
Tamb�m afirma que o presidente cometeu crime contra a seguran�a nacional ao convocar a popula��o a - segundo a pe�a - derrubar o Congresso; crime de responsabilidade ao atentar contra o decoro do cargo na ocasi�o das agress�es contra as jornalistas Patr�cia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, Vera Magalh�es, do jornal O Estado de S.Paulo; e crime contra a sa�de p�blica - conforme antecipou a reportagem - ao ignorar a orienta��o de ficar em isolamento enquanto refazia os testes para o coronav�rus e cumprimentar seus apoiadores durante a manifesta��o pr�-governo.
O pedido tamb�m alega falta de impessoalidade na condu��o da vida p�blica. A pe�a pede que as jornalistas Campos Melo e Magalh�es sejam arroladas como testemunhas. Tamb�m solicita ouvir al�m de o ex-deputado Alberto Fraga, que � pr�ximo ao presidente, o deputado Nereu Crispim e o ministro da Sa�de Henrique Mandetta.
"Juridicamente estamos muito bem amarrados, Bolsonaro cometeu v�rios crimes", afirmou em v�deo em seu perfil no Twitter. "Politicamente, estamos construindo esse momento e n�o importa partido, se voc� � de esquerda, de direita, de centro; n�o importa religi�o, cor, sexo. N�o importa a sua op��o sexual. O importante � que todos estejam juntos neste momento. N�o � poss�vei mais que esse homem fique comandando a na��o brasileira", completou.
Manifestante contumaz na �poca dos protestos contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Frota foi eleito deputado na esteira do Bolsonarismo. Em agosto, no entanto, foi expulso do PSL - a sigla que abrigou o presidente e seus aliados durante as elei��es de 2018 - por frequentes cr�ticas ao governo federal. Depois, Bolsonaro se desentendeu com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e tamb�m deixou a agremia��o.
Outros pedidos
Outros dois pedidos de impeachment contra Bolsonaro foram protocolados na C�mara esta semana. O primeiro foi feito na ter�a-feira pelo deputado distrital Leandro Grass, da Rede, e alega alguns dos mesmos supostos crimes que a pe�a de Frota.
Depois, na quarta, alguns deputados do PSOL apresentaram um segundo pedido de impeachment, que conta com o endosso de intelectuais. Todos os tr�s pedidos at� agora classificam como crime de responsabilidade o chamamento que Bolsonaro fez para os atos anti-Congresso e anti-STF de domingo, 15.
A escolha de dar ou n�o seguimento a essas demandas cabe ao presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na segunda-feira, 16, quando foi procurado pelo jornal O Estado de S.Paulo para comentar sobre o pedido de impeachment iminente de Frota, o deputado informou que n�o iria se manifestar.
Em entrevista ao Valor, Maia deu a entender que o Congresso n�o deve se envolver com a iniciativa de um impeachment. O deputado disse ainda que tem a impress�o que o pr�prio Bolsonaro est� trabalhando para esticar a corda da toler�ncia rumo a um impedimento.
Recuo
Nesta quarta-feira, , 18, o presidente tentou negar, em coletiva, que houvesse convocado apoiadores para os atos a seu favor do �ltimo domingo.
"O povo, por sua livre espont�nea vontade, decidiu ir �s ruas", disse. "N�o convoquei ningu�m, n�o existe nem um �udio e nenhuma imagem minha convocando para o dia 15 de mar�o. Existe um v�deo convocando para o dia 15 de mar�o de 2015", alegou, sobre os atos pelo impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff.
No entanto, foi um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, quem divulgou v�deo da convocat�ria no �ltimo dia 7, afirmando ser sobre as manifesta��es do �ltimo domingo.
"Presidente @jairbolsonaro se pronunciou agora pouco em Roraima sobre as manifesta��es de 15 de mar�o", escreveu. O presidente tamb�m compartilhou um v�deo da mesma viagem a Roraima. Na agenda oficial, consta a ida do mandat�rio para Boa Vista naquele mesmo dia 7.