
Segundo Barbosa, o v�deo divulgado pelo senador n�o teve a autenticidade reconhecida pela per�cia da Bahia e nem pela per�cia do Rio de Janeiro. Nesta tarde, a reportagem buscou o Departamento de Pol�cia T�cnica do Rio, que informou que o v�deo n�o havia sido gravado no local.
"As imagens n�o foram feitas nas instala��es oficiais do Instituto M�dico-Legal. Ent�o n�s temos a clara convic��o de que isso � para trazer algum tipo de d�vida, de questionamento, a um trabalho que ainda n�o foi conclu�do", disse Barbosa. Segundo o secret�rio, o governo foi ‘instado’ a comentar o resultado de uma per�cia, divulgada na semana passada, e que h� outros exames a serem realizados.
A �nica per�cia oficial do corpo do miliciano aponta que ele foi morto por dois tiros de fuzil, disparados a, no m�nimo, um metro e meio de dist�ncia. S�o mencionados "seis fraturas nas costelas", "dois pulm�es destru�dos" e o "cora��o dilacerado".
Diferente do que alegou Fl�vio, n�o h� men��o a coronhada ou queimadura. Os ferimentos, segundo os peritos, seriam compat�veis com o impacto no corpo causado por tiros de fuzil, em raz�o da alta energia cin�tica dos proj�teis.
Em nota, a Secretaria de Seguran�a P�blica afirma que o diretor do Instituto M�dico Legal (IML) da Bahia, M�rio C�mara, afirma que n�o � poss�vel confirmar onde o v�deo foi gravado e se o corpo � realmente do capit�o Adriano da N�brega.
"N�o sabemos se foi adulterado, onde foi feito, n�o sabemos se o corpo � realmente do senhor Adriano. Ent�o n�o faremos coment�rios sobre o v�deo", afirma.
Nesta tarde, Fl�vio Bolsonaro publicou um v�deo de 21 segundos, sem �udio e com imagens fortes, no qual � exibido um corpo etiquetado com o nome de Adriano Magalh�es.
"Per�cia da Bahia (governo PT), diz n�o ser poss�vel afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabe�a, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros a queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no t�rax, que perfurou cora��o e pulm�es", afirmou Fl�vio Bolsonaro.
Al�m de ser acusado de integrar o Escrit�rio do Crime, mil�cia envolvida no assassinato da vereadora Marielle Franco, Adriano da N�brega era investigado pelo Minist�rio P�blico do Rio por participa��o em suposto esquema de rachadinha conduzido no gabinete de Fl�vio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O filho do presidente empregou a ex-esposa e a m�e de Adriano da N�brega. Ao deflagrar opera��o contra endere�os ligados ao ex-assessor Fabr�cio Queiroz e Fl�vio Bolsonaro em novembro do ano passado, o Minist�rio P�blico detalhou conversas entre N�brega e sua ex-esposa Danielle que era funcion�ria de Fl�vio.
Ap�s reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelar movimenta��es at�picas de Queiroz, Danielle foi exonerada do cargo e cobrou explica��es do miliciano em mensagens obtidas pela promotoria. Nelas, a ex-esposa de Adriano da N�brega afirma que ele tamb�m se beneficiava do suposto esquema de 'rachadinhas'.