido, Matarazzo j� est� montando o time de campanha enquanto conversa com potenciais parceiros de chapa. O marqueteiro Paulo Vasconcelos, que fez a campanha presidencial de A�cio Neves em 2014, vai coordenar sua comunica��o ao lado do jornalista Ot�vio Cabral, que tamb�m trabalhou na campanha tucana daquele ano. O ex-ministro Kassab, presidente nacional do PSD, garantiu a ele que a campanha na capital receber� uma fatia generosa de recursos do Fundo Eleitoral.

Matarazzo tem dialogado com todos os nomes que se apresentam pela direita na disputa em S�o Paulo. Por interm�dio da deputada estadual Jana�na Pascoal (PSL), se reuniu com o deputado estadual Arthur do Val, um dos l�deres do MBL e pr�-candidato do Patriotas. Como nenhum dos dois aceitou ser vice, a articula��o n�o avan�ou. "Ele tem muita experi�ncia. � um excelente quadro para a gest�o. Se os bolsonaristas votar�o nele, s� os bolsonaristas podem dizer", disse Jana�na. Matarazzo tamb�m conversou Datena, Joice Hasselman e recebeu o deputado bolsonarista Gil Diniz (PSL) em seu programa na R�dio Capital. "Matarazzo � um dos nomes mais preparados, mas ele veio da social-democracia. Ele pode conseguir atrair uma parcela dos bolsonaristas, mas n�o todos", disse Diniz.

A falar sobre uma eventual polariza��o entre esquerda e direita na elei��o da capital, o ex-vereador deixa clara sua estrat�gia: atacar o prefeito, Bruno Covas (PSDB), que vai disputar a reelei��o, e tentar colar nele o selo de esquerdista.

"N�o d� para discutir esquerda e direita na elei��o de S�o Paulo. Quem est� fazendo isso agora � essa gest�o que loteou a Prefeitura para dar o tom da esquerda, enquanto a cidade est� inteira esburacada. Buraco n�o � de esquerda ou direita", disse. Nesse ponto, Matarazzo � questionado sobre como seria criticar t�o frontalmente um advers�rio que trava uma luta p�blica contra o c�ncer e faz uma revela��o.

"Eu tive c�ncer h� um ano e meio atr�s. Fiz 30 aplica��es de radioterapia e quimioterapia. O comandante quando senta no avi�o, ele sabe que vai entregar os passageiros do outro lado. N�o vem com essa. Sou solid�rio. Sei o que significa isso, mas voc� n�o vai obrigado para uma campanha".

Inimigo comum

O deputado federal bolsonarista Luiz Philippe de Orleans e Bragan�a destaca que seu grupo ainda n�o tem um nome para disputar a prefeitura. "A milit�ncia que est� constituindo o Alian�a pelo Brasil n�o tem candidato escolhido", afirma. Orleans e Bragan�a no entanto avalia que � essencial derrotar o candidato do PT - quem quer que seja - e o candidato que receber o apoio do governador Doria, seja o prefeito Covas ou a deputada Joice.

Quando for oficializada, a candidatura de Matarazzo vai ser apoiada por ao menos um dos grupos de renova��o pol�tica: o Livres. O perfil do empres�rio destoa do de rec�m-chegados � pol�tica, j� que ele tem 63 anos, mais de 20 deles dedicados � vida p�blica. Para Matarazzo, a uni�o ao Livres � uma via de duas m�os. "S�o liberais mas n�o s�o dogm�ticos. Sabem que n�o adianta distribuir vale-creche em bairros onde a iniciativa privada n�o vai construir creches." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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