Eduardo Bolsonaro e Janaina Paschoal trocam farpas sobre or�amento impositivo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) rebateu, na noite do s�bado, 29, cr�ticas feitas pela deputada estadual de S�o Paulo Janaina Paschoal (PSL) aos parlamentares que, como ele, votaram pelo Or�amento impositivo e agora s�o contra proposta semelhante. Em v�deo postado na sua conta do Twitter, Eduardo atacou o voto de Janaina na escolha do l�der do PSL na Assembleia Legislativa do Estado de S�o Paulo (Alesp): Rodrigo Gambale venceu Castello Branco por 8 votos - incluindo o de Janaina - contra 7.

"Agora, amada Janaina, explica para a gente por que voc� votou a favor do l�der do (grupo do) Bozzella para o PSL na Alesp, j� que todo mundo sabe muito bem a fama do Bozzella e o que ele quer para o nosso Brasil?", disse Eduardo, em alus�o ao deputado J�nior Bozzella, presidente do PSL de S�o Paulo e aliado do deputado Luciano Bivar, presidente nacional da legenda, e com quem os Bolsonaro romperam. O v�deo de Eduardo n�o d� maiores explica��es sobre Bozzella, limitando-se a informar que ele faz oposi��o a Bolsonaro.

Apesar de apoiar o presidente, de quem chegou a ser cotada para ser vice, Janaina tem se mantido cr�tica � gest�o e est� cada vez mais afastada do grupo bolsonarista. No s�bado � tarde, a deputada publicou uma s�rie de mensagens no Twitter criticando a atua��o de Eduardo na vota��o que aprovou o Or�amento impositivo. "Ele votou sim � PEC que tornou as emendas de bancada (coletivas) impositivas (9 bilh�es, al�m das individuais). Ele faltou na vota��o simb�lica do substitutivo que toma do pai os 30 bilh�es. Ele era o l�der!", escreveu na rede social.

Em entrevista � Coluna do Estad�o publicada neste domingo, 1, Janaina elevou as cr�ticas e afirmou que Eduardo "mina todo mundo que d� sustenta��o ao pai" com o objetivo de ser o candidato ao Pal�cio do Planalto em 2022. Pela Constitui��o, filhos de presidentes s�o ineleg�veis, exceto em caso de reelei��o para o mesmo cargo. A teoria de Janaina, que � advogada constitucionalista, � a de que, se Bolsonaro n�o conseguir terminar o mandato, Eduardo poder� tentar a Presid�ncia.

Procurada ontem, Janaina afirmou que Gambale era candidato desde o ano passado. "Ele retirou a candidatura no primeiro ano, em benef�cio de Gil (Diniz), que foi assessor de Eduardo e ainda � seu bra�o direito. N�o seria justo sacrific�-lo novamente." De acordo com a deputada, Bozzella n�o pediu voto para Gambale.

"Com certeza o que eu quero para o Brasil n�o � a mesma coisa que o Eduardo quer", reagiu Bozzella em entrevista ao Estado. "O sonho do Eduardo � o 'sonho americano'. Sabemos o quanto ele lutou pra ser embaixador e iria renunciar aos quase 2 milh�es de votos", disse.

No v�deo, Eduardo negou que esteja se contradizendo na quest�o do Or�amento impositivo, motivo do atual atrito entre Executivo e Legislativo e pauta das manifesta��es convocadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para o dia 15 de mar�o.

Eduardo reconhece, no v�deo, que votou a favor das emendas impositivas de bancada no ano passado, mas argumenta que a discuss�o atual, no �mbito da Lei de Diretrizes Or�ament�rias, � diferente. E afirma que � contr�rio � concentra��o de poder de decis�o sobre o montante de emendas nas m�os do relator do Or�amento, o deputado Domingos Neto (PSD-CE).

"Agora, a LDO, que � outra mat�ria, totalmente diferente, est� dando R$ 30 bilh�es para uma �nica pessoa, que � o relator do Or�amento. E se o presidente n�o execut�-la em 90 dias, ele incorre em crime de responsabilidade", disse. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.