
"Aprende, Bolsonaro e seu capanga Moro: no Cear� est� o seu pior pesadelo! Generais, aqui manda a Lei!", escreveu Ciro Gomes, na madrugada desta segunda-feira, 13. Horas antes, Moro havia publicado mensagem afirmando que o governo federal "esteve presente, desde o in�cio, e fez tudo o que era poss�vel" para solucionar a crise de seguran�a no Estado.
Em resposta, Moro afirmou nesta manh� que a situa��o foi resolvida "por atua��o do Governo Federal, For�as Armadas e For�a Nacional". "Explorar politicamente o epis�dio, ofender policiais ou atac�-los fisicamente s� atrapalharam. Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida", afirma.
A atua��o do governo federal ocorreu por meio de um decreto de Garantia de Lei e Ordem (GLO) que enviou soldados do Ex�rcito para patrulhar as ruas de Fortaleza durante o motim. A crise elevou drasticamente o n�mero de homic�dios, que ultrapassaram 170 casos somente na primeira semana da greve ilegal dos policiais. A Secretaria de Seguran�a P�blica n�o divulgou balan�o atualizado at� o momento.
Horas ap�s responder Ciro Gomes, Moro voltou a afirmar que o governo federal atuou, em janeiro do ano passado, para "debelar os atentados dos grupos criminosos organizados" junto das for�as locais. "O governo federal n�o falta ao Cear�".
A briga pela "paternidade" do fim do motim continuou ap�s Ciro Gomes publicar v�deo afirmando que seu governo "triplicou o efetivo da brigada" e criou a "melhor academia de Pol�cia do Brasil". "Ningu�m na hist�ria do Cear� fez pela pol�cia do Cear� o que n�s fizemos", disse.
Ningu�m fez mais pela pol�cia do Cear� que Cid e Camilo. Assista e compartilhe! pic.twitter.com/QJH1SzhBh1
%u2014 Ciro Gomes (@cirogomes) March 2, 2020
Expuls�o
Acordo selado no domingo prev� que n�o haver� anistia aos policiais envolvidos na greve. Em troca, uma comiss�o especial ser� convocada para atuar em processos administrativos disciplinares dos militares. O grupo ser� formado por representantes do Minist�rio P�blico, Minist�rio P�blico Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e Defensoria P�blica.
� reportagem, o procurador-geral de Justi�a afirmou que os casos mais graves ser�o punidos com expuls�o. "O objetivo � garantir a legalidade. Por parte dos amotinados, havia o receio de que houvesse vingan�a, revanche, e nada disso pode acontecer. Os processos mais graves ser�o punidos com expuls�o e os demais, com as puni��es proporcionais", afirma Pinheiro. "O acordo tratou de retomar o caminho da institucionalidade".
Outros pontos do acordo preveem que o governo do Cear� n�o ir� transferir os policiais que participaram do motim para trabalhos no interior no prazo de 60 dias. A proposta n�o incluiu aumento salarial diferente do que j� havia sido proposto, de forma escalonada at� 2022. O impacto no or�amento ser� o mesmo j� previsto anteriormente pelo governo do Cear�, de R$ 495 milh�es.