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Estado de Minas POL�TICA

MPF diz que ex-secret�rio de Justi�a de Temer manipulava rede de laranjas 'feito marionetes'

Empresas ligadas a Ast�rio teriam faturado cerca de R$ 20 milh�es


postado em 05/03/2020 17:29 / atualizado em 05/03/2020 17:46

(foto: Tasso Marcelo/AE)
(foto: Tasso Marcelo/AE)
Procuradores do Minist�rio P�blico Federal (MPF) do Rio disseram nesta quinta-feira, 5, que o ex-secret�rio nacional de Justi�a no governo Michel Temer, Ast�rio Pereira dos Santos, fez-se valer de uma rede de laranjas e operadores, "que eram manipulados feito marionetes", para se beneficiar de recursos p�blicos em duas empresas das quais era s�cio oculto. Ast�rio foi preso preventivamente na Opera��o Titereiro por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, juiz da Lava-Jato no Rio.

As empresas ligadas a Ast�rio teriam faturado cerca de R$ 20 milh�es, dos quais R$ 2,9 milh�es acabaram repassados a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) como propina.

O ex-secret�rio de Temer, que tamb�m � ex-procurador de Justi�a do Minist�rio P�blico do Rio, � suspeito de ajudar na fuga do empres�rio Arthur Soares, o "Rei Arthur", que vive nos Estados Unidos e � foragido da Justi�a brasileira.

Segundo o MPF, Ast�rio Pereira era s�cio oculto em duas empresas fornecedoras de "quentinhas" � Secretaria de Administra��o Penitenci�ria (Seap) - a qual ele pr�prio esteve � frente por muitos anos - e ao Departamento Geral de A��es S�cio Educativas (Degase).

"Em 2016 a Seap e o Degase estavam em dificuldades para pagar as empresas que forneciam quentinhas. Isso preocupou bastante os gestores da �poca, havia receio grande de rebeli�es e problemas maiores", declarou o procurador da Rep�blica Jos� Augusto Vagos.

Para tentar contornar a crise, � �poca o TCE liberou R$ 160 milh�es de seu fundo de moderniza��o para pagar fornecedores dos dois �rg�os.

"S� que 15% dos valores voltavam aos conselheiros do TCE, sendo que 5% ficavam com o presidente e o restante era dividido com os demais", explicou Vagos.

Segundo o procurador, "as empresas que n�o concordaram tiveram dificuldades em receber os atrasados".

Os conselheiros do TCE t�m foro privilegiado e as investiga��es sobre eles - que respondem por corrup��o passiva - est�o fora da al�ada do MPF.

Nesta quinta, 5, os procuradores ressaltaram que Ast�rio Pereira, preso preventivamente pela manh�, ir� responder pelo crime de corrup��o ativa.

A den�ncia diz respeito ao esquema no fornecimento de alimenta��o e, ao menos por ora, nada tem a ver com a atua��o de Ast�rio junto ao Minist�rio P�blico do Estado do Rio - ele � procurador aposentado - ou junto � Secretaria Nacional de Justi�a.

Apesar disso, os procuradores do MPF suspeitam que Ast�rio ajudou "Rei Arthur" a fugir a partir de informa��es privilegiadas. Em 2017, �poca em que ocupava a Secretaria Nacional de Justi�a, ele teria alertado o empres�rio que o MPF iria solicitar sua pris�o junto � Justi�a de Portugal, onde ele se encontrava na ocasi�o. No dia seguinte, o empres�rio viajou aos Estados Unidos.

COM A PALAVRA, A DEFESA

O Estado tenta contato com a defesa de Ast�rio Pereira. O espa�o est� aberto para manifesta��o.


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