Malafaia: 'apoio 100% o presidente. Era uma festa de prefeito fechando igreja'

Depois de criticar medidas de isolamento social adotadas por governadores, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira, 26, um decreto permitindo que igrejas e casas lot�ricas fiquem abertas durante a situa��o de emerg�ncia em decorr�ncia do coronav�rus.

A decis�o, que inclui essas duas atividades na lista de servi�os essenciais, n�o depende de aval do Congresso e afronta restri��es impostas por Estados e munic�pios para reduzir a circula��o e evitar a propaga��o da doen�a.

A decis�o de Bolsonaro foi comemorada por Silas Malafaia, pastor e l�der da Assembleia de Deus Vit�ria em Cristo. Veja, a seguir, trechos da entrevista dada pelo pastor ao jornal O Estado de S. Paulo.

Qual sua avalia��o sobre o decreto de Bolsonaro?

O decreto n�o est� mandando abrir Igreja. Ele reconhece a atividade religiosa como essencial. Simples assim. A religi�o, em um pa�s onde 98% das pessoas s�o religiosas, � terap�utica. Voc� n�o tem ideia da quantidade de gente que chega (na igreja) apavorada, com medo, angustiada, pensando em suic�dio porque o dinheiro vai acabar daqui tr�s dias e n�o tem dinheiro para comprar comida. O que estava acontecendo era uma festa de prefeito decretando fechar totalmente a Igreja.

Sua igreja vai fazer cultos?

N�o. N�o est� tendo culto, mas minha igreja est� de portas abertas para dar atendimento �s pessoas. Estamos diante de uma escolha de Sofia. O que mata mais? Coronav�rus ou caos social? Vai matar gente de coronav�rus? Vai. Mas o caos social mata mais.

O debate sobre a doen�a est� contaminado pela elei��o?

N�o tenho nenhuma d�vida. Os governadores do Rio e de S�o Paulo todo dia convocam uma coletiva. Por que n�o d�o as informa��es num dia s�? Apoio 100% o presidente. Para ser honesto, n�o acho que as falas do presidente sejam sempre corretas. N�o acho que uma fala pejorativa ajuda. Ele tem que ser mais incisivo no que faz para proteger idosos, doentes, etc. Agora, acho que ele est� certo. Nem Doria nem Witzel aguentam uma press�ozinha que vier da sociedade.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.