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Estado de Minas POL�TICA

Justi�a da Bahia pro�be crema��o de capit�o Adriano


postado em 18/02/2020 21:58

O juiz da comarca de Esplanada, Augusto Yuzo Jouti, acolheu pedido do Minist�rio P�blico da Bahia e proibiu a crema��o do corpo do capit�o Adriano, morto em a��o policial na cidade, no interior do Estado. As informa��es foram divulgadas pela Promotoria da Bahia.

O ex-policial foi morto pela Pol�cia Militar baiana, em cerco em Esplanada (BA), no domingo, 9. Fora localizado ap�s fugir, por mais de um ano, da Pol�cia fluminense. Segundo o IML, os tiros que o mataram foram disparados a pelo menos um metro e meio de dist�ncia.

O pedido havia sido feito pelos promotores de justi�a Dario Kist e Gilber de Oliveira ap�s o juiz Gustavo Kalil, da 4� Vara Criminal do Rio, determinar na segunda-feira, 17 que n�o � mais necess�rio conservar o corpo do ex-policial.

Segundo o Minist�rio P�blico, o 'corpo do ex-policial do Batalh�o de Opera��es Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano Magalh�es da N�brega, dever� ser submetido a per�cia necrosc�pica complementar pelo IML do Rio de Janeiro e n�o poder� ser cremado at� � realiza��o do exame'.

De acordo com a Promotoria, "a decis�o do magistrado atendeu a pedidos cautelares de antecipa��o de provas formulados pelo Minist�rio P�blico do Estado da Bahia e por familiares do ex-policial, morto no �ltimo dia 9 de fevereiro durante dilig�ncia para cumprimento de mandado de busca e apreens�o e mandado de pris�o". "O laudo do novo exame deve ser apresentado � Justi�a baiana em 15 dias".

Na decis�o, segundo o MP, "o juiz tamb�m determinou que a Secretaria de Seguran�a P�blica do Estado da Bahia disponibilize as grava��es dos r�dios transmissores utilizados pelos agentes policiais no dia da opera��o policial e realize exame papilosc�pico nas muni��es n�o deflagradas da pistola supostamente encontrada com Adriano". "As provas dever�o ser apresentadas no procedimento em tr�mite no Departamento de Repress�o e Combate ao Crime Organizado (Draco), em Salvador".

No �ltimo s�bado, 15, Bolsonaro responsabilizou a "PM da Bahia do PT" pela morte de Adriano e declarou que o caso � "semelhante � queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel". O presidente chegou a afirmar neste domingo, 16, que espera que as investiga��es cheguem a 'um bom termo'.

Entenda o caso

Ao Estado, o advogado Paulo Emilio Catta Preta, que defendia Adriano, afirmou ter recebido uma liga��o de seu cliente na quarta, 7. O ex-PM disse que tinha "certeza" de que queriam mat�-lo para "queimar arquivo". A vi�va do miliciano tamb�m fez o mesmo relato.

M�nica Ben�cio, vi�va da ex-vereadora Marielle Franco, e o PSOL, cobraram explica��es sobre a morte de Adriano. O partido vai pedir uma audi�ncia com a Secretaria de Seguran�a P�blica da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte.

O capit�o Adriano estava foragido desde a Opera��o Os Intoc�veis, deflagrada em janeiro de 2019, contra uma mil�cia que atua em Rio das Pedras, comunidade pobre da Barra da Tijuca. De acordo com a Promotoria do Rio, o grupo atuava na grilagem de terras, na compra, venda e aluguel irregular de im�veis, na cobran�a de taxas da popula��o local e na recepta��o de mercadoria roubada, entre outros crimes. A Receita Federal chegou a fazer uma parceria com a Promotoria do Rio para compartilhar dados fiscais colhidos na Opera��o Os Intoc�veis, com o fim de tamb�m elucidar o suposto esquema de desvio de sal�rios.

A mulher do ex-capit�o, Danielle Mendon�a da Costa N�brega, trabalhou no gabinete de Fl�vio de 6 de setembro de 2007 at� 14 de novembro do ano passado. J� a m�e de N�brega, Raimunda Veras Magalh�es, esteve lotada no mesmo gabinete de 11 de maio de 2016 tamb�m at� 14 de novembro de 2018. Ambas recebiam sal�rio de R$ 6.490,35. Raimunda � citada no relat�rio do Coaf que investiga corrup��o no Legislativo fluminense. Ela repassou R$ 4.600 para a conta de Queiroz.

Quando o Minist�rio P�blico Estadual do Rio pediu a quebra de sigilo de Fl�vio Bolsonaro e seus assessores, na lista dos alvos constavam os nomes de Raimunda e Danielle. Seus nomes eram marcados em negrito no documento, para ressaltar o elo com o miliciano.

Em dezembro, o MP do Rio concluiu que o Capit�o Adriano era beneficiado pelo dinheiro do suposto esquema de "rachadinha" que existia no gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio. Os promotores chegaram a essa conclus�o depois de analisar conversas via WhatsApp e dados de transa��es financeiras do ex-PM. As informa��es constavam no pedido do Minist�rio P�blico Estadual do Rio para que fossem deflagradas buscas e apreens�es no Caso Queiroz.

Adriano foi homenageado por Fl�vio em 2003 e 2004 na Assembleia Legislativa por sua atua��o como policial. Tanto o senador, quanto seu homem de confian�a, Fabr�cio Queiroz, tinham a mesma vers�o sobre a nomea��o. Queiroz afirmou que ele mesmo quem indicou a contrata��o da m�e e da mulher do ex-capit�o do Bope Adriano Magalh�es da N�brega para o gabinete do ent�o deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.

Nota assinada pelo advogado Paulo M�rcio Ennes Klein, � �poca na defesa de Queiroz, informava que o seu cliente "� ex-policial militar e conheceu o sr. Adriano na �poca em que ambos trabalhavam no 18� Batalh�o da Pol�cia Militar e, ap�s a nomea��o dele como assessor do ex-deputado estadual solicitou ao gabinete mo��o para o sr. Adriano, bem como a nomea��o dele para trabalhar no referido gabinete, em raz�o dos elevados �ndices de �xito na condu��o das ocorr�ncias policiais registradas, at� ent�o, na equipe em que trabalhava na PM."


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