Bolsonaro, Moro e Ciro disputam 'paternidade' de fim do motim no Cear�

O fim do motim de policiais militares no Cear� no domingo, dia 1�, fez o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, trocarem ironias com o ex-governador do Estado Ciro Gomes (PDT) nas redes sociais. Os tr�s expuseram uma disputa pela "paternidade" do fim da a��o dos policiais.

Para Ciro, o cr�dito deve ir � comiss�o liderada por seu aliado pol�tico e governador do Cear� Camilo Santana (PT). A comiss�o tamb�m era formada pela Assembleia Legislativa do Estado, Minist�rio P�blico, Tribunal de Justi�a e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Esta comiss�o foi autora da proposta aceita pelos agentes que estavam amotinados h� treze dias.

J� para Moro e Bolsonaro, o desfecho s� se deu em fun��o da a��o do governo federal, com o decreto do presidente que instaurou opera��o de Garantia de Lei e Ordem (GLO) em Fortaleza. Cerca de 2,8 mil homens do Ex�rcito e da For�a Nacional circularam pela capital cearense e por cidades do interior refor�ando a seguran�a nas ruas.

Nesta segunda-feira, 2, Ciro publicou um v�deo defendendo Camilo e provocou os dois advers�rios no Twitter ao comemorar o fim do motim. "Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Cear� est� o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!", escreveu. Ele j� tinha afirmado que o Cear� seria o "pior pesadelo" da fam�lia Bolsonaro em discuss�o com o filho do presidente Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Em resposta a Ciro, Moro escreveu: "a crise no Cear� s� foi resolvida pela a��o do Governo Federal, For�as Armadas e For�a Nacional, que protegeram a popula��o e garantiram a seguran�a", postou no Twitter. "Explorar politicamente o epis�dio, ofender policiais ou atac�-los fisicamente s� atrapalharam. Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida."

O presidente Bolsonaro repostou a publica��o de Moro e tamb�m partiu para a provoca��o contra o advers�rio pol�tico: "N�o somos psiquiatras! Parabenizo o Ministro Moro e envolvidos". O tom do presidente � similar ao do filho Carlos, que chamou Ciro e seu irm�o, o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE), baleado durante o motim no Cear�, de "pessoal do nariz nervoso".