
O Ibope tamb�m mediu os n�veis de satisfa��o e insatisfa��o dos paulistanos em rela��o �s administra��es do governador Jo�o Doria e do prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB. No caso de Doria, as opini�es negativas chegam a 44%. J� o trabalho do prefeito � visto como regular pela maior parcela dos habitantes da cidade (45%).
A desaprova��o ao presidente n�o apenas � alta, mas tamb�m extremada: 40% dos paulistanos consideram a gest�o p�ssima, e apenas 8% a veem como ruim. Ou seja, no universo dos eleitores insatisfeitos, oito em cada dez d�o ao governo a pior avalia��o poss�vel.
O resultado da pesquisa foi colhido em meio � crise provocada pela pandemia do novo coronav�rus, e j� mede a rea��o dos paulistanos �s primeiras medidas do presidente e de seus auxiliares no enfrentamento do problema.
O fato de a desaprova��o ao governo estar alta em S�o Paulo deve ser preocupante para o presidente porque a cidade concentra parte significativa de seus eleitores, e porque o desgaste pode ser um indicador do que acontece em outros redutos. No primeiro turno da disputa presidencial de 2018, Bolsonaro teve 2,8 milh�es de votos na capital paulista, quase 1,5 milh�o a mais do que o segundo colocado, Fernando Haddad (PT). Em porcentuais, o resultado foi 45% a 20%. No segundo turno, Bolsonaro venceu com o voto de seis em cada dez paulistanos.
O Ibope n�o fez outras pesquisas recentemente sobre a avalia��o do governo federal entre a popula��o de S�o Paulo. Por isso n�o � poss�vel saber exatamente o quanto o desgaste aumentou nos �ltimos meses.
Segmenta��o
A desaprova��o � administra��o federal � mais concentrada entre as mulheres, os jovens e os mais pobres.A divis�o do eleitorado por g�nero revela uma grande disparidade na percep��o sobre o desempenho do governo. Enquanto 47% do eleitorado feminino v� o governo como p�ssimo, a taxa � de apenas 31% entre os homens. Somadas as avalia��es "p�ssima" e "ruim", o resultado chega a 56% entre mulheres e 38% entre os homens - diferen�a de 18 pontos porcentuais.
Na segmenta��o por idade, a gest�o � considerada p�ssima ou ruim por 55% dos eleitores de 16 a 24 anos, e por 39% dos que t�m 55 anos ou mais. Em nenhuma faixa de idade a avalia��o positiva supera a negativa.
Renda
Na base da pir�mide de renda, a maioria absoluta avalia o governo negativamente. Entre os eleitores que t�m renda familiar de at� um sal�rio m�nimo, 56% consideram a gest�o p�ssima ou ruim, e apenas 15% a veem como boa ou �tima.At� no eleitorado de renda mais alta, um reduto bolsonarista, a avalia��o negativa supera a positiva - embora a dist�ncia entre as taxas seja menor. Dos que ganham mais de cinco sal�rios m�nimos, universo em que se encontram dois em cada dez moradores da cidade -, 32% consideram o governo bom ou �timo, e 39% o veem como ruim ou p�ssimo.
Governos locais
A desaprova��o ao governador Jo�o Doria est� em n�vel similar � de Bolsonaro na capital (44%, em empate t�cnico com os 48% do governo federal). A diferen�a � que, no caso do governador, as opini�es n�o est�o t�o concentradas no quesito "p�ssimo" (29%), embora essa avalia��o ainda fique � frente da op��o "ruim" (17%).A avalia��o negativa de Doria � maior entre os mais escolarizados, abrangendo quase metade do contingente com curso superior. N�o h� diferen�as significativas de opini�o nos distintos segmentos de g�nero, idade e renda.
J� a gest�o do prefeito Bruno Covas � considerada boa ou �tima por 20%, regular por 45% e ruim ou p�ssima por 32%. N�o h� varia��es significativas conforme a segmenta��o do eleitorado.
O Ibope ouviu 1.001 eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 17 e 19 de mar�o. O n�vel de confian�a utilizado � de 95% - ou seja, h� 95% de chances de os resultados ficarem dentro da margem de erro, que � de tr�s pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi contratado pela Associa��o Comercial de S�o Paulo.
Sa�de
Em plena pandemia do novo coronav�rus, a maior parte dos paulistanos considera a sa�de a �rea mais problem�tica da cidade. Segundo a pesquisa Ibope encomendada pela Associa��o Comercial de S�o Paulo e publicada em parceria com o Estado, 47% citam o setor como aquele em que a popula��o enfrenta os maiores problemas.Em um distante segundo lugar aparece o transporte coletivo (14%). Empatadas tecnicamente, a seguran�a p�blica e a educa��o v�m a seguir, com 9% e 7%, respectivamente.
Os entrevistados pelo Ibope puderam escolher as �reas mais problem�ticas em uma lista de 20 itens. Considerando n�o apenas o primeiro item escolhido, mas tamb�m o segundo e o terceiro, a sa�de novamente fica em primeiro lugar, aparecendo em 75% das respostas. Nesse caso, por�m, a educa��o (44%) e a seguran�a (38%) ultrapassam o item transporte coletivo (33%).
Dados da pesquisa sobre as prefer�ncias eleitorais dos paulistanos, divulgados no domingo, animaram alguns pr�-candidatos. "N�o � o momento de discutir elei��o, mas a pesquisa consolida o nome de Bruno Covas e deixa claro que n�o h� um plano B para o PSDB", disse o secret�rio da Civil da Prefeitura, Orlando Faria, um dos mais pr�ximos auxiliares do prefeito tucano, que registrou 18% das inten��es de voto, atr�s apenas do deputado Celso Russomanno (Republicanos), com 24%. Procurado, Russomanno n�o se manifestou.
Com 9% das inten��es de voto, o ex-governador M�rcio Fran�a (PSB) previu uma polariza��o. "S�o Paulo � t�o forte que cria uma polariza��o em rela��o ao Brasil", afirmou.
J� Guilherme Boulos, do PSOL, que recebeu 6% das inten��es de voto, disse: "N�o � o momento de pensar em elei��o, mas ser o nome mais bem posicionado na esquerda � gratificante", afirmou. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.